Agronegócio orgânico como ferramenta para inclusão social |
O Planeta Orgânico realizará, com o Instituto de Promoção de Desenvolvimento, o IPD, um programa de nove seminários que acontecerão no primeiro semestre de 2011 em cidades brasileiras estratégicas para o setor. “Com a nova Lei dos Orgânicos, a exemplo do que ocorreu nos países estrangeiros quando o setor foi regulamentado, haverá um cenário mais positivo e seguro para novos projetos, desenvolvimento de produtos, entrada de multinacionais, aportes econômicos, financiamentos, enfim, uma evolução do setor, com melhoria de consumo interno e da exportação. A produção interna precisa estar mais reforçada, e a produção orgânica propicia a inclusão social porque valoriza mais o produtor”, relata Maria Beatriz Martins Costa, diretora do Planeta Orgânico.
Com patrocínio do Ministério da Ciência e Tecnologia, os eventos fomentarão o desenvolvimento do agronegócio orgânico nas seguintes cidades brasileiras: Rio de Janeiro (RJ), Campinas (SP), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Campo Grande (MS), Brasília (DF), Foz do Iguaçu (PR) e Curitiba (PR). O foco é gerar atração e alavancar agricultores que têm interesse na conversão de sua propriedade, mas não têm acesso a informação.
As datas dos eventos serão divulgadas nos próximos dias no web site do Planeta Orgânico.
O primeiro seminário do projeto foi realizado dia 22 de novembro, na cidade de Maringá, Paraná. Confira como foi o evento:
http://planetaorganico.agropecuaria.ws/index.php/seminario-maringa/
As parcerias para a realização dos próximos eventos estão adiantadas. Em Foz do Iguaçú, a Itaipu Binacional, responsável por um programa de agroecologia pioneiro no país, “Cultivando Água Boa”, está em contato com os realizadores do projeto. Dia 4 de maio, será realizado em Campinas, através de parceria com o ITAL (Instituto Tecnológico de Alimentos), seminário com o enfoque da promoção da agricultura familiar em meios de comercialização como turismo, cozinhas industriais e merendas escolares.
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Situação fundiária na Terracap (DF) é regularizada graças ao empenho do movimento orgânico |
O deputado distrital Joe Valle (PSB) e o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, conseguiram o apoio do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), para regularizar a situação na Terracap. Confira a seguir depoimento de Joe Valle a respeito, disponível em seu Blog:
“Aos 75 dias de seu governo, o gesto aparentemente simples do governador Agnelo, ao assinar o documento que promete o direito à posse definitiva da terra para mais de 20 mil produtores do Distrito Federal, representa a maior conquista da classe rural e do próprio povo brasiliense em toda sua curta história. Foram necessários 30 anos de luta para chegarmos a esse reconhecimento. Muito suor, muito trabalho, alegrias, porque quem produz alimento tem que ser alegre. Eu sei disso. Muitas lágrimas também, faz parte da vida.
Não pode existir o plantador sem a terra. A semente sem a água, o pássaro cantador sem o ninho, lá em cima do pé de pau, protegendo os filhotes, olhando o verde, o brotar da mudinha esperançosa que um dia vai virar árvore e frutificar.
Somos modelo de desenvolvimento, produtividade e sustentabilidade ambiental. Um exemplo para esse país, tão rico e tão desigual. Somos os guardiães conscientes de um dos biomas mais ricos do planeta, de árvores baixinhas e retorcidas, de solo fértil, de chuva forte e de longas secas.
A segurança jurídica do título da terra vai mudar definitivamente o meio rural. Com acesso ao crédito, a tecnologia e assistência técnica, com o reconhecimento a que faz jus, o produtor vai poder trabalhar com alegria e dormir tranqüilo. E sonhar com a Brasília sustentável que tanto queremos para nós, para nossos filhos, para nossos netos.
Fico feliz, muito feliz, por ter participado intensamente dessa luta, inicialmente como produtor rural, depois como colaborador do governo Lula e agora como parlamentar. Parabéns aos produtores rurais, às federações, sindicatos, lideranças e conselhos. Parabéns ao governador que com serenidade e maturidade cumpre seus compromissos.”
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Rede Mundo Verde abre novas lojas em Campos dos Goytacazes e São Paulo |
A Rede Mundo Verde, maior rede de produtos naturais e orgânicos da América Latina, inaugura, neste mês de março, duas franquias, uma na cidade de São Paulo (SP) e outra em Campos dos Goytacazes (RJ).
A unidade na Vila Leopoldina, São Paulo, foi transferida para novo ponto e será inaugurada no dia 30. A loja, que permanecerá na mesma rua, terá uma expansão significativa no tamanho. A loja foi construída na preocupação de se ter o menor impacto ao meio ambiente. Materiais ecológicos como madeira de demolição, lâmpadas econômicas, ar condicionado ecológico, que reduz em 40% os gastos com energia.
A unidade de Campos é a segunda loja de rua na cidade e a expectativa da Mundo Verde é, em médio prazo, instalar mais uma loja no Shopping da região. Com quase 180 franquias em todo Brasil, a expectativa para 2011 é abertura de mais 45 lojas.
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Ministério da Agricultura espera cadastrar quinze mil agricultores orgânicos em 2011 |
Um novo levantamento do Ministério da Agricultura indicou que o número de produtores orgânicos regularizados já está acima de nove mil e quinhentos. Trata-se de um avanço considerável em relação ao último número de dezembro, quando havia cerca de cinco mil produtores, dos quais parte ainda estava em cadastramento.
As normas para o setor orgânico começaram a valer desde o dia 1º de janeiro deste ano. “A meta do Ministério é chegar ao número de 15 mil agricultores cadastrados no sistema, que vale para todo o país, até o final deste ano”, destaca o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias. As informações foram divulgadas durante a Reunião da Câmara Setorial de Agricultura Orgânica, realizada dias 24 e 25 de fevereiro. A Câmara agora passa a contar também com a participação de representante do projeto de exportação Organics Brasil.
Segundo o Ministério da Agricultura, o agricultor que ainda não se cadastrou no sistema deve se adequar às novas regras e vincular-se a alguma entidade certificadora. Aqueles que fazem venda direta devem se cadastrar no site do Ministério da Agricultura. Os interessados também podem procurar as superintendências federais do ministério para as orientações sobre o processo de regularização. “Hoje temos três certificadoras atendendo aos interessados e três sistemas participativos. Além do credenciamento, em andamento, de mais cinco certificadoras e dois sistemas participativos”, reforça Rogério Dia.
Rogério Dias também destacou que a indústria têxtil é outra área de destaque no setor de orgânicos e se torna mais viável no Brasil. O algodão colorido naturalmente, por exemplo, é produzido em várias regiões do país, como a Paraíba através da Natural Fashion. Já no caso das sementes orgânicas os benefícios também são visíveis. “A nossa legislação estabeleceu um prazo de cinco anos para que os produtores trabalhem com sementes orgânicas”, informou. Para isso, o país precisa de produtores de sementes orgânicas, que agregam valor à cadeia produtiva.
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