Setor orgânico ganha nova linha de financiamento |
Devido à crescente demanda por alimentos orgânicos em São Paulo, a secretaria estadual de Agricultura lançou recentemente um programa para o setor – ligado ao Fundo de Expansão ao Agronegócio Paulista e ao Banco do Agronegócio Familiar (Feap/ Banagro) – que inclui subsídio de até R$ 200 mil por produtor rural (pessoa física ou jurídica) e até R$ 500 mil por cooperativa ou associação de produtores. A iniciativa, que contempla a capacitação de mais de 230 técnicos e o financiamento da certificação, também pretende estimular as inovações tecnológicas para favorecer a diminuição do uso de produtos químicos.
A coordenadora do Centro de Inteligência em Orgânicos da Sociedade Nacional de Agricultura, Sylvia Wachsner, aprovou a medida. “O Feap/Banagro conta com diversos programas de financiamento destinados à conversão ou transição da agricultura convencional para a agroecologia e à produção orgânica. Outro aspecto interessante é que os itens financiáveis incluem a aquisição de equipamentos e insumos destinados à transição agroecológica e à modernização da produção. Para os produtores rurais, o acesso a esse financiamento, a longo prazo, com quatro anos de carência, é muito importante. Permite produzir com maior tecnologia e contar com ferramentas que permitam ultrapassar a curva de crescimento ou ajuste produtivo, durante a etapa de conversão”.
MANEJO
Segundo o programa, um dos requisitos para o custeio é a elaboração de um plano de manejo orgânico, validado por uma entidade de certificação cadastrada no Ministério da Agricultura como Organismo de Avaliação da Conformidade (OAC) ou Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade. “Desta maneira, o produtor será orientado a realizar um trabalho já dentro das normas vigentes para a agricultura orgânica e estará encaminhado para a certificação da produção futura a ser comercializada”, declarou Sylvia.
INICIATIVAS
A coordenadora do CI Orgânicos lembrou que alguns estados brasileiros oferecem diversos programas de financiamento aos agricultores familiares, no âmbito do MDA (Ministério de Desenvolvimento Agrário), mas que, no caso de São Paulo, o benefício não fica restrito aos pequenos produtores, abrangendo também aqueles interessados em reduzir a utilização de insumos químicos e estimular uma produção agrícola mais sustentável (no caso, orgânica).
Para Sylvia Wachsner, “a iniciativa é um exemplo a ser estudado e implementado por outros estados”. Ela salientou que há vários aspectos que atestam um aumento da demanda pelos orgânicos em todo o país, citando como exemplos as feiras municipais “que continuam a se multiplicar em diversos estados” e o crescimento de espaços no varejo e nas lojas especializadas. “As pessoas desejam consumir alimentos orgânicos e agroecológicos, e estão cada vez mais interessadas na produção local”, destacou.
TENDÊNCIA
Além disso, a coordenadora do CI Orgânicos revelou que os produtores convencionais brasileiros estão começando a se adaptar às práticas agroecológicas para obter uma agricultura mais sustentável.
“Numa prática de controle biológico, certificada para uso na agricultura orgânica, por exemplo, têm sido bons os resultados no combate à Helicoverpa armiguera da soja. Esperamos que outros exemplos de técnicas agrícolas sustentáveis continuem a ser implementadas na agricultura convencional. Com isso, poderemos contar com uma produção agrícola brasileira que utilize menos insumos químicos, e que ajude na preservação dos recursos naturais e na emissão de gases de efeito estufa”, concluiu.
Por equipe SNA/SP
Fonte: Sociedade Nacional de Agricultura
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Projeto destina recursos da merenda escolar para compra de alimentos orgânicos |
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 6162/13, do deputado Major Fábio (Pros-PB), que reserva parte dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) para compra de alimentos orgânicos.
O programa já destina 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para a compra de alimentos de agricultores familiares. Pelo projeto, 30% desse percentual deverão ser utilizados para comprar produtos orgânicos, que não utilizam agrotóxicos.
A intenção, segundo o autor, é incentivar a produção de orgânicos, que são mais saudáveis. “A iniciativa fomentará tanto a produção de alimentos mais saudáveis quanto criará meios de escoamento dos produtos”, argumenta o autor. Major Fábio ressalta que o percentual previsto é baixo, mas representará um ponto de partida para impulsionar o mercado de orgânicos no Brasil.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Educação; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Regina Céli Assumpção
Fonte: Agência Câmara Notícias
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Principais fontes de proteínas e suas funções no organismo serão apresentadas no workshop culinário gratuito de julho |
Quais são as principais fontes de proteínas, suas funções e valores biológicos? O seu consumo é adequado para qualquer faixa etária? São dúvidas comuns que poderão ser esclarecidas durante o workshop culinário gratuito “Como montar um cardápio saudável – Proteínas”. A atividade ocorrerá no dia 29 de julho, às 19h30, em São Paulo (SP).
Com orientações de nutricionistas e a elaboração de receitas com culinaristas da Fundação Mokiti Okada, o evento também ensinará a preparar: anchova à nossa moda e frango à parmiggiana. Com duração de uma hora e meia, o encontro finalizará com a degustação dos pratos produzidos.
O workshop é aberto ao público em geral. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail: alimentacaonatural@fmo.org.br. Mais informações pelo tel. (11) 5087-5045.
O evento ocorre à Rua: Morgado de Mateus, 77, Vila Mariana, São Paulo (SP).
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Brasil terá primeira norma técnica para Indicações Geográficas |
Dia 22 de julho, o Sebrae, em parceria com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), realizou a reunião de instalação da Comissão de Estudos Especial cujo objetivo é elaborar a primeira Norma Técnica em Indicação Geográfica do mundo.
A iniciativa inédita ocorreu no Rio de Janeiro e representa um avanço para orientação dos produtores e empresários sobre como gerir a sua Indicação Geográfica.
O encontro contou com a participação dos gestores de IGs e de representantes de diferentes segmentos. A norma contemplará três temas: terminologia – glossário para padronizar os termos usados pelos gestores -, rastreabilidade – facilitar a identificação da origem e da fabricação dos produtos – e práticas de gestão – orientação de como gerir a IG.
O Brasil possui 38 indicações geográficas registradas pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Todas são entidades coletivas (associações ou cooperativas) que representam pequenos negócios. É o caso do empresário Lúcio Gama Freire, um dos beneficiados com a Indicação Geográfica, (IG) de Paraty. Ele é proprietário da Cachaça Pedra Branca que vem conquistando o paladar de fluminenses, cariocas e paulistas. A empresa conta com seis funcionários fixos, outros seis colaboradores temporários e faturamento mensal de R$ 30 mil. “O Sebrae tem um trabalho voltado para o mercado da cachaça desde 1997. Procurar a instituição foi um caminho natural para mim”, diz. Lúcio passou por várias capacitações da instituição, como o Empretec, formação de preços de vendas, gestão financeira, técnicas e atendimento de vendas, entre outros.
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