Criada a Associação ABRABIO com 51 empreendimentos da agricultura familiar.

No dia 08 de dezembro de 2010 foi criada a Associação Brasileira da Agricultura Familiar Orgânica, Agroecológica e Agroextrativista (Abrabio), que reúne 51 empreendimentos da agricultura familiar de todas as regiões do país. O anúncio foi feito durante a abertura do 2º Encontro Nacional de Agricultura Familiar Orgânica, no Instituto Bíblico de Brasília.

Na abertura do encontro, o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Daniel Maia, destacou que a organização da associação permitirá a inserção dos produtos orgânicos em um processo mais forte de negociação com os mercados interno e externo. “A constituição dessa associação e o sucesso dela para o MDA é importante por ser uma possibilidade de reforçar um conjunto de exemplos que demonstram a necessidade do Brasil apostar no desenvolvimento do rural brasileiro e para contribuir na consolidação das políticas públicas do MDA desenvolvidas para o segmento”.

Daniel afirmou que o MDA há tempos vem desenvolvendo e trabalhando políticas públicas para o setor,  a iniciativa de criação da associação vai garantir a produção e a comercialização dos produtos sustentáveis da agricultura familiar.“Que esta ação garanta o sucesso desse país na produção de alimentos e na geração de riquezas”.

O diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria da Agricultura Familiar do MDA, Arnoldo de Campos, ressaltou que o momento é histórico. “O MDA está apoiando esta ideia deste o início, com políticas públicas e programas do governo federal, com  linhas de crédito do Pronaf, com o serviço da assistência técnica e extensão rural e com a participação dos empreendimentos nas feiras da agricultura familiar”.

O diretor disse que existem hoje cerca de R$ 1,6 bilhão de recursos disponíveis do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) para compra de produtos orgânicos. “Esses programas querem comprar produtos sustentáveis”, ressaltou Arnoldo.

Arnoldo de Campos esclareceu que a Abrabio vai representar o interesse do mundo orgânico, potencializando a área de promoção comercial e promovendo um diálogo de desenvolvimento econômico sustentável. “O mercado de orgânicos tem crescido de 5% a 10% por ano. Outro grande desafio é fazer com que pequenos produtores se organizem e passem a ter mais capacidade para acessar o mercado consumidor”.

Segundo Iran Trentim, representante da Cooperafe e membro da comissão da Abrabio, a associação congrega hoje 12 mil famílias do meio rural de 18 estados brasileiros, com um faturamento anual de, aproximadamente, R$ 25 milhões. “A meta é expandir e saltar de 52 empreendimentos associados para 200 no decorrer de 2011”, relatou Trentim.
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Itaipu comemora oito anos do Programa Cultivando Água Boa (CAB+8).

Após quase oito anos de atividades, o Programa Cultivando Água Boa (CAB), desenvolvido por Itaipu e parceiros da chamada Bacia do Paraná 3, transformou-se em um movimento socioambiental. A avaliação é do diretor de Coordenação e Meio Ambiente da binacional, Nelton Friedrich, ao analisar o balanço do Encontro Cultivando Água Boa +8, realizado de 17 a 19 de novembro, no centro de convenções do Rafain Palace Hotel, em Foz do Iguaçu. “O maior resultado é que se constatou de maneira muito profunda o quanto nós crescemos na conscientização e no relacionamento com o próximo”, afirmou Friedrich.

A força do movimento, segundo o diretor, pode ser avaliada por três ações divulgadas durante o CAB +8: o lançamento de um livro pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), uma das instituições de ensino mais importantes do País; a apresentação de um filme franco-polonês com roteiro de exibições já traçado pela Europa; e a conclusão de uma tese de doutorado na Universidade de Pisa, na Itália, uma das mais antigas do mundo. Tudo tendo como objeto de análise a experiência do Cultivando Água Boa.

Além disso, o climatologista Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou que um programa como o CAB deveria ter dimensão global. Friedrich também destacou as dezenas de depoimentos apresentados no encontro, tanto por trabalhadores atendidos pelo programa como por gestores públicos e meio acadêmico. “Depoimentos autênticos, espontâneos, que brotaram do sentimento, do coração”, apontou. “Isso deu uma demonstração muito forte desta caminhada e das conquistas já alcançadas e que devem continuar”.

O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, disse que o Cultivando Água Boa se transformou não apenas em uma causa, mas em uma família formada pelos grupos envolvidos: “Aqui já estamos conseguindo transformar esse sonho em realidade”.

O Encontro contou com oficinas temáticas e a feira Vida Orgânica.  Experiências e produtos orgânicos foram destaques na mostra. A produtora Salete Link, por exemplo, produz, na sua pequena propriedade em São Miguel do Iguaçu, a 40 quilômetros de Foz do Iguaçu, café, extrato de tomate e vários legumes orgânicos. Periodicamente, ela recebe a visita e orientação de técnicos e agrônomos do programa.  Com o apoio desses profissionais, ela consegue produzir, colher e comercializar os produtos de forma sustentável. Antes da chegada do Cultivando Água Boa, Salete, que cultiva orgânicos desde 1997, estava tendo algumas dificuldades. Não havia especialistas na área. “Sem essa ajuda, eu já teria desistido”.

Uma matéria especial sobre o Programa Cultivando Água Boa poderá ser lida na próxima edição da Revista Orgânicos&Cia.
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IBGE lança o primeiro Mapa da Cobertura e Uso da Terra.

O IBGE lançou o primeiro Mapa da Utilização e do Uso da Terra no Brasil, produto inédito que revela dados sobre a história e as tendências de ocupação e utilização do território nacional. Apresentado na escala de 1:5.000.000 (em que 1 cm corresponde a 50 km de território), o mapa pode ser acessado no site do IBGE, no link: ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas/tematicos/mapas_murais

O mapeamento permite visualizar concentrações e direções que o uso da terra desenha no país. A lavoura temporária se organiza desde a região Sul do país, se estende pelo Sudeste e entra na região Norte através da abertura de frentes de ocupação mais recentes. A pastagem plantada tem grande expressão na região Centro-Oeste, onde desde 1985 vem substituindo a pastagem natural.

A maior área de incidência do extrativismo vegetal está na região Norte, onde a cobertura da vegetação representa a principal reserva de biodiversidade do mundo, apesar dos desmatamentos; enquanto a região Nordeste se destaca pela grande diversidade de usos agrícolas e extrativos.

O estudo transforma em imagens os números do último Censo Agropecuário (2006) e disponibiliza os dados em nível de setor censitário, que corresponde à menor unidade de recorte territorial para fins censitários. Traz ainda informações sobre extrativismo, mineração, unidades de conservação, terras indígenas e usos das águas, provenientes de fontes diversas.

Os resultados são indispensáveis para o desenvolvimento de estudos e ações nacionais e internacionais voltados direta ou indiretamente para o uso da terra, como a economia e a preservação do meio ambiente.

Fonte: Envolverde/IBGE
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Últimos dias para adquirir o panetone orgânico do Sítio do Moinho.

O Sítio do Moinho anualmente produz panetones orgânicos para o período do Natal. Entretanto, a produção é limitada e os interessados devem fazer suas solicitações o quanto antes.  O produto tem peso líquido de 500 gramas e a certificação é pelo IBD.

Elena Ruocco, chef italiana, desenvolveu a receita do Panettone Orgânico do Sítio do Moinho. Selecionou os ingredientes orgânicos para equilibrar sabores e textura, respeitando a lenta fermentação natural como ensina a boa tradição italiana. Ela é membro do itchefs –GVCI , um grupo de chefes de cozinha italianos, espalhados em 70 países que buscam preservar e divulgar a qualidade e autenticidade da gastronomia italiana no mundo.

Segundo o Sítio, “o Panettone é feito sem pressa e moldado um a um em um processo artesanal. Recheado com passas e casquinhas de frutas cítricas cristalizadas orgânicas que se harmonizam saborosamente em sua massa.” Mais informações no site: www.sitiodomoinho.com
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