Projeto Berço das Águas: Viveiros indígenas são abastecidos com mais 50 mil mudas |

Crianças ajudam a acomodar mudas no viveiro do povo Myky
Viveiros são abastecidos com mais 50 mil mudas e recebem cuidados especiais até o período do plantio.
Brasnorte (MT) – Nos últimos três meses, cerca de 50 mil mudas foram acomodadas em viveiros das aldeias dos povos Myky e Manoki, no noroeste do Mato Grosso. Elas vêm sendo cultivadas pelos indígenas até o início do período de chuvas, previsto para outubro, quando serão plantadas em áreas estratégicas nos territórios Myky e Manoki. A ação é apoiada pelo Projeto Berço das Águas, e executada pela OPAN com patrocínio da Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental.
Desde 2011, os viveiros construídos nas aldeias vêm produzindo mudas e sementes coletadas pelos indígenas visando os mais variados usos, desde enriquecimento dos quintais, para produção de alimentos, potenciais para fabricação de artesanatos, madeiras e lenha, ervas medicinais e flores apícolas. De acordo com o coordenador de campo do Projeto Berço das Águas, Fabiano da Matta, elas também podem ser utilizadas para recuperação de áreas degradadas e enriquecimento de capoeiras. “Os indígenas constroem, assim, a condições para geração de renda pela venda de mudas e comercialização do excedente de frutos produzidos na região”, comenta.
Os viveiros são visitados por professores indígenas e alunos no desenvolvimento de atividades pedagógicas visando a educação ambiental e a sensibilização das futuras gerações. Eles se tornaram, portanto, locais que recebem cuidados especiais pelos indígenas e orientação técnica da equipe do Projeto Berço das Águas a fim de que as mudas se mantenham saudáveis até a temporada de chuvas. Mas a procura por plantio de algumas mudas já começou. Por isso foram escolhidos lugares de fácil acesso e irrigação durante o período de estiagem para que os indígenas garantam a sobrevivência das espécies na seca.
As mudas cultivadas pelos povos Myky e Manoki foram produzidas pela coleta e semeadura de essências nativas locais, assim como boa parte das que foram doadas através de uma parceria com o Projeto Poço de Carbono, também patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Ambiental, no município de Juruena. Espécies como seringueira, pequi, café, jaqueira, pupunha, jenipapo, buriti, bacava, piúva, cerejeira, mogno, ata ou pinha, limão, cupuaçu, açaí e tamarindo, entre outras, vem sendo reproduzidas nas aldeias.
Enquanto a chuva não vem, as vias de acesso aos locais dos plantios, preparo e correção do solo, abertura de trilhas e estradas para os seringais e pequizais, nas terras indígenas Myky e Manoki, vêm sendo trabalhadas para implantação de sistemas agroflorestais e a exploração racional mais eficiente dos recursos naturais.
Projeto Berço das Águas
O quê: Projeto para elaborar planos de gestão territorial em terras indígenas do Noroeste de MT e fomentar cadeias produtivas de frutos nativos do Cerrado e da Amazônia para fins de geração de renda e sustentabilidade ambiental dos territórios.
Para quê: Apoiar a gestão territorial e a melhoria das condições de vida dos povos Manoki, Myky e Nambiquara.
Quando: 2011-2012
Quem: Operação Amazônia Nativa (OPAN), com patrocínio da Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental
Onde: Terras Indígenas Myky, Manoki, no município de Brasnorte (MT), Tirecatinga, em Sapezal e Pirineus de Souza, em Comodoro.
OPAN
A OPAN foi a primeira organização indigenista fundada no Brasil, em 1969. Atualmente suas equipes trabalham em parceria com povos indígenas do Amazonas e do Mato Grosso, desenvolvendo ações voltadas à garantia dos direitos dos povos, gestão territorial e busca de alternativas de geração de renda baseadas na conservação ambiental e no fortalecimento das culturas indígenas.
Contatos com imprensa
Andreia Fanzeres: +55 65 3322-2980 / 8476-5620
Email: comunicacao@amazonianativa.org.br
OPAN – Operação Amazônia Nativa
http://www.amazonianativa.org.br
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Markus Arbenz, Diretor Executivo do IFOAM, é entrevistado com exclusividade pelo Planeta Orgânico durante o Green Rio, onde foi palestrante |
PO – Quais são as expectativas da IFOAM para Rio +20?

Markus Arbenz - Diretor Executivo do IFOAM
Markus Arbenz – Nossa mensagem principal é a integração da agricultura orgânica como meio de execução. Nosso objetivo é ter Agricultura Orgânica mencionada no documento final da Conferência. Com participações em inúmeros eventos durante estes dias, queremos acelerar a absorção da agricultura orgânica. Isso deve acontecer através da integração das abordagens nas políticas e em iniciativas como a CAADP, CSA, Degradação da Terra Zero Net, Compras para o Progresso, Programa Fome Zero e os programas de pesquisa global.
PO – Como IFOAM está se posicionando no contexto do tema Economia Verde?
Markus Arbenz – Nós não gostamos da ideia de centralizar tudo em uma Economia Verde. O movimento orgânico jamais contou com uma única abordagem e soluções baseadas em análises reducionistas. Ao fazer isso corremos o risco de criar novas estruturas de poder, que podem ser mal utilizados e corremos o risco de “lavagem verde” (green washing) o que vai contra a melhoria necessária para um ambiente mais saudável da sociedade. Não há dúvidas que a economia em todos os níveis tem de se tornar mais verde e não há alternativa a não seO movimento orgânico oferece soluções na agricultura, no processamento, na comercialização e noconsumo, que se baseiam não só na diversidade natural e genética, mas também sobre a diversidade de adaptações ecológicas locais, condições sociais e culturais. Enfim, somos defensores de uma diversidade de economias verdes.
PO – Quais são os desafios e oportunidades que IFOAM prevê para o setor orgânico nos próximos anos?
Markus Arbenz – O mercado orgânico mundial, atualmente estimado em 60 bilhões de dólares, continuará a crescer em quase todos os países. Cada vez mais também nos países emergentes como o Brasil. Isto irá desenvolver um grande potencial, já que mais pessoas estarão envolvidas e passarão a fazer parte da nossa visão.
O desafio será manter o movimento orgânico na diversidade que precisamos e gostamos de ver. É de extrema importância preservar nossa credibilidade, manter as nossas promessas, sempre buscando nos proteger de fraudes e iniciativas criminosas. Dentro do movimento, temos que continuar nosso desenvolvimento para a verdadeira sustentabilidade.
PO – Como IFOAM poderia contribuir para a iniciativa Copa Orgânica e Sustentável Mundial do Brasil?
Markus Arbenz – Os iniciadores desta bela idéia tem o nosso total apoio. É uma idéia literalmente orgânica, que pode parecer visionária para muitos. É a natureza das pessoas do movimento orgânico, temos grandes ambições, nem sempre totalmente concretizadas. Produtos orgânicos já são mundialmente reconhecidos como algo positivo para a grande maioria das pessoas.
IFOAM, que atua como um “guarda-chuva” no setor orgânico por meio de sua legitimidade através de seus membros, tem como se comunicar com universo orgânico, incluindo os consumidores (em alguns países mais de 50% das pessoas) e levar a mensagem de uma Copa do Mundo com produtos orgânicos a 120 países.
O pré-requisito que deve ficar claro é que não há nenhuma segunda intenção por trás desta ideia, que envolverá também pessoas e a mídia. Caso contrário, esta iniciativa será rapidamente julgada como “greenwashing” e “truque de marketing barato” e, portanto, contraproducente para os seus idealizadores e para o movimento orgânico.
Desde que esta iniciativa pretenda desencadear sentimentos positivos, e tenha perspectivas multiculturais, IFOAM estará feliz em atuar como consultor e participar como ator.
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MDA anuncia parceria com Alex Atala |
O Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Chef paulistano Alex Atala firmaram um acordo de cooperação técnica o para fortalecimento da comercialização de produtos da agricultura familiar e povos e comunidades tradicionais. Atala vai ajudar o ministério a ampliar a participação desses produtos no mercado gastronômico.
O chef afirmou que a parceria também visa valorizar o alimento nacional dentro e fora do Brasil.
Sonora (Alex Atala)
A parceria com o MDA nasce com essa ambição: estruturar essas cadeias e valorizar o ingrediente brasileiro dentro do nosso país, mas também fora do país. O Brasil é um dos maiores celeiros com maior condição de novos aportes para a gastronomia mundial. Isso pertence a nós e vários desses ingredientes tem um grande potencial de alavanca social.
MDA e Alex Atala assinaram o acordo nesta quarta-feira, 4 de julho, durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2012/2013, em Brasília. O protocolo prevê, entre outras medidas, a qualificação dos empreendimentos familiares para atender à demanda do setor gastronômico e a valorização da gastronomia brasileira como movimento de resgate cultural do país.
Atala é proprietário do restaurante DOM, eleito o 4º melhor estabelecimento culinário do mundo e o 1º da América do Sul, segundo a revista britânica Restaurant Magazine.
Para mais informações, acesse a página do ministério na internet. O endereço é www.mda.gov.br.
Ministério do Desenvolvimento Agrário
Governo Federal – Brasil: país rico é país sem pobreza
Acesse o áudio: http://www.mda.gov.br/portal/radio/sounds-view?sound_id=10193683
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Codevasf e Exército Americano discutem contrato de cooperação para estruturação da hidrovia do São Francisco |
“Sobre a hidrovia, queremos ressaltar que a Codevasf contribui, como empresa de desenvolvimento regional, para a revitalização e a melhoria da navegação do rio. Temos um potencial de navegabilidade de 1.371 km entre Pirapora, em Minas Gerais, até Juazeiro/Petrolina, na Bahia e Pernambuco, respectivamente. Acredito que a hidrovia do São Francisco é a melhor opção para o escoamento da produção agrícola da região. Tendo em vista a vasta experiência do USACE na área, acreditamos no sucesso dessa iniciativa”, afirmou Vaz, acrescentando que a Codevasf – uma empresa pública vinculada ao Ministério da Integração Nacional -, atua em 13% do território nacional, perfazendo mais de 1,1 milhão de quilômetros quadrados abrangendo 894 municípios e uma população de 23,3 milhões de pessoas.
Em seu pronunciamento, o tenente-brigadeiro Fraser falou da importância do trabalho conjunto com a Codevasf. “É um privilégio vir ao Brasil para conhecer melhor esse projeto. Esperamos que haja um fortalecimento dessa parceria com novas ações a partir dessa cooperação com a Codevasf”, afirmou.
Na sequência, o engenheiro hidráulico do USACE, Calvin Creech, e o gerente de Concessões e Projetos Especiais da Codevasf, Roberto Strazer, fizeram uma explanação técnica sobre o trabalho que está sendo desenvolvido por meio do contrato, assinado em dezembro de 2011, com vigência de três anos, envolvendo investimento de US$ 3,84 milhões. De acordo com o contrato, o USACE irá providenciar assistência técnica ao longo do São Francisco, em tempo integral, com especialistas em áreas de hidráulica, geotécnica, dragagem e engenharia de construção (incluindo outras especialidades a serem requeridas pela Codevasf), com experiência em estabilização de margens de rio, controle de erosão, dragagem, escavação em rocha e navegação.
A consulta técnica de seleção de projetos, concepção, construção, dragagem e escavação de rocha está prevista para ser realizada ao longo dos três anos do acordo. Foi identificado um total de 12 projetos de navegação aquaviária, que serão avaliados nos primeiros doze meses. No primeiro ano, está sendo avaliada a programação dos três anos do contrato. Para o primeiro ano, até agora foram identificados os projetos de avaliação do campo de provas, em Barra (BA), e a aplicação dos tubos de geotêxtil, na Ilha Sambaíba, e Curralinho.
As ações foram iniciadas em março deste ano com a coleta de dados e visita ao campo de provas. O monitoramento do projeto pelo USACE envolve também investigação geológica, avaliação geotécnica, análise da qualidade da construção, análise hidrológica e outros estudos. O campo de provas é uma experiência piloto da Codevasf para contenção de margens e melhoria da navegabilidade do São Francisco. No local estão sendo aplicados métodos de bioengenharia, com aproveitamento de vegetação nativa da região, para fixação da mata ciliar. As intervenções envolveram diversas etapas desde a análise do solo, levantamento topográfico até o trabalho de conformação de margens, com a confecção de trincheiras e defletores.
Sobre o projeto, o secretário extraordinário da Indústria Naval e Portuária do Estado da Bahia, Carlos Costa, disse estar entusiasmado. “Vimos a grandiosidade dessa ação e a importância dessa parceria entre a Codevasf e o USACE. Nesta oportunidade, aproveito para solicitar que seja pensada uma ampliação do foco do projeto, contemplando outras regiões com grande potencial agrícola e de produção de minérios na Bahia, que necessitam deste tipo de apoio na área do transporte”, enfatizou Costa.
Mais informações: www.codevasf.gov.br
Contato: Assessoria de Comunicação e Promoção Institucional da Codevasf
Fone: (61) 3312 – 4860/4627/4769
E-mail: imprensa@codevasf.gov.br
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