O conceito de qualidade na alimentação sofreu muitas transformações no decorrer deste século. Inicialmente, características como a aparência e o paladar bastavam para associar qualidade a um alimento. Com o refinamento, como ocorreu com a farinha de trigo, o conceito de “pureza” era associado a todo alimento processado industrialmente. Posteriormente, a adição de vitaminas e sais minerais tornou-se um requisito fundamental para conferir a qualidade à comida.
Dietas mais adotadas:
Vegetarianismo
A dieta vegetariana não admite o uso de produtos animais (carne, leite e ovos), baseando-se no consumo de cereais, leguminosas, frutas, verduras e oleaginosas. Nem sempre, contudo, existe a preocupação com a origem e o modo de produção dos alimentos (se são convencionais ou orgânicos, por exemplo), mas sim com a restrição dos produtos de origem animal.
Pelo risco de ocasionar deficiências no fornecimento de ferro, cálcio e vitaminas B12 e D, uma dieta estritamente baseada em produtos vegetais necessita da orientação de médicos ou nutricionistas.
Os adeptos do vegetarianismo não aceitam a matança e o sacrifício animal e acreditam que a dieta baseada em vegetais é mais saudável. Existem, contudo, varias linhas de vegetarianismo. São elas:
a)Ovo-lacto-vegetarianismo
Além de frutas e verduras, essa dieta é complementada com ovos, leite e seus derivados. A vantagem dessa dieta consiste no maior equilíbrio do ponto de vista nutricional, uma vez que o fornecimento adequado de cereais integrais, leguminosas, ovos e leite suprem as demandas protéicas do organismo. Normalmente, a retirada da carne se relaciona a aspectos filosóficos e espirituais. Do ponto de vista qualitativo, entretanto, o consumo desses produtos não garante, por si só, a isenção de contaminação química ou biológica, visto que na produção agropecuária convencional destes alimentos, utilizam-se agrotóxicos, hormônios e antibióticos sintéticos, além de adubos altamente solúveis.
b)Lacto-vegetarianismo
Essa dieta se assemelha à descrita anteriormente, com a diferença de que seus adeptos não consomem ovos, pois acreditam que eles representam uma vida em potencial e seu consumo significa a interrupção de um tipo de processo de vida. Entretanto, a grande maioria dos ovos consumidos, hoje em dia, não é galada e é, por essa razão, destituída de energia vital.
c)Crudismo ou Crudivorismo e Frugivorismo
Os adeptos do Crudismo utilizam apenas alimentos crus e seus seguidores acreditam que os alimentos devem ser consumidos conforme a natureza os fornece, sem a necessidade de fogo ou sal. Entendem que o fogo destrói a energia vital, a parte mais importante dos alimentos naturais. Os crudivoristas se alimentam de frutas, verduras, raízes, alguns tubérculos e alguns cereais que podem ser ingeridos crus (como triguilho picado, brotos) e aveia.
Frugivorismo
Os frugívoros tem uma dieta à base de frutas cruas ou cozidas.
Alimentação Naturalista ou Orgânica
Nesta dieta prevalece a preocupação com o aspecto qualitativo da alimentação no que diz respeito à não utilização de agrotóxicos, aditivos, hormônios e antibióticos sintéticos. Busca-se também evitar processos como o refino, a conservação química e as irradiações. Do ponto de vista de variedade, esta dieta não é restritiva, apenas propõe o uso equilibrado de alimentos protéicos como carnes e ovos, assim como de sal e gorduras saturadas. Vale lembrar que para uma alimentação seja, de fato, “orgânica”, a mesma deve ser preparada a partir de produtos com selo de certificação, o que garante que na origem esses alimentos foram produzidos isentos de contaminação química ou biológica, além de auxiliarem na conservação dos recursos naturais presentes na propriedade, como o solo e a água.
Para saber quais são os 12 aditivos sintéticos mais comuns, que devem ter um consumo restrito ou evitado e seus riscos para a saúde humana, clique aqui