Justiça proíbe ANVISA de avaliar agrotóxico |
Liminar concedida pela Justiça Federal suspendeu o programa de reavaliação toxicológica de agrotóxicos comercializados no país, feito pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O trabalho iria avaliar, neste ano, ingredientes que compõem 99 agrotóxicos usados em várias culturas.
Muitos desses agrotóxicos são usados em excesso. Análise feita pela Anvisa em 2007 mostrou que 40% do tomate e do morango vendidos em supermercados tinham agrotóxicos acima do recomendável.
A decisão, do juiz Waldemar Claudio de Carvalho, da 13ª Vara Federal do Distrito Federal, decorreu de um mandado de segurança ingressado pelo Sindag (sindicato das indústrias de defensivos agrícolas), que alega falta de transparência da Anvisa. A Procuradoria Geral da República vai recorrer. Desde 2001, o programa da Anvisa proibiu o uso de cinco ingredientes ativos, responsáveis pela fabricação de mais de 80 agrotóxicos, e restringiu a utilização de outros quatro, presentes em 60 marcas.
Na prática, a decisão judicial proíbe que a Anvisa suspenda ou restrinja a venda de produtos que contenham nove substâncias -metamidofós, fosmete, tiran, triclorfom, parationa metílica, carbofurano, forato, endossulfam e paraquate- amplamente usadas em culturas como da batata e do tomate. Seis desses ingredientes -triclorfom, parationa metílica, carbofurano, forato, endossulfam e paraquate- estão proibidos pela União Européia. Já o tiran teve o registro cancelado voluntariamente pela fabricante nos EUA. O metamidofós tem uso restrito nos EUA e na União Européia e foi proibido na China e na Índia.
Segundo a Anvisa, nos últimos meses, vários fabricantes de agrotóxicos ingressaram com ações judiciais solicitando que não sejam publicados os resultados das reavaliações. Argumentam desde a inobservância do processo legal até o direito de imagem das empresas.
Para a toxicologista Rosany Bochner, da Fiocruz, a decisão representa um retrocesso para o país.
A Fiocruz é parceira da Anvisa no trabalho de reavaliação dos agrotóxicos. “O Brasil está virando um grande depósito de porcarias. Os agrotóxicos que as empresas não conseguem vender lá fora, que têm indicativo de problemas, são empurrados para a gente.”
Segundo ela, é papel da Anvisa avaliar o uso dos agrotóxicos e suspendê-los ou restringi-los diante de evidências científicas. Ela diz que, em 2006, ao menos 5.873 pessoas foram intoxicadas por agrotóxicos.
“Se a ciência descobre que determinados ingredientes de agrotóxicos são nocivos à saúde -seja de quem consome, seja de quem trabalha com eles-, você não pode reavaliá-los por força de liminar?”, questiona Sandra Cureau, subprocuradora-geral da República.
Fonte: Folha de São Paulo / Autor: Claúdia Collucci
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ABRANGE – Primeira associação brasileira de NONGMO tem seu lançamento no Paraná |
Dia 14 de agosto, em Foz do Iguaçu, Paraná, será o lançamento da ABRANGE – Associação Brasileira de produtores de Soja Não Geneticamente Modificada.
Poderão fazer parte da ABRANGE: Produtores de soja; Produtores de sementes; Cooperativas; Indústrias de processamento; Empresas de transporte e armazenamento; Certificadoras; Empresas de pesquisa, entre outros.
A Abrange terá como objetivos principais:
Fomentar o plantio, o desenvolvimento e o aprimoramento da produção e processamento da soja não geneticamente modificada no Brasil;
Promover, permanentemente, iniciativas visando ao aumento do consumo e o melhoramento da qualidade dos produtos;
Situar e quantificar os mais importantes mercados de consumidores de produtos Não GM, para ajudar na elaboração de estratégias do setor produtivo;
Situar e quantificar os mais importantes mercados de consumidores de produtos Não GM, para ajudar na elaboração de estratégias do setor produtivo;
Trabalhar em prol da certificação dos diversos elos da cadeia produtiva;
Tornar-se o representante natural em todas as esferas dos interesses dos produtores, processadores e comerciantes da soja não GM e seus derivados;
Demonstrar ao mercado consumidor a consolidação do setor e a existência da oferta consistente de soja e derivados não geneticamente modificados.
A garantia da rastreabilidade dos associados ABRANGE é um valor agregado que será destacado pela nova associação em suas ações no Brasil e em outros países.
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Pão de Açúcar lança programa de rastreabilidade de FLV |
O Pão de Açúcar lançou um programa de rastreabilidade online de frutas, legumes e verduras. Com ele, o grupo ter informações imediatas sobre origem, quantidade, dimenses e tipos de defensivos usados na produção. A idéia da rede é também tornar públicos esses dados, ferramenta que dever surgir em uma próxima etapa do programa.
O trabalho de identificação da origem e dados técnicos das cargas de frutas, legumes e verduras começou a ser desenvolvido pelo Pão de Açúcar em 2002. Com ele, o grupo reduziu de mais de mil para os cerca de 700 fornecedores com os quais trabalha atualmente. “Temos que profissionalizar a agricultura. Estamos preocupados em ‘vender saúde’, e a rastreabilidade atrai um consumidor que tem essa consciência”, diz o diretor comercial Leonardo Miyao.
A adoção da rastreabilidade não é , contudo, uma ferramenta para barrar ainda mais produtores da base de fornecedores, afirma Miyao. Segundo ele, um dos resultados obtidos com o trabalho que começou em 2002 foi a redução dos resíduos de agrotóxicos nos alimentos
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Morangos e Frangos Orgânicos em destaque na Korin. |
Frango e Morango estão em destaque na Korin. O frango da Korin é inteiramente produzido como AF (antibiotic free). Segundo Reginaldo Morikawa, Gerente Geral da Korin, “Através do selo Biorastro (novidade na empresa), a rastreabilidade está presente em todos os produtos.”
A Korin passou recentemente por uma experiência que comprovou a força do morango orgânico diante do convencional.
Clique aqui para ver os vídeos sobre estes dois produtos da empresa.
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