Agricultura familiar brasileira leva produtos para feira de orgânicos Expo West, nos EUA |
Dez empreendimentos da agricultura familiar de diferentes regiões do Brasil participam da mais importante feira do setor de produtos orgânicos e naturais dos Estados Unidos, de 9 a 11 de março. A Expo West – Natural Products acontece na cidade de Anaheim, estado da Califórnia, e reúne os mais novos produtos em alimentos naturais e especiais, saúde, orgânicos e beleza, vida natural, suplementos e produtos para animais.
Realizada anualmente, a Expo West tem mais de 3 mil expositores e recebe 58 mil visitantes, em cinco pavilhões. Os participantes brasileiros levarão frutas, cachaça, sucos, derivados do fruto do palmito da juçara, diversos produtos com certificação orgânica, além de roupas e acessórios da moda sustentável feita a partir da rica biodiversidade e cultura nacionais.
Os empreendimentos foram selecionados por meio de Chamada Pública para empreendimentos da agricultura familiar e integram estande coletivo do IPD – Instituto de Promoção do Desenvolvimento em dois dos maiores eventos internacionais do setor de orgânicos – um deles foi a Biofach Nuremberg, da qual nove empreendimentos participaram em fevereiro. A chamada faz parte do projeto de inclusão da agricultura familiar nos mercados do IPD, desenvolvido com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Os selecionados para a Expo West foram: a Associação Brasileira da Agricultura Familiar Orgânica (ABRABIO), com sede em São Paulo e representando 53 empreendimentos associados; a Cooperativa dos Agropecuaristas Solidários de Itápolis (COAGROSOL), de São Paulo; a Ciano Indústria de Alimentos Ltda, do Rio de Janeiro; a Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Caí (ECOCITRUS), do Rio Grande do Sul; Bio Frutas, do Mato Grosso do Sul, que faz parte da Associação Brasileira de Produtores Orgânicos, Associação de Agricultura Biodinâmica do Sul, de Santa Catarina; Cooperativa Mista de Agricultores Familiares, Extrativistas, Pescadores, Vazanteiros e Guias Turísticos do Cerrado (Coopercerrado), de Goiás; a Cachaçaria Weber Haus, do Rio Grande do Sul, e o Programa Talentos do Brasil, projeto que reúne 18 grupos produtivos e 2 mil artesãs de 16 estados.
As cooperativas e associações que mostram seus produtos em março, nos EUA, representam mais de 14 mil agricultores familiares brasileiros. Todos os empreendimentos são formalizados, atuam no mercado internacional ou têm condições e escala para fazê-lo; possuem produtos orgânicos com certificação reconhecida na Comunidade Européia e/ou Estados Unidos e produtos que apresentem potencial de oferta com regularidade e constância.
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INPI defere IGs para pedras decorativas do Noroeste Fluminense |
O INPI anunciou, no dia 14 de fevereiro de 2012, o deferimento de três Indicações Geográficas relacionadas às pedras decorativas da região Noroeste do Estado do Rio de Janeiro. As novas IGs, que sempre terminam com o nome do estado, são para: “Região Pedra Carijó”, “Região Pedra Madeira” e “Região Pedra Cinza”. O sindicato local tem um prazo de 60 dias para pagar a taxa referente à expedição do certificado e, assim, garantir a formalização do registro.
A Região Noroeste do Rio de Janeiro possui uma produção tradicional de pedras decorativas desde a década de 1960. Aas atividades de extração de rochas começaram em Santo Antonio de Pádua, no fim da década de 50, como lavra dos milonito-gnaisses.
No início, elas eram comercializadas na forma bruta e sem polimento. Após a década de 90, surgem as primeiras serrarias, que começaram a produzir pequenas placas chamadas lajinhas e que conquistaram o mercado nacional, dada a sua singularidade, rusticidade e baixo custo pra revestimento de muros, fachadas, calçamentos e meio fios. A área delimitada agora inclui parte dos municípios de Santo Antonio de Pádua, Miracema, Laje do Muriaé, Itaperuna, Porciúncula, Varre-Sai, Natividade, Cambuci, São José de Ubá e Aperibé.
Elas se juntam às outras Indicações Geográficas brasileiras, que estão relacionadas aos seguintes produtos: o café do Cerrado Mineiro (MG), o vinho do Vale dos Vinhedos (RS), a carne do Pampa Gaúcho (RS), a cachaça de Paraty (RJ), as uvas e mangas do Vale do Submédio São Francisco (BA/PE), o couro acabado do Vale do Sinos (RS), o café da Serra da Mantiqueira (MG), o arroz do Litoral Norte Gaúcho (RS), os vinhos de Pinto Bandeira (RS), o artesanato em capim dourado do Jalapão (TO), os doces de Pelotas (RS), os camarões de Costa Negra (CE), as panelas de barro de Goiabeiras (ES), o queijo do Serro (MG), as peças artesanais em estanho de São João del-Rei (MG), os calçados de Franca (SP) e os vinhos dos Vales da Uva Goethe (SC).
fonte: Deferimento do Registro da IP Região Pedra Carijó Rio de Janeiro – pedras
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Oficina discute apoio do MDA e BNDES a beneficiários do Plano Brasil Sem Miséria |
O desenvolvimento territorial e a inclusão produtiva em estados do Norte e Nordeste são temas de uma promovida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em Recife, dia 28 de fevereiro, na sede do Banco do Nordeste (BNB). O evento conta com a participação de representantes de empresas públicas estaduais da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Amazonas.
O objetivo do evento é discutir e estabelecer estratégias de fortalecimento e consolidação das cadeias produtivas da agricultura familiar, bem como a forma de apoio e fomento do MDA, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e dos governos estaduais à inserção dos beneficiários do Plano Brasil Sem Miséria (PBSM) nas dinâmicas dessas cadeias.
Participação
“Vamos definir como será a participação de cada um desses entes no processo todo”, explica o diretor de Inclusão Produtiva do MDA, César Oliveira. De acordo com ele, um dos temas diz respeito a um arranjo institucional em desenvolvimento para viabilizar o acesso aos recursos do fundo social de forma integrada e articulada, com o Projeto de Infraestrutura e Serviços nos Territórios Rurais (Proinf).
“Claro que aí tem, também, um olhar para o fortalecimento das cadeias produtivas, do extrativismo na Amazônia e do desenvolvimento territorial”, destaca César Oliveira, que também coordenará a oficina na capital pernambucana, durante a qual será debatido o estado atual do desenvolvimento territorial e da inclusão produtiva da agricultura familiar.
Segundo informa o titular da Delegacia Federal do MDA em Pernambuco, Demetrius Fiorante, o evento vai durar o dia inteiro e deverá contar com cerca de 50 pessoas. “Todos esses parceiros nossos vão se reunir para abordar suas experiências na área da agricultura familiar e apresentar sugestões e encaminhamentos”, explica Demetrius.
Acordo com BNDES
César Oliveira lembra que a realização da oficina representa um desdobramento do acordo de cooperação assinado no dia 8 de novembro do ano passado pelo ministro Afonso Florence e pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na sede do banco, em Brasília. Dividido em três eixos – Plano Brasil Sem Miséria, Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal e Inovações para a Agricultura Familiar Estruturada -, o acordo beneficia agricultores familiares e assentados da reforma agrária. O público abrange famílias que vivem em situação de extrema pobreza no meio rural, agricultores e assentados que já desenvolvem atividades produtivas e moradores da Amazônia Legal.
“O MDA já mantinha uma parceria informal com o BNDES, mas o destaque desse acordo é a sua interface com o desenvolvimento da agricultura familiar, com a Rede Brasil Rural e o Plano Brasil Sem Miséria”, salienta César Oliveira. Por ocasião do lançamento, o ministro Afonso Florence considerou que o novo acordo com o BNDES iria fortalecer, ainda mais, as políticas públicas desenvolvidas pelo MDA.
Brasil Sem Miséria
A atuação conjunta do MDA e BNDES no Plano Brasil Sem Miséria começou por 13 Territórios da Cidadania no Nordeste nos quais 25 mil famílias já estão sendo beneficiadas por Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), doação de sementes e fomento no valor de R$ 2,4 mil para estruturação produtiva das unidades familiares. O BNDES se comprometeu a apoiar a aquisição de equipamentos e a capacitação de agricultores.
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FAO e União Europeia promovem agricultura de clima inteligente: |
A FAO e a Comissão Européia anunciaram um novo projeto de 5.3 milhões de Euros para ajudar Malawi, Vietnã e Zâmbia na transição para uma abordagem de “clima inteligente” para a agricultura.
A agricultura – e as comunidades que dela dependem para a sua subsistência e segurança alimentar – são altamente vulneráveis aos impactos das alterações climáticas. Ao mesmo tempo, a agricultura, uma importante fonte de gases de efeito estufa, contribui para o aquecimento global.
A “agricultura de clima inteligente” é uma abordagem que busca transformar o setor agrícola em uma ferramenta de solução para estes grandes desafios.
Trata-se de fazer mudanças em sistemas agrícolas para atingir objetivos múltiplos: melhorar a contribuição para a luta contra a fome e a pobreza; torná-los mais resistentes às mudanças climáticas, reduzir as emissões e aumentar o potencial da agricultura para a captura e sequestro de carbono atmosférico.
“Temos de começar a colocar em prática uma agricultura de clima inteligente, em estreita colaboração com os agricultores e comunidades”, afirmou o diretor- geral adjunto da FAO do Departamento de Desenvolvimento Econômico e Social, Hafez Ghanem. “Mas não há soluções universais – práticas agrícolas mais sustentáveis devem responder às diferentes condições locais, à geografia, clima e base de recursos naturais”, acrescentou.
“Este projeto vai analisar de perto três países e identificar os desafios e oportunidades para a agricultura de clima inteligente e produzir planos estratégicos adaptados à realidade de cada país”, disse Ghanem. “Embora nem todas as soluções identificadas venham a ser universalmente aplicáveis, podemos aprender muito sobre como os países podem tomar medidas semelhantes e começar a aplicar esta abordagem na agricultura.”
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