Tecpar recebe acreditação internacional para orgânicos |
A Divisão de Certificação do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) acaba de receber a acreditação para certificação de produtos orgânicos pelo International Federation of Organic Agricultura Movements (IFOAM), instituição alemã reconhecida internacionalmente e pioneira na atuação nesse setor. “É a nossa segunda acreditação internacional”, comemora a gerente da Divisão de Certificação do Tecpar, Tânia Mello de Carvalho. A primeira acreditação internacional foi com a norma européia GlobalGAP (IFA) que atende às boas práticas de produção agropecuária e segurança de alimentos.
A certificação de orgânicos é um avanço para os produtores, pois permite o ingresso dos seus produtos nos mercados estrangeiros, cada vez mais em expansão. “Com a certificação, os produtores têm um diferencial no mercado. O certificado de conformidade mostra que o produtor não está preocupado somente com o uso de agrotóxicos, mas também com a preservação do meio ambiente e com o fornecimentos de alimentos com qualidade”, afirma Tânia.
Para receber a acreditação da IFOAM, o Tecpar precisou cumprir critérios rígidos e foi auditado pela certificadora norte-americana International Organic Accreditation Service (IOAS). A representante da IOAS passou uma semana em Curitiba, visitou três produtores de Colombo já certificados pelo instituto e acompanhou uma auditoria realizada por técnicos do Tecpar em uma propriedade localizada em Morretes.
Acreditada para sistemas de gestão da qualidade pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) desde 1997, a unidade de certificação do instituto já emitiu mais de 2 mil certificados e tem na sua carteira de clientes hoje 337 empresas.
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Pesquisas analisam teores de substâncias funcionais em alimentos orgânicos e convencionais |
Os alimentos cultivados de maneira orgânica possuem maiores concentrações de substâncias que apresentam propriedades funcionais como ação antioxidante, anticancerígena e estimulante do sistema cognitivo se comparados aos produzidos de maneira convencional. Esses foram os resultados de estudos desenvolvidos no Instituto de Biociências (IB) da Unesp, campus de Botucatu, pela pós-doutoranda Maria Rosecler Miranda Rossetto, que analisou beterraba, brócolis, cenoura e couve, convencionais e orgânicos, obtidos por meio de seis produtores do município de Botucatu, e pela doutoranda Suraya Abdallah da Rocha, que avaliou partes de 20 vegetais, geralmente descartadas, como cascas, folhas e talos.
Entre as substâncias estudadas pelas pesquisadoras estiveram os compostos fenólicos e flavonóides que servem para “seqüestrar” os radicais livres encontrados em excesso no organismo humano, modular enzimas do processo inflamatório e quelar metais. Além da propriedade antioxidante, que contribui na prevenção de uma série de doenças crônicas degenerativas, eles são benéficos ao sistema cognitivo e atuam como agentes anticancerígenos.
Suraya destaca que os fenóis totais foram mais elevados nas folhas de mandioca e de uva cultivadas de modo orgânico, enquanto que, no cultivo convencional, os talos, a casca de berinjela, as folhas de brócolis e rabanete, apresentaram maiores teores dessa substância.
Ainda segundo ela, em relação à quantia de flavonóides totais, algumas espécies não apresentaram diferenças significativas entre os modos de cultivo estudados, como as cascas de abóbora, berinjela, laranja e maracujá; a folha de rabanete; e os talos de brócolis e couve. Ainda, segundo ela, apenas a casca de banana, a folha de cenoura e a de uva, cultivadas de modo orgânico, apresentaram maiores teores de flavonóides.
Na couve, os níveis de flavonóides foram significativamente maiores na produção orgânica e, na beterraba, a tendência foi de mais acúmulo de compostos fenólicos na casca, talo, polpa e folha. Sobre essas substâncias, Maria Rosecler salienta ainda que, nas ramas de cenoura a quantia de flavonóides supera em cem vezes o teor presente na polpa desse alimento. Outra análise foi em relação aos carotenóides, pigmentos responsáveis pelas cores de frutas, raízes, tubérculos e folhas de hortaliças, que são importantes fontes de vitamina A e não têm ação cumulativa no organismo humano, além de prevenir contra o câncer.
Cozimento
Maria Rosecler também analisou se há perda de carotenóides após o cozimento de beterraba, brócolis, cenoura e couve. Ela descobriu que, depois desse processo, alguns produtos orgânicos perderam menos ou passaram a apresentar maior teor dessa substância. “Um exemplo é a polpa de cenoura que teve um aumento de 39,22%, enquanto as convencionais acumularam apenas 4%”, explica. Em brócolis, foi constatado um aumento proporcional de carotenóides nos dois modos de cultivo. No caso da beterraba, as perdas foram menores no sistema de produção orgânico, sendo que o nível de redução de carotenos foi maior com a ampliação do tempo de aquecimento do vegetal.
Fonte: Assessoria de Comunicação e Imprensa do Instituto de Biociências
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O “novo” agronegócio brasileiro diante da crise financeira mundial |
De um lado, o “novo” agronegócio brasileiro, com todo seu potencial, mostrando diversas oportunidades em áreas como biocombustíveis, bioenergia e gestão ambiental (incluindo a chamada ILP – Integração Lavoura-Pecuária). Do outro lado, a alta do dólar e a realidade de uma crise financeira mundial, trazendo incertezas para os produtores agrícolas. A maioria dos analistas econômicos já reconhece a necessidade de pelo menos dois ou três anos para que o mercado absorva totalmente esta crise e restabeleça a confiança.
Empresas da cadeia do agronegócio encontram um cenário de retração, falta de crédito para especulação no mercado de valores, perda de investimentos e outros prejuízos. O movimento de abertura de capitais na Bolsa (IPO´s), após dois anos bastante positivos, praticamente parou, e especialistas calculam que haverá uma possível retomada somente no segundo semestre de 2009.
O preço das commodities brasileiras, principal fator de atração do capital estrangeiro, sofre com oscilações e desvalorização. Isso afeta diretamente as exportações que, segundo previsões do setor econômico, poderão acumular perdas de mais de até US$ 5 bilhões no próximo ano. Em contrapartida, o governo brasileiro se mobiliza para injetar recursos – um montante que ultrapassa os R$ 6 bilhões – destinados a financiamentos, compra de equipamentos e custeio da lavoura.
Um panorama de ofertas e demandas, e também de cautelas, será apresentado no 10º Congresso de Agribusiness da Sociedade Nacional de Agricultura, que terá como tema “O Novo Agronegócio Brasileiro”. Com o patrocíncio do SEBRAE-RJ, o evento será realizado nos dias 25 e 26 de novembro, na Confederação Nacional do Comércio, no centro do Rio de Janeiro. O ex-ministro e atual coordenador do Centro de Agronegócio da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro), Roberto Rodrigues, falará, na palestra de abertura, sobre o “Panorama e Perspectivas do Agronegócio Brasileiro”.
Para ele, o momento é de extremo cuidado para o produtor. “Ele deverá plantar tudo o que for possível com recursos próprios e crédito barato, sem arriscar o plantio com baixa tecnologia, pois um contratempo trará prejuízo ainda maior.” O ex-ministro teme ainda que a crise se alastre e tenha reflexos também nos preços dos alimentos.
Convidado do sexto painel (“As questões do Meio Ambiente”), o ex-ministro da Agricultura do governo Geisel, Alysson Paolinelli, que hoje atua como consultor da empresa Listen, vê um cenário de incertezas e aponta caminhos: “Nós vamos plantar uma safra cara sem saber o que vamos colher em matéria de preços. Eu acho que o governo deveria recompor o preço mínimo dessa safra face os custos de produção de hoje. O Brasil também deveria adotar uma posição protecionista, assim como outros países fazem.”
Em seis painéis, autoridades, empresários e representantes de diversas instituições debaterão temas de interesse, entre eles, a infra-estrutura de transporte e armazenagem; o mercado de energia e agroenergia; compra de terras; novas fronteiras agrícolas (com destaque para a região do MAPITO, formada pelos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins), meio ambiente e sustentabilidade de produção ligada à certificação e rastreabilidade, entre outros assuntos.
Ao final do evento, será realizada a cerimônia de entrega dos prêmios Destaques SNA e A Lavoura, às personalidades que contribuem direta ou indiretamente, e de maneira relevante, para o desenvolvimento do setor.
10º Congresso de Agribusiness “O novo agronegócio brasileiro”
Data: 25 e 26 de novembro de 2008
Local: Confederação Nacional do Comércio Endereço: Av. General Justo, 307 / 9º andar Centro – Rio de Janeiro – RJ
Informações – tel. (21) 3231-6350
www.sna.agr.br
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Potencial das Indicações Geográficas como Instrumento de Desenvolvimento Local |
Será realizada no dia 25/11 (terça-feira), na cidade do Rio de Janeiro, nas dependências do Clube de Engenharia, a Oficina sobre Indicações Geográficas no Estado do Rio de Janeiro.
Este evento visa discutir as potencialidades do nosso Estado com relação a essa importante ferramenta de desenvolvimento rural e sua presença e participação é fundamental para que possamos discutir ações e estratégias voltadas para o reconhecimento e registro de novas Indicações Geográficas no Rio de Janeiro.
O incentivo ao reconhecimento das Indicações Geográficas (IGs) é um trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Mapa e parceiros como o Sebrae, Embrapa, universidades, Governo do Estado, ONGs e outras instituições ligadas ao desenvolvimento rural e à promoção de mercados de qualidade, visando o registro dessas IGs junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), órgão que também colabora nesse processo de organização e construção.
O incentivo ao reconhecimento das Indicações Geográficas é um trabalho que vem sendo desenvolvido pelo MAPA, e parceiros como Sebrae, Embrapa, Universidades, Governo do Estado, ONGs e outras instituições ligadas ao desenvolvimento rural e à promoção de mercados de qualidade.
O registro destas IGa é feito pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). órgão que colabora nesse processo de organização e construção. Este trabalho vem sendo realizado em todos os estados da federação, sendo que até meados de 2008 foram diagnosticados 111 potenciais IGs.
Informações sobre IGs no Estado do Rio de Janeiro:
Superintendência Federal de Agricultura no Rio de Janeiro
Fone (21)2291-4141- Ramal 1603
gilberto.mascarenhas@agricultura.gov.br
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I BioNat Expo promove orgânicos e fitoterápicos |
De 28 a 30 de novembro acontecerá em Porto Alegre a I BioNat Expo que reunirá a 1a. Feira de Produtos Orgânicos, Fitoterápicos e Plantas Medicinais da Região Sul do Brasil e 1a Feira de Fitoterápicos do Mercosul, a Mostra de Turismo Rural, Ecológico e Sustentabilidade Socioambiental.
O evento é inédito na Região Sul do Brasil, que tem como tradição a cultura, a produção e o consumo nesta área. A Região, reúne o maior número de produtores de orgânicos e fitoterápicos do Brasil. Além disso, o Rio Grande do Sul é um expressivo produtor de alimentos orgânicos do país e tem registrado um alto crescimento do consumo nos últimos anos.
No Rio Grande do Sul, o turismo rural está comprometido com a produção agropecuária, agregando valor, resgatando e promovendo a cultura e a economia regional. A riqueza do interior gaúcho, das paisagens, o esplendor do pampa, os caminhos da colônia, a riqueza arquitetônica, a marca das imigrações, as lidas campeiras, o folclore, a hospitalidade, a diversidade da gastronomia, os hábitos e estilos de vida preservados, mantêm o turismo rural permanentemente atrativo.
Data: 28-29-30 de novembro de 2008
Local: Cais do Porto Mauá – Armazéns A & B – Porto Alegre – RS – Brasil
Mais informações em http://www.bionatexpo.com/
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Fórum Emater “O campo abre caminhos – Desenvolvimento Rural Sustentável em Debate” em Porto Alegre dias 27 e 28 de novembro |
O Fórum Emater “O campo abre caminhos – Desenvolvimento Rural Sustentável em Debate” busca, por meio do amplo debate, valorizar os esforços do Governo do Estado através da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio, Emater/RS – ASCAR, FARSUL, SENAR, SEBRAE, Casa Rural e o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, aprimorar a execução das políticas públicas e os processos tecnológicos que visam a melhoria da qualidade de vida das famílias rurais gaúchas.
Os objetivos do Fórum são:
– Ampliar o debate sobre temas estratégicos que envolvem as cadeias produtivas em busca de respostas ao desafio do crescimento do meio rural
– Envolver os atores na busca de novas práticas que se traduzam no desenvolvimento sustentável do campo e em mais cidadania para quem vive no meio rural
– Integrar as áreas pública e privada, visando a capacitação rural e a competitividade do setor
Mais informações no site
http://capacita2.plughosting.com.br/evento/emater/index.php
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Sebrae SP lança Guia Orgânico de São Paulo na BioFach América Latina / ExpoSustentat 2008 |
O lançamento do Guia Orgânico de São Paulo reuniu diversos donos de pequenos negócios e produtores rurais. Elaborado pelo Sebrae-SP em parceria com o Planeta Orgânico, o objetivo deste guia é facilitar o acesso a mercados de quem trabalha com produtos sustentáveis.
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Clique aqui para acessar o Guia Orgânico de São Paulo/SebraeSP |
“O setor de orgânicos é um mercado crescente e que em breve apresentará muita solidez. Por isso, a sociedade precisa discutir a importância desses tipos de produtos que ganham cada vez mais espaço no mundo e que concorrem com os tradicionais”, afirma Ricardo Tortorella, diretor-superintendente do Sebrae-SP, durante o lançamento oficial do Guia Orgânico de São Paulo na sexta edição da Biofach – Feira Internacional de Orgânicos – que acontece em conjunto com a ExpoSustentat – Feira de Bens e Serviços Sustentáveis.
Confeccionado em papel reciclado, o guia foi elaborado pelo Sebrae-SP em parceria com o Planeta Orgânico (realizadora da Biofach/ExpoSustentat) e tem o objetivo de facilitar o acesso a mercados dos pequenos produtores rurais no estado de São Paulo. De forma didática e prática, o guia trata também da história e da legislação de orgânicos no país. “Mas a maior novidade é a prestação de serviços que consta no guia, com os dados de produtores de orgânicos no estado de São Paulo, além de endereços de feiras livres que vendem este tipo de produto na Capital”, ressalta Paulo Arruda.
Outra inovação do guia é a relação com os endereços de produtores de cachaça orgânica no estado de São Paulo. “A cachaça é um produto conhecimento internacionalmente como genuinamente brasileiro. A cachaça orgânica sem qualquer tipo de agrotóxico tem tudo para competir mundialmente com outros tipos de bebida e abastecer o mercado interno”, afirma.
Segundo Ana Lúcia Frezzatti Santiago, gestora estadual do programa de orgânicos do Sebrae-SP, o guia facilitará o acesso a mercados das pequenas propriedades rurais do estado de São Paulo. “Além de produzir alimentos saudáveis para os consumidores, a agricultura orgânica é uma forma sustentável de ocupação do solo, criação de renda e emprego e fixação do homem no campo”, explica Ana Lúcia.
Inicialmente, os 5.000 exemplares serão distribuídos nos três dias de feira e nos escritórios regionais do Sebrae-SP. Mais informações sobre como e onde adquirir o Guia Orgânico de São Paulo podem ser obtidas pelo telefone 0800-570 0800.
Mais informações: Assessoria de Comunicação do Sebrae-SP – Alice Castanheira (11) 3177-4662
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