2- Alimentos “Diet”, “Light” e Orgânicos |
Além dos bons hábitos para uma dieta equilibrada – diminuir o consumo de açúcar, diminuir a quantidade ingerida, aumentar a variedade e fazer exercícios – o público tem hoje ao seu dispor os alimentos “diet”e “light”. Existe certa confusão em torno desses nomes e o consumidor, com frequência, tem dificuldade em distinguir a diferença entre eles. É também comum a crença de que esses alimentos podem ser consumidos à vontade, e que esse consumo indiscriminado não implicará em aumento de peso. Por isso, é importante esclarecer. o que diferencia um alimento rotulado como “diet”, de outro chamado “light”.
Veja, como ficou a classificação dos alimentos “diet” e “light”, segundo o Ministério da Saúde:
Diet Alimentos com restrição de alguns nutrientes. Produtos específicos para diabéticos também devem ser totalmente isentos de açúcar. Para dietas de emagrecimento os produtos devem conter restrição de açúcares e gorduras. |
Light Alimentos que apresentem no mínimo 25% menos calorias em relação ao alimento tradicional. O valor total da redução deve ser ainda de, no mínimo, 40 calorias para cada 100g de alimento sólido e 20 calorias por 100g em líquidos. |
Conforme procura indicar o Ministério da Saúde, o alimento diet é indicado para indivíduos que apresentam patologias, nas quais um determinado componente alimentar não pode ser ingerido ou deve ser consumido em quantidades limitadas. Pode-se citar como exemplo: o açúcar no caso dos diabéticos, o sódio para os hipertensos, o colesterol para os hipercolesterolênicos, as proteínas para os portadores de insuficiência renal.
Por isso, se um alimento contiver uma quantidade de açúcar, sódio, colesterol, aminoácidos ou proteínas abaixo do limite estabelecido em legislação, ele pode ser classificado comercialmente como diet. Basta apenas que um destes componentes esteja abaixo do limite. Assim, um alimento que não tenha açúcar mas que apresente uma grande quantidade de gorduras, é considerado “diet”, o que exige atenção por parte de quem esteja em regime hipocalórico (de poucas calorias, visando a redução de peso).
Já um alimento é considerado light se contiver uma redução de, no mínimo, 25% do valor calórico ou porcentagem dos nutrientes em relação ao seu similar.
O importante no consumo destes alimentos é observar o número de calorias que cada um contém, evitando o excesso, pois quando consumido exageradamente, um alimento de baixas calorias também pode engordar.
Já no caso dos alimentos orgânicos, que também podem ser “diet ou light”, a denominação “orgânico” tem um significado mais profundo do que simplesmente ser um produto “sem agrotóxicos”. Ter um selo de orgânico significa, entre muitas coisas, o seguinte:
Tratar a propriedade como um organismo vivo, uma individualidade onde interagem animais, plantas nativas e cultivadas, microorganismos e seres humanos, intervindo o mínimo possível e sempre considerando os processos naturais presentes na paisagem agrícola
Proporcionar ao agricultor maior autonomia, libertando-o da dependência das empresas de agrotóxicos e adubos altamente solúveis. Resgatar seu conhecimento intuitivo da natureza e estimular sua organização com outros agricultores em associações, possibilitando melhorar a sua alimentação, saúde e as condições de vida para ele e toda família.
Garantir ao consumidor a oferta de alimentos que vêm de propriedades periodicamente inspecionadas, através de análises de solo, das águas e dos produtos vegetais e animais que recebem o selo de certificação.
Por essas razões, é importante que o consumidor esteja atento à presença do selo de entidades certificadoras em produtos vendidos como orgânicos, a fim de adquirir um produto que possui sua qualidade biológica assegurada em termos legais.
Outro cuidado fundamental na busca de uma alimentação saudável, diz respeito ao consumo exagerado de alimentos prontos (industrializados) mesmos sendo produtos “diet e light”. Possuir em casa um estoque de frutas e verduras da estação, sempre frescas e, de preferência vindas de sistemas de produção orgânicos, é a melhor estratégia para ficar longe dos “beliscos” supérfluos e fornecer ao corpo o que ele realmente precisa: vigor e saúde através de alimentos de alta qualidade nutricional e biológica.
Fontes:
“Agrosuisse” – Serviços Técnicos Agropecuários – Ltda.; 2001.