Green Rio – Promoção internacional em Paris e na Alemanha: Confirmada presença da delegação Bioeconomia/Alemanha no Green Rio 2019

O Green Rio foi promovido na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) em Paris e na Alemanha, trazendo a confirmação da presença da delegação Bioeconomia/Alemanha pela terceira vez no Green Rio.

No dia 29 de novembro de 2018 foi realizado o seminário Green Rio na OCDE em Paris, com a presença de gestores de programas em sintonia com Green Rio como Bioeconomia, Pequenas Empresas e Desenvolvimento Regional. A Embaixadora do Brasil na Unesco, Sra.Edileuza Reis, participou deste Seminário Green Rio /OCDE.

Na semana de 2 a 6 de dezembro o Green Rio participou de missão SEAD (Secretaria Especial de Agricultura Familiar) / FIOCRUZ/ GIZ à Alemanha, visitando Bonn, Quedlinburg, Leipzig e Berlim.

Esta missão foi articulada durante o Green Rio 2018, prosperou de maio a novembro de 2018, resultando na assinatura de uma Joint Letter of Intention entre SEAD e Julius Khün Institut, assinada pelo Secretário José Ricardo Roseno e Georg Backhaus, presidente do JKI. A parceria contempla tópicos como Plantas Medicinais, Bioinsumos e Biomassa.

Em reunião realizada no Ministério da Agricultura da Alemanha, o Secretário Clemens Neumann confirmou a presença da delegação Bioeconomia/Alemanha no Green Rio 2019, informação apresentada durante o Seminário “Agricultura Familiar e Mercados Verdes”, realizado na Embaixada do Brasil em Berlim, no dia 6 de dezembro de 2018.

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SNA e Green Rio promovem debate sobre tecnologia e inovação no agro

Especial da Sociedade Nacional de Agricultura

Entidades e empresas do agro participam de seminário no auditório da Sociedade Nacional de Agricultura. (Foto: Cristina Baran)

Para se criar um sistema global eficiente de alimentos, resiliente e voltado para suprir uma população que deverá atingir 9 bilhões em 2030, as empresas do agronegócio têm como desafio fortalecer suas cadeias de fornecimento e adaptar suas ofertas para atender uma multiplicidade de necessidades sem precedentes. Essas demandas, que incluem desde questões como segurança alimentar e nutrição básica das populações de baixa renda à capacidade de lidar com os desejos e prioridades dos consumidores nos mercados desenvolvidos, foram debatidas em seminário na sede da Sociedade Nacional de Agricultura, na quinta (14). Na ocasião, entidades e companhias do agro mostraram o que vêm criando nas áreas de tecnologia e inovação em busca de soluções com foco no desenvolvimento sustentável. O evento foi realizado em parceria com o Green Rio.

Representantes da Good Food Institute, Fazenda Urbana, Sebrae-RJ, GR Agrária, Mapa, CI Orgânicos, EMBRAPA Solos, SENAI, SICOOB Fluminense, CONAB, Banco do Brasil e Agrosuisse estiveram presentes e articularam sobre possíveis ações e parcerias para colaborar com o crescimento do agronegócio no contexto da economia.

Com mediação do vice-presidente da SNA Helio Sirimarco, o painel que abriu o evento, “Empreendedorismo e tecnologias no agronegócio sustentável”, teve como um dos convidados o Assessor de Política da Good Food Institute, Alexandre Cabral. Ele revelou como funciona a organização sem fins lucrativos, sediada nos EUA, que promove carne, laticínios e ovos à base de vegetais, bem como carne limpa e alternativas aos produtos da agricultura convencional. “Defendemos substitutos mais sustentáveis para carne, leite e ovos. Nós não queremos criar uma cadeia que vá substituir o agronegócio, mas sim promover um perfil de pessoas flexitarianas saudáveis”, disse.

O fundador e CEO da Fazenda Urbana, Tom Oberlin, comentou como a empresa elaborou um sistema de desenvolver microverdes, que quando embalados em seu substrato mantêm todas as propriedades do alimento até o momento do consumo. “Nossa produção não precisa de fertilizantes. Não usamos pesticidas ou fungicidas, há a redução de 95% no uso de água e não degrada a Terra, devido ao uso de substrato natural”, revelou Oberlin.

Cezar Kirszenblatt, Gerente de Conhecimento e Competitividade na Sebrae/RJ, traçou o perfil do produtor orgânico e defendeu a ideia de que “o Rio é uma cidade agrícola”, utilizando como exemplo as regiões de Guaratiba, Campo Grande e Santa Cruz.

O participante também defendeu que “empreendedores precisam acolher a ideia de consumir produtos e serviços de forma consciente” como forma de contribuir para o setor. Para ele, “a questão financeira ainda é o principal impeditivo para adesão aos comportamentos conscientes”, devido a custos altos mesmo nas camadas sociais de mais escolaridade e renda.

Ao falar de inovação, Cezar apresentou o projeto do Sebrae/RJ em parceria com a Danone, com apoio do fundo de investimentos Livelihoods, que trabalha na conservação da água e no desenvolvimento econômico sustentável em área rural na Baixada Fluminense.

O Gerente de Conhecimento e Competitividade na Sebrae/RJ demonstrou positivismo em relação à tecnologia no agronegócio. “A tecnologia de drones vem para somar à vida do agricultor e facilitar a plantação, além de cada vez mais existirem softwares acessíveis a eles e a internet das coisas.”

Já Guilherme Sá, representante da GR Agrária no evento, contou como a empresa aperfeiçoou a milenar prática da compostagem. “Começamos a produzir fertilizante orgânico, primário no Brasil, onde a base da fermentação é o sangue bovino”, disse.

Fernando Silveira Camargo, secretário de Inovação do Mapa, encerrou o primeiro painel com a notícia de que o órgão pretende criar um Fórum de Inovação do Agro e realizar pequenos eventos regionais que possam levar informação às pessoas envolvidas no setor.

Fernando Silveira Camargo, secretário de Inovação do Mapa.

O segundo painel, “Green Rio e SNA na promoção da economia verde”, teve a participação da Coordenadora do CI Orgânicos, Sylvia Wachsner, que falou sobre novas tecnologias no agro como drones, apps e startups, que auxiliam no incremento da produtividade. “A agricultura está mudando e áreas novas no setor estão surgindo para que os jovens possam se especializar”, comentou.

A Coordenadora do Green Rio, Maria Beatriz Costa, também participou do painel e definiu a bioeconomia como “uma economia sem petróleo”. A também diretora do Planeta Orgânico se aprofundou no tema, explicou meios de como se fazer um crescimento econômico sustentável e afirmou que “o Brasil tem tudo para ser o maior player de bioeconomia do mundo”. Por fim, Beatriz convidou os participantes para a nova edição do Green Rio, que acontece nos dias 23 a 25 de maio, na Marina da Glória, e iniciou o terceiro quadro do evento sobre “Inovação e ganho de escala em produção sustentável”.

Maria Beatriz Costa, Coordenadora do Green Rio. (Foto: Cristina Baran)

O pesquisador da Embrapa Solos, José Carlos Polidoro, falou sobre a importância do programa Pronasolos, que pretende mapear o território brasileiro e gerar dados com diferentes graus de detalhamento para subsidiar políticas públicas, auxiliar gestão territorial, embasar agricultura de precisão e apoiar decisões de concessão do crédito agrícola, entre muitas outras aplicações. “O Brasil é um país que depende do solo e da água para produzir alimentos”, diz Polidoro, que ressalta que “o programa é um passo importante para o futuro do agro, pois o Brasil passa a ter uma estratégia de 30 anos para levantamento do uso dos solos”.

José Carlos Polidoro, pesquisador da Embrapa Solos (Foto: Cristina Baran)

Paulo Coutinho, gerente do Instituto de Inovação em Biossintéticos do SENAI, abordou a bioeconomia na indústria química e colocou em questão a forma com que a sustentabilidade é recebida no país. “Consumidores não pagam mais por produtos sustentáveis”, comentou. Ele afirmou que “tecnologias do futuro chegam para produzir mais por menos, através da intensificação de processos, nano e biotecnologia, indústria 5.0, manufatura e conexão”.

Coutinho acrescentou que o Instituto Senai tem infraestrutura única no país com biolector, síntese de DNA, robôs e microreatores, entre outros elementos, e revelou que em breve uma nova instalação da entidade ocupará o Parque Tecnológico da UFRJ. “Precisamos criar cadeias produtivas e crescer na agregação de valor.”

Milton Ribeiro, diretor-presidente da SICOOB Fluminense, ressaltou a importância de uma instituição financeira corporativa para o desenvolvimento regional local. Segundo ele, “o problema do agricultor está na hora de dar garantias”. “O dinheiro tem que entrar no ciclo produtivo”, defendeu. Desta forma, a Sicoob pretende atender às necessidades do pequeno, do médio e do grande produtor rural, oferecendo apoio para custear todas as etapas de sua produção, com várias opções de crédito e repasses, além de uma linha de financiamento próprio.

Newton Araújo Silva, diretor-presidente da CONAB, apresentou detalhes do Prohort (Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro), que “possui uma série de informações que ajudam o produtor familiar” e tem por finalidade contribuir para o desenvolvimento e a modernização do setor hortigranjeiro nacional, proporcionando maior interação entre os diversos agentes governamentais envolvidos no setor e os integrantes da cadeia de produção e distribuição. O programa, executado pela Conab, busca também a melhoria e ampliação das funções dos mercados atacadistas.

Ivandré Montiel da Silva, vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, mostrou como a instituição contribui para o agronegócio e sustentabilidade. “Com economia verde, o BB aplica R$ 193 bilhões em energias renováveis, agricultura sustentável, água, pesca, floresta, eficiência energética e etc.”

Ivandré Montiel da Silva, vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil.

O vice-presidente também falou sobre o aplicativo Agrobot, consultor virtual inteligente, criado pelo BB, para auxiliar o produtor rural no processo de tomada de decisão sobre seu ciclo produtivo. Segundo ele, o app combina a expertise do banco no setor do agronegócio, com informações de mercado e clima, para que os produtores otimizem os resultados de sua produção. Está disponível para smartphones Android e iOS.

O sócio-diretor da Agrosuisse, Fábio Ramos, encerrou o seminário. O empresário falou das soluções em consultoria que a companhia oferece para a agropecuária, agroindústria e desenvolvimento rural.

Fonte: Sociedade Nacional de Agricultura

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Programa inova FIOCRUZ recebeu propostas para pitch

A Fiocruz e Bio-Manguinhos convidou para a seleção de projetos inovadores de desenvolvimento de produtos e serviços biotecnológicos, e suas tecnologias de suporte, para participação na “Pitch Session: Inova Biotec”, durante o IV International Symposium on Immunobiologicals (ISI), que acontece de 7 a 9 de maio, no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro. No âmbito do Programa Inova Fiocruz, esta chamada irá selecionar até 24 iniciativas de startups e profissionais externos à Fundação, que apresentem soluções inovadoras de desenvolvimento de produtos e serviços biotecnológicos na área de saúde. As iniciativas selecionadas serão convidadas a apresentar seus pitchs na programação do IV ISI. A “Pitch Session: Inova Biotec” será aberta ao público participante do Simpósio, que contará com as presenças de financiadores da inovação no país e no mundo, como BNDES, Faperj, Fundação Bill & Melinda Gates e Global Health Investment Fund (GHIF).

O Pitch Session: Inova Biotec se destina a pesquisadores, empreendedores, empresas, startups, e outros profissionais que queiram apresentar suas iniciativas inovadoras de desenvolvimento de produtos e soluções em biotecnologia para a saúde no IV ISI, sendo vetada a participação de servidores ou colaboradores da Fiocruz. O prazo final para envio das propostas de projeto foi 1 de abril.

Acesse a chamada https://sact.bio.fiocruz.br/images/chamada-inova-pitch-session-vf.pdf na íntegra e saiba todos os detalhes no site sact.bio.fiocruz.br.

FONTE: Fiocruz / Sebrae

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Korin inova com aves livres de transgênicos

Após iniciar o ano de 2019 sendo a primeira empresa do país a produzir, com certificação, uma tilápia sustentável livre de antibióticos e hormônios, a Korin acaba de lançar mais dois produtos inéditos na indústria brasileira. Trata-se dos frangos e ovos GMO Free (Livre de Transgênicos – Organismos Geneticamente Modificados), provenientes de aves criadas dentro dos métodos da linha sustentável Korin, com alimentação à base de grãos NÃO transgênicos e certificada pelo IBD Certificações.

Para entender por que a chegada desses produtos é tão simbólica, é necessário abordar um pouco mais a questão dos transgênicos atualmente dentro da agricultura brasileira. Segundo o Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), os transgênicos são “organismos geneticamente modificados” (OGM) que receberam um gene de outro ser vivo em seu DNA por meio de técnicas empregadas na biotecnologia”. O resultado desta mutação pode ser aplicado na agricultura, na alimentação, na saúde e nas indústrias químicas e têxtil. No caso da agricultura, o ganho de produtividade é a razão mais utilizada para justificar a presença de organismos geneticamente modificados no cultivo de alimentos.

Para se ter uma ideia do alcance dos transgênicos, cerca de 85% do milho e 92,4% da soja cultivadas no Brasil são geneticamente modificados, o que torna a produção de alimentos orgânicos, que dependem de componentes sem transgenia, ainda mais desafiadora.

Mesmo com as leis de transgênicos que entraram em vigor a partir de 2005 com o objetivo de regulamentar a produção e comercialização de organismos geneticamente modificados (Lei Nº 11.105/2005), além de garantir o direito do consumidor à informação sobre a natureza transgênica desse produto (Lei Nº 14861/2005), a Korin conseguiu manter-se livre do uso de transgênicos até 2009 quando, por escassez de grãos NÃO transgênicos no país, foi obrigada a alimentar suas aves com grãos oriundos deste sistema, igualando-se, nesse quesito, às demais empresas do setor.

Apesar de estar presente em culturas agrícolas de todo o Brasil, os grãos transgênicos colecionam críticas no meio científico, principalmente no que tange à saúde humana e ao meio ambiente.

Pesquisas indicam que o consumo regular de alimentos transgênicos pode, por exemplo, potencializar os efeitos de substâncias tóxicas no organismo e aumentar a incidência de alergias alimentares, agravando a resistência humana a antibióticos e revelando a presença de resíduos de agrotóxicos nos alimentos.

Segundo ainda os pesquisadores, no meio ambiente ocorre a perda da diversidade genética na agricultura e a concentração do mercado de sementes nas mãos de poucas empresas ao redor do mundo.

Os dados mais alarmantes estão relacionados aos danos causados à saúde humana e ao meio ambiente graças a um insumo utilizado excessivamente na produção transgênica. Trata-se de um herbicida da linha dos glifosatos que se tornou o agroquímico mais utilizado no Brasil, com mais de 173 mil toneladas comercializadas somente em 2017 (Fonte: Canal Rural/Uol).

Mesmo com limitações devido a fatores externos (oferta de grãos não transgênicos), a linha de frangos sustentáveis da Korin manteve diferenciais que sempre trouxeram benefícios à saúde e qualidade de vida dos consumidores, produtores e meio ambiente, se comparados aos demais frangos disponíveis no mercado. Dentre esses diferenciais, destacam-se o bem-estar animal, ausência de antibióticos, ausência de quimioterápicos e a alimentação vegetariana das aves.

Frangos e ovos GMO Free Korin

Na pecuária, os transgênicos chegam, basicamente, por meio da alimentação dos animais. No caso de frangos e galinhas, por exemplo, a base da dieta é milho e soja. No entanto, a oferta de grãos não transgênicos desses insumos ainda é bastante escassa no Brasil.

Pensando nisso, em 2016, a Korin deu início a um grande projeto que visa que a alimentação de todas as aves da linha sustentável da empresa seja composta por grãos livres de transgênicos. A Korin já utiliza grãos não OGM na ração das aves orgânicas desde o seu lançamento, em 2009.

A previsão é que 25 produtores integrados criem, ao longo de 1 ano, 720 mil aves com utilização de, aproximadamente, 1,2 mil toneladas de milho e 730 toneladas de soja não transgênica. A Korin Agropecuária e a Korin Agricultura Meio Ambiente são parceiras neste projeto que treina e capacita os produtores que estão migrando para este tipo de manejo.

O frango será disponibilizado em bandejas de 600g e os ovos vermelhos caipiras, segundo a Norma Técnica ABNT NBR 16437:2016, em embalagens de 10 unidades.

Para viabilizar a produção dos frangos e ovos livres de transgênicos, a Korin se viu diante de um novo desafio: ampliar o armazenamento e a capacidade de produção de aves em sistema Não-OGM. “A fábrica de ração passou por uma grande reforma há dois anos, com o objetivo de atender melhor a nossa produção, com mais qualidade, possibilitando também o aumento de produtividade. Agora, estamos construindo uma nova fábrica e receberemos grãos livres de transgenia vindo do estado do Mato Grosso, ao mesmo tempo em que desenvolvemos a cadeia de suprimentos deste produto que ainda não existe no Brasil”, explica o ministro Jorge Conrado Xavier, supervisor de nutrição animal da Korin.

“Nosso desafio é desenvolver uma ração que permita que o custo do produto ao consumidor não fique muito acima do atual frango livre de antibióticos (máximo 10%) e que esteja de acordo com os padrões da Korin. Para isso, estamos testando diversas alternativas, matérias primas e tecnologias em nutrição animal, para atingir este objetivo dentro de alguns meses”, afirma Xavier.

O lançamento dos frangos e ovos de aves criadas sem alimentação transgênica é resultado do esforço contínuo da Korin para que a linha sustentável retorne aos padrões de quando havia oferta de grãos não transgênicos no país, no ano de 2009.

Fonte: Korin

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