Maior produtor de banana orgânica do Ceará

Quando ainda não se falava em produtos orgânicos, o agricultor José Eliomar de Souza, 55 anos, cultivava plantios de banana, nas encostas do Sítio São Miguel, na Serra de Baturité. Utilizava adubos naturais, como esterco de gado, bagana de palha de carnaúba, pó de madeira de troncos de árvores e folhagem seca de plantas nativas. A propriedade, de 223 hectares, ele herdou do avô, Luiz Bremar de Souza, que sempre procurou desenvolver uma agricultura que não agredisse o meio ambiente, respeitando a natureza.

Hoje, o Sítio São Miguel é o maior produtor de banana orgânica do Ceará. Dispõe de 150 hectares de terras férteis, produzindo, por mês, 120 toneladas de bananas prata e pacovã, que abastecem parte dos supermercados de Fortaleza.

Nesse trabalho cotidiano, José Eliomar de Souza tem o apoio do filho, Pedro Israel, que é uma espécie de “faz-tudo”. Coordena o trabalho dos 20 empregados e viaja sempre a Fortaleza, para negociar a venda da banana, com os compradores. Israel quer se formar em Administração, para prestar um apoio melhor ao pai, pois ele acredita que a tendência é a produção aumentar ainda mais. “Os produtos orgânicos vão dominar o mercado de frutas.”

Fonte: http://www.opovo.com.br

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INPI defere mais dois pedidos de Indicação Geográfica

O INPI anunciou na quarta-feira, dia 16 de novembro, o deferimento de dois pedidos de Indicação Geográfica: um para as peças artesanais em estanho de São João del Rei (MG) e outro para os vinhos dos Vales da Uva Goethe (SC). A partir da publicação, os responsáveis pelos pedidos têm 60 dias para comprovar, junto ao INPI, o pagamento da taxa prevista para expedir o certificado de registro.

No caso de São João del Rei, a produção das peças em estanho na região é característica do século XVIII, sendo retomada na década de 60, quando o inglês John Somers aplicou técnicas européias na fabricação das peças. Tais artefatos, utilizados como utensílio doméstico, e peças sacras de design colonial, continuam sendo produzidos nos dias de hoje.

No segundo caso, a uva Goethe é uma variedade criada pelo botânico Edward Roger, a partir da mistura de uvas americanas e européias. Seu nome é uma homenagem ao pensador alemão Johann Wolfgang von Goethe, por ser um grande apreciador de vinho. A variedade foi introduzida na região de Urussanga por Giuseppe Caruso, que encontrou ali as condições ideais para o desenvolvimento para a uva Goethe. O vinho apresenta características especiais em termos de cor, aroma e sabor.

Estas se juntam às 14 Indicações Geográficas brasileiras já registradas: Região do Cerrado Mineiro (MG), para café; Vale dos Vinhedos (RS), para vinhos; Pampa Gaúcho da Campanha Meridional (RS), para carne; Paraty (RJ), para cachaça; Vale do Submédio São Francisco (BA/PE), para uvas e mangas; Vale do Sinos (RS), para couro; Região da Serra da Mantiqueira de Minas Gerais (MG), para café; Pinto Bandeira (RS), para vinho; Pelotas (RS), para doces; Região do Jalapão do Estado do Tocantins (TO), para artesanato em capim dourado; Goiabeiras (ES), para as panelas de barro; Serro (MG), para queijo minas artesanal; Litoral Norte Gaúcho (RS), para arroz; e Costa Negra (CE), para camarão.

As duas últimas são da modalidade Denominação de Origem (na qual as características do produto ou serviço se destacam, exclusiva ou essencialmente, por causa do meio geográfico ou dos fatores naturais e humanos) e as outras são Indicações de Procedência, que relacionam o produto ao local.

Fonte: INPI

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Ecochefs e Teresa Corção: cozinhar para transformar pessoas

Grupo de chefs do Rio de Janeiro se unem para promover a sustentabilidade no prato
Juliana Dias é jornalista, sócia-diretora da Malagueta Comunicação (www.malaguetacomunicacao.com.br).

 

Chef Teresa Corção – Presidente do Instituto Maniva

 

A cozinha é um lugar permanente de transformação, não só de ingredientes, mas de pessoas. Há dois anos a chef Teresa Corção, presidente do Instituto Maniva, convidou alguns cozinheiros do Rio de Janeiro para formar o grupo Ecochefs. A ideia era formar uma rede para atuar com educação do gosto; resgate da memória alimentar brasileira; e a divulgação do conceito Ecogastronomia, que combina prazer e responsabilidade socioambiental.

Hoje, o time conta com 16 participantes que se reúnem uma vez por mês para planejar atividades que estimulem a compreensão do papel da alimentação contemporânea. Entre eles estão Margarida Nogueira, líder do convivium Slow Food no Rio, Claude Troisgros, Flávia Quaresma, Maria Victória, Frédéric de Maeyer, Ciça Roxo, Ana Salles e Ana Ribeiro.  O grupo é formado também por jovens chefs como Joca Mesquita, Leonardo Araújo, Mariana Rodrigues, Ana Carolina Portella e Thomas Troisgros. A força desta brigada está na soma das vivências de cada integrante. Em comum, além da paixão pela comida, eles estão comprometidos com o percurso do alimento e a sustentabilidade deste caminho.

Os Ecochefs são voluntários nos projetos na área de educação do Maniva, fundado há 4 anos por Teresa. Todo mês, eles se revezam na Oficina de Goma e Tapioca, realizada na Escola Municipal Agostinho Neto, no bairro Humaitá. Ao longo do ano letivo, os alunos do ensino fundamental, com idade entre 8 e 11 anos, aprendem a preparar a goma e a tapioca com pitadas de história do Brasil, geografia, música e teatro.            O trabalho final é o Concurso de Recheio de Tapioca, realizado há seis edições. As crianças são incentivadas a criar seus próprios recheios.

Os finalistas apresentam suas criações para uma bancada de profissionais, que tem como padrinho o chef Claude Troisgros.

Em 2010, o grupo ministrou aulas no Curso de Gastronomia Brasileira para alunos do ensino médio, da Escola Estadual Monteiro de Carvalho, em Santa Teresa. Durante seis meses uma dupla de Ecochefs compartilhou receitas e a experiência do dia a dia da profissão, articulando saberes técnicos e culturais, ligados à identidade gastronômica. Além dos projetos educacionais do Maniva, o grupo participa de eventos como palestras, workshops e seminários.

Segundo a presidente do instituto, os Ecochefs têm nas mãos ingredientes que podem fazer a diferença no Brasil. Engajados, eles afinaram sua visão sobre a centralidade da alimentação no cotidiano com o seu ofício. Com isso, têm mais chances de promover mudanças efetivas, ao adicionar paixão e compromisso social na mesma panela. Durante os dois anos de trabalho, o time está se consolidando na estrutura do Maniva. A proposta de Teresa é que a rede, que não é fechada e cresce organicamente, se enraíze em todos os projetos desenvolvidos pela ONG. A mandioca é matéria-prima principal em três frentes: Cultura, Educação e Agricultura. O objetivo é integrar jovens, crianças, cozinheiros, produtores da agricultura familiar e consumidores ao percurso do alimento, desde a terra ao prato.

Para mais informações, acesse www.institutomaniva.org

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Brasil firma acordo com PNUMA para Agenda de Sustentabilidade da Copa

No último dia 25 de outubro, foi assinado Memorando de Entendimento (MoU) entre o Governo Brasileiro, através do MMA e do ME, com o PNUMA, com vistas à cooperação para a Agenda de Sustentabilidade da Copa 2014. A solenidade de assinatura, realizada no MMA, contou com a presença do Diretor Geral do PNUMA, Achim Steiner, e dos ministros do Esporte e do Meio Ambiente.

O diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner, informou que, em novembro, uma equipe de técnicos do programa estará em Brasília para dar início à construção de uma agenda objetiva de trabalho. Steiner acredita que o Brasil tem grande capacidade no setor, e que criará um novo patamar para a realização das copas do mundo, em termos de sustentabilidade. “O País tem capacidade técnica e estratégia e isso é essencial. Nós temos experiência. Isso é muito importante e estou muito feliz de podermos trabalhar juntos”, afirmou.

Achim Steiner também enfatizou que o objetivo do Pnuma é estimular cada vez mais a preocupação da FIFA com o desenvolvimento sustentável e estimular compromisso maior com a sustentabilidade dos processos.  O diretor do Pnuma também espera que a Agenda de Sustentabilidade da Copa possa estar em consonância com a  Economia Verde, principal tema da RIO + 20, Cúpula das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que acontecerá em junho de 2012, no Rio de Janeiro.

Claudio Langone é o coordenador da Câmara Temática Nacional de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Copa 2014 e tem apoiado a iniciativa Copa Orgânica e Sustentável como um dos Núcleos Temáticos desta Câmara.

Clique aqui para conferir a entrevista de Claudio Langone a revista Orgânicos & Cia
http://planetaorganico.agropecuaria.ws/index.php/claudio-langone/

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