Cajuína do Piauí é patrimônio cultural brasileiro

“A cajuína cristalina em Teresina”. Com esse verso da canção “Cajuína”, o cantor e compositor Caetano Veloso ajuda a divulgar e a imortalizar uma das bebidas típicas do Piauí. Consumida gelada, com sabor agradável e adocicado, ela é muito popular no estado e agrada também o paladar dos visitantes.

Por sua importância, é considerada símbolo da cultura e da cidade de Teresina, capital piauiense, tendo sido recentemente registrada como Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, um órgão colegiado do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O objetivo é preservar sua identidade local, valorizar o produto e o modo artesanal de produzi-la, além de atrair maior visibilidade para a bebida e estimular o surgimento de políticas destinadas à qualidade do produto.

O pedido de registro foi apresentado pela Cooperativa de Produtores de Cajuína do Piauí (Cajuespi). O modo de fazer e as práticas socioculturais associadas à bebida são bens culturais. Ela é preparada de maneira artesanal e conta com características bem peculiares: é feita a partir do suco do caju separado do seu tanino, por meio da adição de um agente precipitador (originalmente, a resina do cajueiro, durante muitas décadas a cola de sapateiro e atualmente, a gelatina em pó), coado várias vezes em redes ou funis de pano, em um processo que recebe o nome de clarificação.

Além da bebida, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural registrou a produção tradicional e as práticas socioculturais associadas a essa bebida como Patrimônio Cultural Brasileiro. O modo tradicional de produção da cajuína foi desenvolvido ao longo do tempo e, ainda que seja semelhante em todos os núcleos produtores, cada um desenvolveu pequenas melhorias e aperfeiçoou técnicas específicas que podem produzir certas diferenças no produto final, distinguindo o sabor da sua bebida dos demais produtores. O controle de cada uma das etapas de produção reflete na qualidade de cada garrafa da bebida.

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Rota do Vinho fortalece turismo gastronômico no Vale do São Francisco

O Polo Vitivinícola do Vale do São Francisco, que reúne sete vinícolas entre o Sertão de Pernambuco e o Norte da Bahia, tornou essa área – em plena Caatinga – a segunda maior produtora de vinhos, espumantes e sucos naturais de uva no Brasil.

O polo ocupa uma área de mais de 10 mil hectares entre os municípios pernambucanos de Lagoa Grande (a capital da uva e do vinho do Nordeste) e Santa Maria da Boa Vista (que sedia a vinícola pioneira no negócio), além de Casa Nova (cidade baiana que incrementou o enoturismo na região).

Responsável por 99% da uva de mesa exportada pelo Brasil e pela produção de 7 milhões de litros de vinho por ano, o vale vem se destacando como modelo de desenvolvimento para o Nordeste. A vinicultura pernambucana/baiana já detém 15% do mercado nacional e emprega diretamente 30 mil pessoas na única região do mundo que produz duas safras e meia por ano.

“Isto se deve em grande parte à particularidade do clima do Vale do São Francisco, que se resume, de forma genérica, às seguintes características: 300 dias de sol por ano, temperatura média alta durante todo o ano (o que permite o contínuo desenvolvimento da planta), pluviosidade muito baixa e água para irrigação abundante graças ao ‘Velho Chico’. Todos estes fatores combinados permitem que a planta se desenvolva durante todo o ano, não estando condicionada à sazonalidade como em outras regiões tradicionais no mundo”, explica o enólogo português Ricardo Henriques.

Segundo dados do site especializado Academia do Vinho, o Vale do São Francisco abrange 500 hectares de áreas de uvas viníferas, 7 mil hectares de áreas de uvas comuns e 7,5 mil hectares de vinhedos. Entre as variedades tintas, destacam-se Syrah e Cabernet Sauvignon; entre as brancas, Moscatel, Muskadel, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Silvaner e Moscato Canelli.

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Workshop “Slow Beauty” promove alimentação e maquiagem orgânica

No dia 19 de julho, sábado, três empresárias do setor orgânico participarão do Workshop “Slow Beauty”, durante o qual será realizado um almoço vegetariano e orgânico

Renata Esteves – Fundadora do Beleza Orgânica

Malu Paes Leme, chef de cozinha especializada em alimentação natural e criadora do blog Alimentação Inteligente,

Ananda Boschilia, representante da AlvaNaturkosmetik,

Renata Esteves foi palestrante no Green Rio 2014, quando participou da mesa redonda “Cosméticos de Base Florestal da Amazônia”

Programação do workshop “Slow Beauty”:

-Sucos detox- palestra e degustação
-Cosméticos e máscaras faciais
-Palestra “Slow Beaty”
-Almoço Vegetariano e Orgânico
-Oficina de Maquiagem Orgânica

Local: espaço Quintal Bistrô, bairro do Jardim Botânico no Rio de Janeiro.
Investimento: Até 15/07- 120,00
Após 15/07- 150,00

Informações e inscrições através do email quintalbistro@gmail.com

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Estudo que aborda toxicidade a longo prazo do Herbicida Roundup é republicado

Pesquisadores franceses avaliaram danos ao fígado e rins de linhagem de ratos, além de distúrbios hormonais e ocorrência de tumores.

A seguir, tradução do abstract, resultados e conclusão do trabalho publicado pela Environmental Sciences Europe, que dispõe do original em inglês.

 

“ Estudo republicado: Toxicidade a longo prazo de um herbicida Roundup e um milho geneticamente modificado tolerante ao Roundup”

Abstrato

Os efeitos na saúde de uma NK603 Roundup tolerantes (GM) de milho (de 11% na dieta) geneticamente modificada, cultivada com ou sem aplicação Roundup e Roundup sozinho (a partir de 0,1 ppb do pesticida completo contendo glifosato e adjuvantes) em água potável, foram avaliados por 2 anos em ratos. Este estudo constitui uma investigação de acompanhamento de um estudo de alimentação de 90 dias realizada pela Monsanto, a fim de obter a liberação comercial deste OGM, empregando a mesma cepa de ratos e análise de parâmetros bioquímicos no mesmo número de animais por grupo como nossa investigação. A pesquisa representa o primeiro estudo crônico nestas substâncias, em que todas as observações incluindo tumores são relatados cronologicamente. Assim, não foi concebido como um estudo de carcinogenicidade. Apresentam-se os principais resultados observados com 34 órgãos e 56 parâmetros analisados em 11 pontos no tempo para a maioria dos órgãos.

Resultados

As análises bioquímicas confirmou deficiências renais crônicas muito significativas, para todos os tratamentos e ambos os sexos; Foram relacionadas com o rim de 76% dos parâmetros alterados. Nos machos tratados, congestões hepáticas e necrose foram 2,5 a 5,5 vezes maior. Nefropatias graves foram marcadas e também geralmente 1,3 a 2,3 vezes maior. Nas fêmeas, todos os grupos de tratamento mostraram uma de duas a três vezes aumento da mortalidade, e as mortes foram mais cedo. Esta diferença também foi evidente em três grupos masculinos alimentados com milho transgênico. Todos os resultados eram dependentes de hormonas e sexo, e os perfis patológicos foram comparáveis. As fêmeas desenvolveram grandes tumores mamários com mais frequência e antes de controles; hipófise foi o segundo órgão mais pessoas com deficiência; o equilíbrio hormonal sexo foi modificada pelo consumo de milho GM e tratamentos Roundup. Os machos apresentaram até quatro vezes mais grandes tumores palpáveis começar 600 dias mais cedo do que no grupo controle, em que apenas um tumor foi notada. Estes resultados podem ser explicados por não só os efeitos de desregulação endócrina não-lineares de Roundup mas também pela sobre expressão do transgene EPSPS ou outros efeitos mutacionais no milho transgénico e suas consequências metabólicas.

Conclusão

Os resultados indicam que os testes de longa duração (2 anos) de alimentação precisam ser conduzidos para avaliar completamente a segurança de alimentos transgênicos e agrotóxicos em suas formulações comerciais completas.

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