Orgânico na reunião preparatória para o Encontro Econômico Brasil Alemanha 2009 |
O Planeta Orgânico faz parte do Grupo de Agribusiness Brasil Alemanha desde 2006. No dia 16 de março de 2009, houve em São Paulo a primeira reunião preparatória para o Encontro Econômico Brasil-Alemanha que acontecerá em Vitoria dia 30 de agosto de 2009.

Herta Krausmann, Claus Raettich e Joe Valle
Nesta reunião o Planeta Orgânico falou sobre os resultados da BioFach América Latina e ExpoSustentat 2008 no Brasil, assim como a evolução das salas regionais que promovem o uso sustentável da biodiversidade dentro da ExpoSustentat, a Sala Andes-Amazônia e a Sala Caatinga-Cerrado.
Nesta reunião Maria Beatriz Costa, diretora do Planeta Orgânico, lembrou que o Brasil já tem regulamentação para o setor orgânico, destacando que está ocorrendo no mês de março de 2009 uma consulta pública para a escolha do selo que constará dos produtos orgânicos brasileiros. Maria Beatriz também sugeriu que este Grupo de Agribusiness Brasil-Alemanha promova uma aproximação entre as respectivas regulamentações do setor orgânico, de modo a permitir um reconhecimento direto na comercialização entre os dois países.
A sugestão foi prontamente aceita tanto pelo Sr. Ansgar Wille coordenador do Grupo de Trabalho do lado alemão, quanto pelo Sr. Clemens Neumann, representante do Ministério da Agricultura da Alemanha. O Sr. Neumann propôs uma reunião em Berlim especificamente para tratar deste tema, por ocasião da próxima reunião preparatória que haverá em Maio de 2009 em Berlim, promovida pela Embaixada do Brasil na Alemanha.

Ingo Plöger na BioFach América Latina 2008
Finalmente Maria Beatriz falou sobre visita do Secretário de Inclusão Social Joe Valle a BioFach em Nuremberg em fevereiro 2009, quando Joe Valle entregou ao Sr. Claus Raettich, diretor do Conselho da Nuremberg Messe, uma carta na qual o presidente Lula sugere que o Brasil seja o país do ano na BioFach 2014,ano em que ocorrerá a Copa do Mundo no Brasil, em julho de 2014.
Quando ocorreu o Encontro Econômico Brasil Alemanha 2008, em Colônia, Alemanha, Maria Beatriz Martins Costa (Planeta Orgânico) e Ingo Plöger (presidente do IPDES) iniciaram contatos visando a possibilidade da inclusão de produtos orgânicos no catering da Copa 2014.
Este mesmo tema foi abordado por Ingo Plöger na BioFach América Latina 2008 em São Paulo, em painel moderado pelo Planeta Orgânico, do qual participaram Sebrae, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Organics Brasil e Câmara Setorial de Agricultura Orgânica.
A Copa do Mundo 2014 poderá ser a primeira Copa do Mundo a ter um perfil sustentável e com oferta de produtos orgânicos.
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Artesanato sustentável conquista espaço no mercado |
Preocupados com o meio ambiente e com o compromisso social artesãos mineiros utilizam matérias recicladas e processos ecologicamente corretos para a produção artesanal. O trabalho feito com filtros de café usado, papelão e jornais velhos, peças de carro danificadas e até o antigo ferro de passar roupa estão ganhando o mercado internacional e reconhecimento nacional. Na data em que se comemora o Dia do Artesão, 19 de março, o Sebrae em Minas Gerais homenageia aqueles que transformam a criatividade e o talento em ocupação e renda.
Reaproveitar o que não tem mais serventia virou o desafio de um grupo de 26 artesãs de Betim. Juntas elas formam a Cooperativa Futurarte, que dá oportunidade de trabalho a mulheres carentes da comunidade. Pelas mãos das artesãs, jornais, revistas e lonas feitas com garrafas pet viram bolsas, bandejas, relógios e pastas escolares.
A cooperativa, que começou em 2004, produz duas mil peças por mês e gera um faturamento mensal de R$ 15 mil. Toda matéria-prima é doada pela comunidade e por empresas parceiras.
As peças já são exportadas para os Estados Unidos, Alemanha, França e Espanha. “Lá fora o artesanato produzido de forma sustentável ganha mais valor. O que seria lixo para muita gente para nós é fonte de trabalho”, explica a coordenadora da cooperativa, Graziele Pierazoll.
O grupo é uma das seis unidades produtivas mineiras incluídas entre as 100 melhores do País. Elas foram vencedoras do Prêmio Top 100 de Artesanato, realizado pelo Sebrae para destacar o melhor da produção artesanal brasileira. Entre os critérios de seleção do prêmio estão aspectos relacionados ao respeito ao meio ambiente, compromisso social, eficiência produtiva e grau de inovação de produtos.
Fonte: Agência Sebrae
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Óleo de palma brasileiro resistente à crise |
Várias empresas, incluindo algumas refinarias de petróleo, estão de olho no setor de palma no Brasil, apesar da recessão global, já que a taxa de mistura de biodiesel no diesel deve ser elevada neste ano.
“Até agora não vimos recessão. É claro que os preços estão mais baixos, mas a demanda continua forte no Brasil”, disse Marcello Brito, diretor da Agropalma. “Os produtores de palma não podem reclamar dos mercados. No momento, alguns dos produtores estão importando mais volumes da Ásia para atender a suas necessidades”.
Em meio à contração global, o óleo de palma perdeu 56 por cento de seu valor desde que atingiu o seu pico na Malásia em março.
Brito afirmou que a situação da demanda no Brasil é diferente, já que o país precisaria anualmente de 1,7 milhão de toneladas de óleo vegetal para fazer biodiesel.
“Nós já temos uma indústria de álcool bem forte. No momento a mistura obrigatória de biodiesel é B3 (3 por cento) e em julho ou agosto teremos B4”, disse ele à Reuters no intervalo de um seminário. “É por isso que o biodiesel é o motor para novos desenvolvimentos para as lavouras de palma”. Segundo o governo brasileiro, em 2013 a mistura deve atingir 5 por cento, sendo que este percentual pode ser antecipado.
Marcello Brito, diretor comercial do Grupo Agropalma, foi um dos palestrantes da conferência Palm Oil – The Sustainable 21st Century Oil, que ocorreu no The Royal Society, em Londres, em 23 e 24 de março. Entre as autoridades mundiais no assunto que estarão na conferência, Brito é o único brasileiro. A apresentação de Brito foi reforçada por sua forte atuação na diretoria do Grupo Agropalma –maior produtor de óleo de palma da América Latina– e por sua recente eleição a membro diretor da RSPO – Roundtable on Sustainable Palm Oil (Mesa Redonda do Óleo de Palma Sustentável), organização internacional que congrega toda a cadeia produtiva do óleo de palma e interessados, com o objetivo de promover o crescimento sustentável da produção por meio de uma regulamentação mundial.
Com 65 mil hectares de reservas florestais, 39 mil hectares de áreas de plantios e 5 indústrias de extração de óleo bruto situados nos municípios de Tailândia, Acará, Moju e Tomé-Açu, a 150 quilômetros de Belém – na capital estão a refinaria, a fábrica de gorduras vegetais e margarinas e a usina de biodiesel –, a Agropalma é o maior produtor individual de óleo de palma da América Latina.
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MST fecha acordo com empresa suíça para exportar soja orgânica |
O ‘Estado de São Paulo’ noticiou que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) começou a exportar soja orgânica para a Europa. A produção vem de terras de um assentamento no Mato Grosso do Sul. Na Europa, a distribuição e comercialização será realizada pela empresa suíça Gebana, especializada em agricultura orgânica. Essa, porém, será a primeira vez que uma produção de uma terra da reforma agrária nas mãos do MST chega aos mercados internacionais.
“Estamos trabalhando com o MST e nossa esperança é a de conseguir colocar a produção dessas terras em um mercado premium na Europa”, afirmou ao Estado o presidente da Gebana, Adrian Wiedmer. A Gebana já está no Brasil há doze anos. Mas até agora trabalhava apenas com agricultura familiar. O principal foco da empresa era o estado do Paraná. “Nossos principais interlocutores eram pequenos fazendeiros e famílias dispostas a trabalhar com produtos orgânicos”, explicou Wiedmer.
No Mato Grosso do Sul, o assentamento escolhido foi de Ponta Porá, onde 80 famílias passaram a produzir soja. 30 hectares foram escolhidos para a produção destinada ao mercado europeu. A empresa garante que paga 40% a mais pela soja orgânica produzida por meio desse acordo que o mercado local gastaria com esses produtores.
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