Pães orgânicos mais do que duplicam nos EUA entre 2004 e 2010 |
A fatia de mercado de pães orgânicos na categoria geral de pão mais do que duplicou entre 2004 e 2010, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), em relatório emitido em maio de 2016. Os dados foram divulgados no veículo especializado World Grain.
“Os consumidores escolhem entre uma ampla variedade de tipos de pão – por exemplo, trigo integral, 100% de trigo, branco, farelo de trigo, aveia, frutas, centeio e batata”, disse o relatório do USDA. “O prêmio no preço de orgânicos em 2010 foi de cerca de 52¢ por libra-peso, ou 30% do preço convencional.” Entretanto, o prêmio e o percentual flutuaram durante o período do estudo, não indicando uma tendência clara.
Fonte: World Grain / Edição e Tradução: Planeta Orgânico
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EMBRAPA desenvolve conceito Carne Carbono Neutro para produção bovina |
Carnes bovinas frescas, congeladas ou transformadas, para mercado interno ou exportação, poderão num futuro próximo receber um selo para certificar a sustentabilidade ambiental de sua produção. Registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), a marca “Carne Carbono Neutro” (CCN) foi lançada oficialmente durante o II Simpósio Internacional sobre Gases de Efeito Estufa na Agropecuária (SIGEE), em Campo Grande (MS), entre os dias 7 e 9 de junho. A certificação ainda depende de negociações com os setores público e privado para a sua implantação e posterior transformação em selo.
A principal finalidade da marca-conceito CCN desenvolvida pela Embrapa é atestar a produção de bovinos de corte em sistemas com a introdução obrigatória de árvores como diferencial.
O pesquisador da Embrapa Gado de Corte (MS), Roberto Giolo informa que a carne produzida no sistema com árvores pode ser certificada com a adoção do protocolo CCN. Ele acredita que o conceito CCN pode ser um facilitador para o Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) do governo federal, que é resultado do compromisso assumido pelo Brasil, durante a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP15), realizada em 2009 na cidade de Copenhague, de reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) entre 36,1% e 38,9% até 2020. Compromisso reiterado no ano passado, durante a COP21, em Paris, quando o governo brasileiro se comprometeu com a redução de 37%, até 2025, e 43%, até 2030, das emissões de GEE.
Como funciona
Para garantir que a produção esteja de acordo com o conceito CCN, ela deve seguir as orientações do documento “Carne Carbono Neutro: um novo conceito para carne sustentável produzida nos trópicos“. O pesquisador da Embrapa, Valdemir Laura, acrescenta que o carbono neutralizado fica armazenado no tronco das árvores. “Isso pode ser medido por uma fórmula com a qual se calcula o volume de madeira e, consequentemente, a quantidade de carbono fixada no tronco da árvore. Você faz o inventário florestal [medidas de diâmetro e altura das árvores], calcula o volume de madeira e a quantidade de carbono estocado. É inquestionável”, afirma.
Segundo ele, o sistema ideal deve ter entre 200 e 400 árvores por hectare. O estudo realizado na Embrapa Gado de Corte mostra que cerca de 200 árvores por hectare seriam suficientes para neutralizar o metano emitido por 11 bovinos adultos por hectare ao ano, sendo que a taxa de lotação usual no Brasil é de um a 1,2 animais por hectare.
Bem-estar animal
A presença de árvores influencia ainda no bem-estar animal. “A sombra natural, além de bloquear a radiação solar, cria um microclima com sensação térmica mais agradável. Assim, é oferecida uma condição de melhor conforto térmico, por se tratar de um ambiente com menor temperatura”, explica a pesquisadora da Embrapa Fabiana Alves. Em experimentos realizados na Embrapa Gado de Corte, foi verificada a diminuição entre dois e oito graus Celsius na temperatura dentro do sistema. “Isso tem sido confirmado ao longo dos anos pela presença da sombra. Com o conforto térmico, o animal alcança maior eficiência, como o ganho de peso”, complementa.
Desde 2015, uma propriedade rural no Estado de Mato Grosso do Sul vem sendo avaliada para a produção do primeiro lote experimental de animais com base no protocolo CCN. O abate dos animais experimentais ocorreu no dia 19 de maio deste ano e os resultados serão apresentados no II SIGEE.
A maneira como a marca CCN será adotada está em processo de desenvolvimento e envolve negociações com o setor público e privado. Em 2016, foi aprovado um projeto- piloto, financiado pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), para a avaliação de métricas da CCN em Mato Grosso do Sul. Além disso, um projeto recém-aprovado na Embrapa, com previsão de início para agosto deste ano, prevê estudos para a validação do protocolo CCN em fazendas comerciais nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Floresta Amazônica; análise e prospecção de mercado; valoração do produto e desenvolvimento de políticas públicas.
Fonte: Kadijah Suleiman (MTb 22729/RJ), Embrapa Gado de Corte / Edição: Planeta Orgânico
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Workshop sobre biodiversidade e material biológico brasileiro reúne brasileiros e europeus |
Reunidos em Brasília, representantes de instituições públicas e privadas, especialistas e pesquisadores brasileiros e europeus apresentaram em workshop no início de junho, recomendações para o intercâmbio de componentes da biodiversidade brasileira. Foi sugerido que documentos oficiais e espécimes biológicos sejam identificados por um número de referência único para que os direitos brasileiros sejam protegidos e o Brasil saiba quando haverá repartição de benefícios. Esta referência seria usada pelos pesquisadores e desenvolvedores dos diversos bancos de dados associados à biodiversidade e material biológico e usado em relatórios para os legisladores, as publicações, patentes e resultados.
As sugestões são resultado do workshop internacional “Diálogo entre o Brasil e a União Europeia sobre o Protocolo de Nagoya – Construindo pontes para o intercâmbio de Recursos Genéticos”, realizado na Embrapa.
O trabalho terá continuidade e conta com a participação da Fiocruz. As discussões e recomendações dos especialistas e pesquisadores reunidos em Brasília constarão de relatório a ser posteriormente discutido em um workshop em Londres, na Inglaterra, e uma reunião em Bruxelas (Bélgica).
Protocolo de Nagoya
O Protocolo de Nagoya, assinado em 2010, em Nagoia, Japão, foi considerado o maior pacto ambiental desde o de Kyoto (ratificado em 1999). Todos os 193 países signatários da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) aprovaram o novo protocolo, que determina regras básicas para o acesso e a repartição de benefícios oriundos da utilização dos recursos genéticos da biodiversidade dos países. Caso existam conhecimentos de povos indígenas e comunidades tradicionais na utilização dos recursos genéticos, estas também deverão receber repartição de benefícios pela exploração econômica do produto comercial desenvolvido a partir destes conhecimentos.
Fonte: Fiocruz (por Nathállia Gameiro) com informações da Embrapa e edição do Planeta Orgânico
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Meia maratona em Foz do Iguaçu tem orgânicos e produtos da agricultura familiar |
Os corredores e o público em geral que prestigiaram a 9ª Meia Maratona das Cataratas encontraram uma estrutura diferente montada no Centro de Visitantes do Parque Nacional do Iguaçu: a Feira de Produtos da Agricultura Familiar e Produtos Orgânicos.
De acordo com o website H2FOZ, havia várias opções de alimentos saudáveis produzidos e comercializados por pessoas da cidade e do entorno da unidade de conservação. Além dos diversos alimentos, a feira também contou com a exposição de uma linha de cosméticos voltada para esportistas.
A iniciativa também fez parte da programação oficial da Semana do Meio Ambiente do Parque Nacional do Iguaçu e foi idealizada em conjunto pela Cataratas do Iguaçu S/A, ICMBio e WWF-Brasil, com apoio da Cooperativa da Agricultura Familiar e Solidária do Oeste do Paraná (Coafaso), Associação de Produtores Rurais Familiares de Foz do Iguaçu (Aproffoz), Empório Pomare e Pink Cheeks.
Fonte: H2FOZ / Edição: Planeta Orgânico
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