Seis anos de um estudo de campo no Quênia, executado pelo Instituto de Pesquisa Suíça, FiBL, junto com parceiros locais, mostra que sistemas orgânicos começam a oferecer vantagem econômica substancial em relação aos convencionais, logo que a fase de conversão inicial é finalizada.

O coordenador do projeto, Dr. Noah Adamtey, apresentou os resultados de experiências de campo que são realizadas, desde 2007, em dois locais no Quênia: Thika e Chuka. Ele comenta: “nossos resultados mostram que os rendimentos de milho em produção orgânica são semelhantes àqueles sob produção convencional em sistemas com alto uso de insumos,  representando a agricultura em escala comercial. “

De acordo com o estudo, a rentabilidade foi semelhante em ambos os sistemas a partir do terceiro ano, na ausência de preço premium. Porém, quando o preço premium foi considerado, a agricultura orgânica tornou-se mais rentável a partir do quinto ano. Em níveis baixos de insumos, as colheitas de milho foram semelhantes em ambos os sistemas, especialmente em regime de consórcio, e não houve diferenças para pragas e incidência de doenças e danos.

Os resultados mostram que a fertilidade do solo melhorou significativamente nos níveis de cálcio, magnésio, potássio e pH do solo (acidez), na produção orgânica.

Os experimentos de campo no Quênia são parte de um grande programa de longo prazo chamado Sistemas Agrícolas de Comparação (Syscom), que visa a obtenção de provas científicas sobre os benefícios e as desvantagens de orgânicos contra os sistemas agrícolas convencionais nos trópicos.

Confira o relatório e mais informações sobre o estudo.

Fonte: FiBL / Tradução e Edição: Planeta Orgânico

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