Iapar estuda produção de leite de búfala no sistema orgânico

O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) pretende agora disponibilizar conhecimentos para produtores que desejem ingressar no mercado de alimentos de origem animal orgânicos. Segundo o pesquisador José Lino Martinez, em grandes centros consumidores, como Curitiba e outras capitais do Sul e Sudeste, há crescente interesse por derivados fabricados a partir de leite de bubalinos. Entre outros itens, ele cita mozarela, iogurte e ricotas, mas informa que apesar do aumento do consumo desses itens ainda há falta de informações sobre o processo produtivo.

O projeto é conduzido na Estação Experimental da Lapa e ocupa 25 hectares de uma propriedade com cerca de 138 hectares, mantida em parceria com o município. As atividades estão voltadas para adaptação, desenvolvimento e integração de tecnologias para búfalos, seguindo a conceituação estabelecida como agricultura agroecológica, em que se contemplam fatores ligados ao solo, plantas e animais, além dos aspectos socioeconômicos. Toda a atividade é certificada pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), órgão credenciado pelo Ministério da Agricultura para monitorar produtos orgânicos.

Sobre o leite de búfalas, o pesquisador afirma ser diferente do leite de vaca, apresentando variações consideráveis nos teores de proteína, gordura e lactose, que afetam características de corpo, sabor e textura. O rendimento queijeiro é maior devido ao elevado teor proteico (3,5 a 5%) e de gordura (5 a 8,5%). Uma das comprovações mais favoráveis do leite de búfala, em relação ao leite da vaca, é a indicação do dobro da quantidade de ácido linoléico conjugado, uma substância anticancerígena que atua também sobre os efeitos secundários da obesidade, da arteriosclerose e da diabetes.

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MMA abre prazo para selecionar espaços exibidores do Tela Verde

Está aberto, até 30 de janeiro, o prazo para cadastramento de instituições que tenham interesse em ser espaços exibidores de vídeos socioambientais da 5ª Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente – Circuito Tela Verde. Atualmente, existem mais de 1,5 mil espaços espalhados em todo País. Para se cadastrar, basta acessar o link e preencher o formulário.

“Com o aumento do número de espaços, esperamos ampliar o número de expectadores e, assim, promover mais debates socioambientais no Brasil motivados pelos vídeos”, reforça o diretor do Departamento de Educação Ambiental (DEA) da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Nilo Diniz.

Os espaços cadastrados receberão kit para exibição dos filmes. Neste mês, ainda está aberto o prazo para envio dos vídeos socioambientais que, após seleção, farão parte da quinta edição. Os filmes comporão o kit formado também por cartazes e orientações para realização da Mostra. Essa iniciativa atende à demanda por materiais pedagógicos multimídias sobre a temática socioambiental.

O Circuito Tela Verde é uma iniciativa dos ministérios do Meio Ambiente e da Cultura, por intermédio da Secretaria do Audiovisual. A 5ª Mostra está prevista para acontecer no primeiro semestre do ano que vem.  As edições anteriores já exibiram mais de 190 filmes para quase 400 mil pessoas.

Para mais informações, acesse o formulário de participação.

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Parque Chico Mendes, em Sorocaba, tem feira agroecológica
e encontro sobre poluição de agrotóxicos

Além da Feira Experimental de Transição Agroecológica e Orgânica, que acontece aos sábados, das 9h às 13h, no Parque Natural “Chico Mendes”, no Alto da Boa  Vista,quem for ao local poderá também participar gratuitamente de atividades educativas em comemoração ao Dia Mundial do Controle da Poluição por Agrotóxicos, lembrado no dia 11 de janeiro.

Organizado pela Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), o objetivo do evento é informar a população quanto aos riscos causados pelo uso de forma indiscriminada dos defensivos agrícolas, os problemas que esses podem causar a saúde e a natureza, as maneiras que podemos colaborar para diminuir esses impactos, além de disseminar o conhecimento de práticas agroecológicas e de cultura tradicional.

A feira de orgânicos é realizada em parceria com o Grupo de Articulação Regional sobre a Feira Agroecológica de Sorocaba (Garfos) e tem como objetivo principal fortalecer os pequenos produtores locais e da região.

Ao todo são sete produtores de Araçoiaba da Serra, Itapetininga, Ibiúna, Iperó e Piedade, que comercializam 67 tipos de produtos diferentes, entre frutas, verduras e legumes, todos in natura certificados como produtos orgânicos ou em processo de certificação.

O Parque Natural “Chico Mendes” está localizado na avenida Três de Março, 1.025, no Alto da Boa Vista. Segue abaixo a programação do Dia Mundial do Controle da Poluição por Agrotóxicos:

9h – Bate-papo “O cultivo de alimentos da terra a semente” – Prefeitura de Sorocaba, Grupo de Articulação da Feira Orgânica de Sorocaba, Núcleo de Agroecologia Apete Caapuã – UFSCar Sorocaba e Instituto Terra Viva.

11h – Palestra “Segurança alimentar e nutricional” – Ellen Francisco, da Rede de Defesa da Alimentação Saudável, Adequada e Solidária.

14h – Apresentações “Os desafios na produção de alimentos orgânicos” – Produtores e Integrantes da Feira Orgânica e de Transição Agroecológica de Sorocaba.

Fonte: Agência Sorocaba / Edição: Planeta Orgânico

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Kits de irrigação beneficiam produção agrícola no semiárido alagoano

Uma das ações de destaque desenvolvidas pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento (Seagri), em 2013, foi o projeto de irrigação. Agricultores recebem kits de irrigação e assistência técnica, que oferece o suporte necessário para que eles consigam desenvolver e fortalecer suas atividades, se possível, diversificando a produção.

Foram implantados 50 kits, com investimentos da ordem de R$ 500 mil do Fundo Estadual de Erradicação e Combate à Pobreza (Fecoep), beneficiando 50 famílias que vivem na região do Canal do Sertão. A previsão é que sejam instalados mais 950 kits de irrigação, contando com investimentos da Seagri e parceiros como o Banco do Brasil, o BNDES, Ministério da Integração e Codevasf até o final de 2014.

De acordo com o superintende de Irrigação da Seagri, Sílvio Azevedo, inicialmente, a ideia é beneficiar os produtores das proximidades do Canal do Sertão, mas com a chegada destes novos kits, os benefícios chegarão a toda Alagoas.

“Os agricultores que querem ser beneficiados irão passar por um cadastro e serão avaliados alguns critérios, como a disponibilidade de áreas propícias à irrigação, morar na propriedade, ter energia elétrica e alguma fonte de água”, explicou o superintendente.

O agricultor Cícero Souza, de Olho d’Água do Casado, foi selecionado pela Seagri para também receber um kit de irrigação e uma unidade demonstrativa de produção de forragens. Hoje, ele produz palma, cana, milho, capim e sorgo para alimentação animal. “Foram dois anos de seca que me fizeram vender o gado e parar de produzir. Mas, graças ao Canal do Sertão e ao trabalho da Seagri, agora tenho água para produzir e isso já me dá mais esperanças. Tiro da própria terra o sustento da minha família e o alimento para meus animais”, afirma Cícero, que permitiu a instalação da Unidade Demonstrativa de Forrageiras Irrigadas em sua propriedade.

Mais de R$ 2 milhões, sendo recursos da Seagri e da Codevasf, serão investidos em 60 hectares para implantar um Centro de Produção de Forragens em Pariconha, também na área do Canal do Sertão. “O plano de irrigação é mais uma ação da gestão de Teotonio Vilela Filho em busca de modificar a qualidade socioeconômica dos municípios, principalmente, do Sertão alagoano. O vice-governador Thomaz Nonô é um grande parceiro que direciona recursos do Fecoep neste programa, visando incentivar a utilização de áreas irrigadas para plantio de produtos em quantidade e com visão comercial”, destacou o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior.

Fonte: Seagri – Edição: Planeta Orgânico

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