Desmatamento na Amazônia é o menor desde 1988

Entre agosto de 2011 e julho deste ano houve queda de 27% em relação ao mesmo período anterior

O desmate na Amazônia Legal atingiu a menor taxa anual desde que a região começou a ser monitorada por satélites, em 1988, segundo anúncio feito pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) nessa terça-feira (27). Entre agosto de 2011 e julho de 2012, a área desmatada foi de 4,6 mil km² – cerca de cinco vezes menos que os 21 mil km² apurados em 1988. Em comparação com os 12 meses anteriores, a queda foi de 27%.

A tendência de queda se mantém desde 2004 (veja gráfico), quando foi iniciado o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm). Nessa comparação, a queda foi de 83%. A implantação do PPCDAm e a mudança nos padrões de fiscalização estão entre as principais justificativas para o alcance do marco histórico, segundo o MMA. “A cada vez que diminui o desmatamento, o desfio cresce e o trabalho aumenta”, avalia a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Os números revelam que o Brasil quase atingiu a meta voluntária de reduzir o desmatamento em 80% até 2020, oito anos antes do prazo. Ao atingir 76,27% de redução, falta apenas uma redução de mais 4% para que a área ambiental atinja o objetivo que, em área, equivale a 3,9 mil km² anuais.

O compromisso consta da Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei 1.2187/2009), que prevê também reduzir as emissões projetadas de gases de efeito estufa entre 31,6% e 38,9% até 2020.

Monitoramento – O Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes), feito desde 1988 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Inpe/ MCTI), registra as áreas onde ocorreu remoção completa da cobertura florestal – o corte raso. Os dados apresentados são uma estimativa a partir das imagens do Prodes, com uma margem de erro de 10%. Os números consolidados saem em meados de 2013.

Dos nove estados que fazem parte da Amazônia Legal, apenas três apresentaram aumento nas taxas de desmatamento. Em Tocantins, a derrubada ilegal de árvores aumentou 33%, chegando a 53 km² por ano. No Amazonas, a degradação aumentou 29%, chegando a 646 km² e, no Acre, a ação dos infratores avançou 10% na região, atingindo 308 km². O estado do Pará continua sendo o mais atingido pelos criminosos. A área de desmatamento ilegal no estado é a maior da região, chegando a quase 1,7 mil km². Ainda assim, na comparação entre os períodos, o desmatamento foi reduzido em 44%.

No período monitorado pelo Prodes, os fiscais do Ibama apreenderam 329 caminhões, 95 tratores, 143 outros veículos e 111 motosserras, além de mais de 130 mil metros cúbicos de madeira e 12 mil metros cúbicos de carvão. As operações de combate e prevenção ao desmatamento na região também resultaram na emissão de 3,4 mil autos de infração, somando o valor de R$ 1,6 bilhão.

Fiscalização terá nova tecnologia

Um aparelho que permite demarcar as coordenadas exatas onde as irregularidades forem constatadas e emitir imediatamente o auto de infração do proprietário está em fase de testes, com investimento de R$ 15 milhões. Segundo a ministra Izabella Teixeira, o equipamento tornará a fiscalização na Amazônia mais eficiente. “Essa inovação tecnológica elimina os erros de coordenadas, a possível corrupção do fiscal e faz com que a gente seja mais eficiente e transparente, explicou. “Estamos mudando o patamar e o nosso objetivo é fazer com que não haja mais infrações e precisamos dar início às boas práticas.”

Fonte: SECOM

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Pesquisadores da FURB e UFSC discutem Indicação Geográfica

O Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR/FURB) e o Programa de Pós-Graduação em Direito (UFSC) ministraram nova aula sobre o tema da “Indicação Geográfica”,, na FURB, aos pesquisadores do “lato sensu” e “stricto sensu”. A parceria firmada entre as instituições é uma iniciativa dos professores doutores Patrícia Luiza Kegel (FURB), Luiz Otávio Pimentel (UFSC) e Fabíola Wustzibetti, com estágio Pós-Doutorado CNPq/UFSC.

No dia 9 de novembro de 2012,, foram discutidas questões referentes ao curso de Propriedade Intelectual & Inovação do Agronegócio. Os alunos se organizaram para levantar sugestões de melhoria ao documento para a próxima edição impressa.

No dia 10 de novembro, realizaram um visita de estudos em Pomerode. Conheceram o processo artesanal de fabricação dos cristais Oxford e participaram na Prefeitura Municipal de um café com produtos tradicionais, seguido de uma palestra com um casal produtor de queijos artesanais.

A discussão se deu em torno da bacia leiteira do Vale do Itajaí: legislação, adequação e custo. “Temos originalidade em nossos produtos. Encontramos mais de dez diferentes modos de fazer um mesmo queijo. Mas temos que readquirir a confiança do produtor”, afirma o produtor Adalberto Lorenz.

A Indicação Geográfica é um meio de fomentar a organização dos produtores através de núcleos territoriais, fortalecendo assim, a marca e a propriedade única de seu produto.

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Alunos da rede pública de Mirassol, SP, recebem suco natural na merenda

Desde 2009, os municípios brasileiros são obrigados a comprar 30% da merenda escolar da agricultura familiar. Contudo, muitas cidades não cumprem a resolução do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em Mirassol, o cumprimento da norma garante variedade no cardápio das escolas. Entre os itens oferecidos, peixe, berinjela, escarola, alface, almeirão, brócolis, tangerina, mel e, agora, suco de laranja natural pasteurizado. A novidade agradou as crianças, até mesmo as menores, segundo o Departamento de Educação do Município.

“Elas adoraram a novidade, alguns repetiram e quiseram mais. Antes, o suco servido chegava em galões e não era natural. Agora, é individual e com canudinho, o que chamou ainda mais a atenção das crianças”, conta a coordenadora da creche do bairro Renascença, Eliana Cristina Gulo Carneiro.

Segundo a nutricionista da Prefeitura, Nilcéia Trevisan, a preocupação não está somente no cumprimento da legislação, mas também em criar hábitos saudáveis entre os alunos da rede pública. “O suco de laranja não possui adição de açúcar e é fonte de vitamina C. Como um dos fatores ligados à obesidade infantil é o consumo excessivo de açúcar, é muito importante que seja incorporado ao currículo das escolas. É na escola que pode começar o interesse, o entendimento e mesmo a mudança dos hábitos dos adultos, por intermédio das crianças e dos adolescentes”, acrescenta Nilcéia.

Fonte: Prefeitura Mirassol

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Campanha Brasil Orgânico e Sustentável lançada no Brasil Rural Contemporâneo. Planeta Orgânico participou das atividades da campanha coordenada pelo MDA

Foi lançada dia 21 de novembro de 2012, a campanha Brasil Orgânico e Sustentável, apoiada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) com o objetivo de ampliar a produção e o consumo consciente de produtos orgânicos e sustentáveis, principalmente aqueles com os selos de produtos orgânicos, da agricultura familiar, do comércio justo e solidário e com indicação geográfica. O lançamento ocorreu no Rio de Janeiro, na Marina da Glória, dia de abertura da Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária – Brasil Rural e Contemporâneo.

A campanha pretende levar esses produtos para as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 e integra o Projeto Brasil Orgânico e Sustentável, coordenado pelo MDA. A ideia principal é fazer com que alimentos, bebidas, cosméticos e artesanato sejam vendidos em hotéis, pousadas, bares, restaurantes, supermercados e outros espaços comerciais localizados nas cidades brasileiras onde acontecerão os jogos.

Em setembro de 2012, a campanha ganhou sua entidade gestora: a Associação Brasil Orgânico e Sustentável (Abrasos), formada por agricultores familiares, setor empresarial e sociedade civil. “Empresas do setor, cooperativas e instituições de apoio e fomento relacionadas ao setor se articularam e vão participar dessa coordenação por meio da Abrasos, que reúne agricultura familiar e produção sustentável e orgânica”, explica o diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA), Arnoldo de Campos.

O diretor afirma que a partir do lançamento a campanha terá mais agentes dividindo responsabilidades e que o MDA continuará liderando a discussão no governo federal, além de promover o diálogo com o setor privado e organizações não governamentais.

Arnoldo de Campos destaca que a campanha vai integrar a estratégia de comunicação do governo federal para a Copa de 2014 e, por isso, ganhará reforço e participação mais ativa do Ministério dos Esportes (que coordena as atividades oficiais da Copa do Mundo no Brasil) e da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom).

Atividades

As atividades em torno da campanha Brasil Orgânico e Sustentável têm sido coordenadas pela Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA) em parceria com o portal Planeta Orgânico.

Inicialmente criada com o nome Copa Orgânica e Sustentável, a campanha surgiu com o objetivo de potencializar o conceito de consumo consciente. Ela é voltada para garantir oportunidades de negócios e promover a inserção de produtos orgânicos e sustentáveis da agricultura familiar no mercado turístico, durante a Copa de 2014. Ao longo do ano de 2012, as cidades estão se organizando para reunir informações referentes às potencialidades da oferta em cada estado sobre cooperativas e produtos que poderão ser oferecidos para hotéis, bares e restaurantes durante o evento.

Estima-se que a campanha possa beneficiar cerca de 400 mil famílias de agricultores familiares, povos tradicionais, extrativistas, ribeirinhos e quilombolas. Arnoldo de Campos afirma que o setor empresarial já demonstra grande interesse na campanha, mas a participação efetiva começa agora, com o lançamento oficial. A campanha deverá trazer para o Brasil um forte legado que inclui consumo mais consciente e sustentável, práticas sustentáveis na produção agropecuária e no meio ambiente, além da consolidação da oferta de produtos sustentáveis.

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