Cineasta Silvio Tendler lança documentário “O Veneno Está na Mesa”

 

Silvio Tendler (crédito:Caliban)

O cineasta Silvio Tendler, responsável por documentários como “Os Anos JK”, lançou dia 25 de julho no Teatro Casa Grande, Rio de Janeiro, o filme “O Veneno Está na Mesa”. A apresentação do documentário, que lotou o Teatro, foi seguida de um debate com os participantes.

Com duração de aproximadamente 50 minutos, o filme mostra os enormes malefícios que os agrotóxicos causam à saúde do brasileiro, uma vez que o país está entre os maiores consumidores no mundo dos insumos. Através de dados estatísticos, depoimentos e demonstrando o histórico dos agrotóxicos na produção agrícola, o cineasta expõe a
triste realidade no país, onde não apenas consumidores como agricultores estão vulneráveis a venenos.

“O Veneno Está na Mesa” será disponibilizado em breve gratuitamente pela internet. O filme vem contando com grande divulgação de ambientalistas.

Fonte: Planeta Orgânico
________________________________________________________________________________________________________________

Governo e empresas investem na parceria Agricultura Familiar e Supermercados

Gerente de negócios da Cooperativa Agropecuária de Campo Grande, Eloísio Barbosa Lopes Junior

Farinha de mandioca de Arapiraca, em Alagoas, geléia de maracujá da Bahia e suco de laranja in natura de Sergipe estarão nos próximos dias nas prateleiras dos supermercados Pão de Açúcar e G. Barbosa (rede sergipana). Produtos normalmente encontrados nos supermercados, estes trazem o selo da agricultura familiar e representam a primeira iniciativa para a conquista de mercado em larga escala por pequenos agricultores reunidos em cooperativas.

A ação articulada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), por meio de acordo assinado com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), integra o Plano Brasil Sem Miséria e começa com os produtos dos três estados nordestinos.

A medida é a primeira ação de inclusão produtiva do Brasil Sem Miséria que visa aumentar a renda dos pequenos agricultores, especialmente dos que estão na extrema pobreza – renda mensal por pessoa de até R$ 70. É o caso de praticamente todos os integrantes da Cooperagro. Segundo Lopes Júnior, a média de renda dos produtores de mandioca de Arapiraca gira em torno de R$ 3 mil por ano por família.

Em Sergipe, a iniciativa vai beneficiar 510 agricultores familiares de nove cidades. Eles produzem 3,5 mil litros de suco de laranja in natura comprados até agora pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Com a inclusão do suco na rede de supermercados G. Barbosa, a expectativa é de dobrar a produção em dois meses.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, declarou que o acordo com a Abras significa inclusão para os pequenos agricultores, que poderão ter seus produtos vendidos não só para o PAA, mas também pela iniciativa privada. “Estaremos neste mês nos supermercados, garantindo que a produção da agricultura familiar seja comprada por todos os brasileiros”, concluiu.

NORDESTE

Extremamente pobres 
(9,6 milhões)

ATER
(Investimento de R$ 29 milhões/ 25 mil famílias)

Cisternas     
(750 mil até 2012)

UBSs
(638 unidades)

Alagoas

634 mil

R$ 1,2 milhão

33 mil

51 unidades

Bahia

2,4 milhões

R$ 10,7 milhão

225 mil

112 unidades

Ceará

1,5 milhão

R$ 3,6 milhões

186 mil

134 unidades

Maranhão

1,7 milhão

R$ 4,4 milhões

48 mil

29 unidades

Paraíba

614 mil

R$ 1,2 milhão

51 mil

88 unidades

Pernambuco

1,4 milhão

R$ 2,4 milhões

127 mil

106 unidades

Piauí

668 mil

R$ 2 milhões

34 mil

42 unidades

Rio Grande do Norte

406 mil

R$ 944 mil

24 mil

44 unidades

Sergipe

311 mil

R$ 808 mil

10 mil

32 unidades

Obs: Parceria com a Abras: farinha de Alagoas, laranja de Sergipe e geléias e doces da Bahia.
Obs2: Sementes: 100 mil kg de milho, 50 mil kg de feijão e 2.365 hortaliças (quiabo, pepino, cenoura, cebolinha, tomate, repolho, alface, coentro e couve).

Fonte: MDS / Edição: Planeta Orgânico
________________________________________________________________________________________________________________

Texto do Grupo da UE da IFOAM sobre E.coli

Desde o início de maio, um surto de uma nova variante de E.Coli afetou principalmente a região norte da Alemanha, mas também outras partes da Europa. O trágico surto levou a cerca de 3.000 casos de doença e aproximadamente 40 mortes. O Grupo da União Européia da IFOAM (Federação Internacional de Movimentos da Agricultura Orgânica) expressou sua mais sincera solidariedade para com todos aqueles afetados pelo surto e pediu, em 3 de junho de 2011, uma pesquisa urgentíssima sobre a causa do surto, bem como medidas preventivas. Inicialmente, as suspeitas sobre a origem das infecções recaíram sobre pepinos cultivados organicamente.   

Alguns setores da mídia culparam, sem fundamento, o cultivo orgânico como sendo a causa deste surto. Esta hipótese foi refutada, mas embora o surto de E.Coli não tivesse nada a ver com os métodos orgânicos de cultivo, muitos produtores e varejistas orgânicos sofreram perdas substanciais de receita devido ao fato que, durante várias semanas, houve uma rejeição a legumes frescos por parte dos consumidores. Para reagir a tal situação e para fornecer informações atualizadas sobre a questão aos membros europeus da IFOAM, uma força tarefa sobre E.Coli, criada pelo Grupo da UE da IFOAM, lançou uma página sobre E.Coli na Internet. A Comissão Européia liberou inicialmente 150 e depois 210 milhões de Euros para compensar as perdas sofridas pelos produtores de legumes devido à crise de E.Coli. O Grupo da UE da IFOAM pediu compensação suficiente para os agricultores e coordenação abrangendo toda a União Européia relativa a esta questão.

Uma delegação do Grupo da União Européia da IFOAM frisou, em conversações com funcionários da DG AGRI em 21 de junho de 2011, que em alguns países-membros a mídia concentrou fortemente sua atenção sobre os agricultores orgânicos, portanto deve-se considerar de modo especial a compensação a estes produtores. Outrossim, campanhas promocionais deveriam ser implementadas para explicar aos consumidores que os produtos naturais ainda são a melhor opção, ao passo que os riscos à saúde devem ser resolvidos com regras adaptadas. Em 30 de junho de 2011, o Instituto Federal Alemão para Avaliação de Riscos (BfR) encontrou grande probabilidade de sementes de feno-grego serem responsáveis pelo surto de EHEC O104:H4. De acordo com um comunicado à imprensa, emitido pelo mesmo instituto (BfR) em 5 de julho, a origem do surto de E.Coli parece ter sido identificada.

O BfR realizou uma avaliação preliminar de risco sobre a relevância dos brotos e das sementes de brotos com relação à ocorrência do surto de EHEC O104:H4 na Alemanha. O BfR chegou à conclusão de que existe uma grande probabilidade de que sementes de feno-grego usadas na produção de brotos foram a causa primordial do surto. O rastreamento retroativo de suprimentos de sementes na Alemanha e em outros Países-Membros da União Européia, realizado pelas autoridades alemãs e pela Força Tarefa da EFSA (Autoridade Européia para Segurança Alimentar), mostrou que certos lotes de sementes de feno-grego estão relacionados aos surtos de EHEC na Alemanha e na França; isto foi confirmado pela avaliação de risco da EFSA e do Centro Europeu para Controle de Doenças (ECDC) em 29 de junho de 2011.

De acordo com a EFSA, estes lotes foram importados do Egito. Aconselha-se que os consumidores continuem evitando o consumo de brotos crus. Por questão de princípio, a BfR recomenda o cumprimento das regras gerais de higiene culinária também ao se lidar com brotos. Maiores informações podem ser encontradas em: EFSA/ECDC 2011: Joint Rapid Risk Assessment, Cluster of haemolytic uremic syndrome (HUS) in Bordeaux, France 29 June 2011 (updated from 24 June)

IFOAM EU Group

Fonte: Grupo da UE da IFOAM
________________________________________________________________________________________________________________

FAO Solicita que 2014 seja o Ano Internacional da Agricultura Familiar

Entre 25 de Junho e 02 de julho de 2011 , em Roma,  representantes dos 192  países que constituem a Organização das Nações Unidas para Agricultura se reuniram  para analisar as políticas e iniciativas para reduzir a fome e a pobreza  no mundo.

Entre as principais propostas apresentadas nesta Conferência da FAO uma  é particularmente relevante: a proposta da declaração que 2014 seja o Ano Internacional da Agricultura Familiar

Foi uma  iniciativa, coordenada pelo Fórum Mundial Rural e  teve o apoio do  mais de 330 organizações e de 60 países nos cinco  continentes.

No sábado, 2 de julho de 2011, a última sessão plenária da 37ª Conferência da FAO aprovou o projeto de resolução apresentado pelas Filipinas e apoiado por mais de  15 países, sem oposição, para pedir que a Assembléia Geral da ONU, a ser realizada  em  setembro próximo, declare 2014 como o Ano Internacional da Agricultura Familiar.

O propósito é promover o reconhecimento da Agricultura Familiar como a base de  produção de alimentos, destacar sua importância na segurança e soberania alimentar, na  gestão sustentável dos solos e da biodiversidade, bem como fonte de diversidade  aldeias culturais e um pilar do desenvolvimento de todas as  nações.

Veja a resolução abaixo, aprovada pela FAO.

_______________________________________________________________________________________________________________