Pesquisadores fazem recomendações para recuperação de área degradada por garimpo |
A convite da Fundação Nacional do Índio (Funai), os pesquisadores Eduardo Campello e Sérgio Miana, da Embrapa Agrobiologia (Seropédica/RJ), fizeram uma expedição técnica na terra indígena Trincheira Bacajá, no Estado do Pará, onde existe o garimpo Manelão, para extração de ouro. Após passarem uma semana na região, os pesquisadores devem entregar nos próximos dias relatório com as principais recomendações técnicas para a recuperação da área degradada, que alcança uma extensão de aproximadamente 120 hectares. O documento também trará informações sobre espécies que podem dar sustento aos índios Xikrin, grupo de língua Kayapó que tradicionalmente ocupa o local.
De acordo com Campello, foi possível identificar na região uma grande presença de leguminosas arbóreas fixadoras de nitrogênio, o que pode ser importante para o processo de recuperação das áreas mineradas. “Espécies como ingás, eritrina, mimosas, taxi, acácias, angicos, entre outras, foram identificadas”, destaca. Diversas recomendações já foram feitas para reduzir os impactos do garimpo e facilitar o processo de recuperação. “Uma das nossas orientações foi a separação do solo superficial rico em propágulos vegetais, matéria orgânica e microrganismos para retorno desse material quando a atividade de mineração for encerrada”, informa.
Para elaborar o relatório, os pesquisadores fizeram um sobrevoo na região e verificaram a extensão das atividades do garimpo e o grau de impacto no ambiente. Além disso, também foi feita avaliação in loco, em conjunto com representantes da Funai, do Ministério Público do Pará e da aldeia Mrotidjam, pertencente à tribo Xikrin. “Para acessar o garimpo por terra viajamos 15 horas por estradas bastante precárias. Pernoitamos duas noites na região e conhecemos de perto o sistema de exploração do solo para retirada do ouro aluvial associado à camada de cascalho, que fica em uma profundidade de 3 a 4 metros abaixo da superfície”, conta Campello.
A atividade de exploração de ouro em Trincheira Bacajá existe desde os anos 1980, antes mesmo da definição da terra indígena, e a previsão é de que se estenda até 2016, conforme acordo com a Funai. “O garimpo em terras indígenas não é um problema novo, e sua solução envolve muitos interesses sociais. Neste caso, a principal dificuldade é buscar uma solução que gere renda para atender às necessidades das comunidades locais, visto que garimpeiros e índios se beneficiam do dinheiro proveniente da mineração”, opina Campello.
Texto:
Liliane Bello (MTb 01766/GO)
Contatos para a imprensa:
Ana Lucia Ferreira (Mtb 16913/RJ)
Embrapa Agrobiologia
agrobiologia.imprensa@embrapa.br
Tel: 21 3441-1596
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Contação de história na feira de orgânicos do Parque Chico Mendes |
Além de uma grande variedade de produtos frescos e naturais, os sorocabanos (SP) que forem à Feira de Transição Agroecológica e Orgânica no Parque Natural “Chico Mendes”, deste sábado (2 de agosto), tem uma atração a parte: contação de história com a Cia. Artística Semeando Encanto. A feira acontece das 9h às 12h, e consiste em uma boa oportunidade para comprar produtos hortifrútis produzidos ecologicamente corretos.
Promovida pela Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), em parceria com o Grupo de Articulação Regional da Feira Orgânica de Sorocaba (Garfos), a feira tem como objetivo desenvolver atividades de Educação Ambiental ligadas a Alimentação Saudável e Qualidade Ambiental e incentivar produção de orgânicos em Sorocaba e Região.
Este é o décimo primeiro mês da Feira de Ogânicos no Parque Natural “Chico Mendes”. Em comemoração, a feira estará em festa com muitas brincadeiras, contação de histórias e música com a Cia. Semeando Encanto, que aborda a educação socioambiental utilizando recursos cênicos, lúdicos e musicais.
Muitos, em meio a correria do dia-a-dia, não se atentam para o destino final dos resíduos que podem ser reaproveitados, mas que acabam sendo lançados de maneira irregular na natureza. Produtos que acabam se tornando grandes e cruéis poluidores do meio ambiente. A personagem dessa história, junto com alguns amigos, forma uma turma engajada para alertar sobre os impactos ambientais negativos gerados pelos seres humanos no ambiente aquático.
Além da atração, no local a população encontra sete estandes de produtores de Araçoiaba da Serra, Ibiúna, Iperó, Piedade e Itapetininga, com até 45 tipos de produtos diferentes, entre frutas, verduras e legumes, todos certificados como produtos orgânicos ou em processo de certificação.
Fonte: Prefeitura de Sorocaba
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Concurso com receitas de merenda orgânica em Foz do Iguaçú |
Em parceria com Itaipu Binacional, a Secretaria Municipal da Educação, de Foz do Iguaçu, está organizando o 3º concurso de Receitas Saudáveis da Alimentação Escolar da Bacia do Paraná (BP3) – Edição Receitas Orgânicas 2014.
O objetivo é a criação de cardápios alternativos orgânicos para a rede municipal de ensino. O período de inscrição segue até 15/08.
As inscrições devem ser feitas na sede da Secretaria Municipal de Educação, 14º andar, sala 1408 – Alimentação Escolar. As receitas devem ter 75% de produtos orgânicos.
Podem participar cozinheiros(as), auxiliares das escolas, centros municipais de educação infantil e entidades vinculadas à Gestão de Alimentação Escolar realizada pela cidade.
Serão premiadas duas receitas, uma para a modalidade Escola e uma para Centro Municipal de Educação Infantil.
Para cada cozinheiro(a) serão repassados R$ 400,00. Além disso, os premiados receberão R$ 500,00 para a compra de utensílios para a cozinha, passando antes para a averiguação da nutricionista para saber se realmente é necessária a compra desses equipamentos.
A premiação simbólica acontecera no dia 19 de novembro de 2014, durante o Encontro Cultivando Água Boa, em Foz do Iguaçu. Informações e regulamento nos sites www.cultivandoaguaboa.com.br e www.lindeiros.org.br
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Estudo extenso na Grã-Bretanha conclui que alimentos orgânicos contêm mais antioxidantes |
Um extenso estudo feito na Grã-Bretanha concluiu que alimentos orgânicos contêm mais antioxidantes, compostos associados a diversos benefícios à saúde, do que alimentos comuns, além de níveis menores de pesticidas.
Segundo os pesquisadores, substituir vegetais comuns por orgânicos surte o mesmo efeito que passar a comer entre uma e duas porções a mais de frutas e verduras todos os dias. Atualmente, os médicos recomendam que a ingestão de cinco porções desses alimentos diariamente.
CONHEÇA A PESQUISA
Onde foi divulgada: Periódico British Journal of Nutrition
Quem fez: Carlo Leifert; Dominika Srednicka-Tober Nikos Volakakis; e outros
Instituição: Universidade de Newcastle, na Grã-Bretanha
Resultado: Vegetais orgânicos contêm entre 19% e 69% mais antioxidantes do que os alimentos convencionais, porém, apresentam menos proteína.
O novo estudo, feito na Universidade de Newcastle, revisou 343 pesquisas feitas em todo o mundo sobre alimentos orgânicos. Segundo as conclusões, há diferenças significativas entre os níveis de certos antioxidantes, como os polifenois, presentes nos alimentos comuns e nos orgânicos – a variação que pode ser de 19% a 69%.
Os vegetais produzem grande parte de seus antioxidantes quando lutam contra o ataque de pragas. Portanto, é possível que eles apresentem maiores níveis dessas substâncias porque não são resguardados pelos pesticidas. Em humanos, os antioxidantes protegem as células do organismo contra os danos causados por radicais livres. Por isso, desaceleram o envelhecimento e podem prevenir doenças degenerativas, como o câncer.
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