De 23 a 25 de novembro de 2011 será realizado em Fortaleza, Ceará,
o I Simpósio de Queijos Artesanais do Brasil.

O Simpósio tem o objetivo de unir profissionais, produtores, pequenas e médias empresas que tenham alinhamento com as ações relacionadas a qualidade, segurança e certificação dos queijo artesanais quanto aos processos de indicação geográfica. O evento também tem como meta discutir estratégias para divulgar no Brasil e para o mundo os queijos artesanais brasileiros. Contribuirá desta forma para a preservação e valorização da produção artesanal de queijos Brasileiros.

LOCAL: Banco do Nordeste
Endereço – Av. Paranjana, 5.700 – bairro Passaré – Fortaleza (CE)
Informaçoes no website
http://www.uece.br/eventos/simposiodequeijos/

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Investimento na agricultura familiar do País aumenta cinco vezes nas últimas oito safras

O crédito para famílias agricultoras quintuplicou nas oito últimas safras, passando de R$ 2,3 bilhões em 2002/03 para R$ 11,9 bilhões em 2009/10, no âmbito doPrograma Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) -. A evolução dos valores foi maior do que o número de contratos, que passou de 904 mil para 1,6 milhão no período (78% mais). Esses dados fazem parte do relatório Estatísticas do Meio Rural 2011, publicado nesta terça-feira (25), pelo Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário (Nead/MDA) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O maior financiamento do agricultor familiar se deu num contexto de aumento do consumo nacional e de uma ampliação dos preços internacionais, que levaram a programas como o Mais Alimentos – que permitiu uma ampliação da capacidade produtiva devido à compra de equipamentos e infraestrutura para a propriedade rural familiar, financiadas em até dez anos, com até três anos de carência e juro de 2% ao ano. O relatório registra essa evolução da demanda no mercado e da produção: a de arroz, por exemplo, aumentou 24,2%, passando de 10,1 milhões de toneladas em 2001 para 12,6 milhões em 2009; e a do feijão cresceu 42,1% no período, passando de 2,4 milhões de toneladas para 3,4 milhões.

Renda – O aumento da renda familiar no campo, entre 2003 e 2009, foi maior para as famílias agricultoras (31,7%, de R$ 1.138 para R$ 1.499) e para os assalariados rurais (38%, de R$ 793 para R$ 1.094) do que para as famílias proprietárias na agricultura patronal (7,6%, de R$ 9.737 para R$ 10.477). A renda das famílias de empregadores e trabalhadores por conta-própria não agrícolas, mas com residência rural, também cresceu: 24,1%, de R$ 1.230 para R$ 1.526.

Esse aumento explica a razão da taxa de pobreza do campo ter reduzido 14,4%, no período – acima da média brasileira (12,4%), de acordo com o estudo.

Jovens – A quarta edição de Estatísticas do Meio Rural traz uma novidade em relação às anteriores, ao buscar dados para a análise das políticas públicas para a juventude no campo – especialmente com relação à educação e saúde. O estudo demonstra a concentração da população acima de dez anos de idade sem instrução (20% do total) no campo e, na outra ponta, a baixa concentração das pessoas com mais de 15 anos de estudo (1,4%). A maior parte dos moradores do meio rural tem de 3 a 4 anos de escolaridade (25,4%) e de 11 a 12 anos (25,1%). O que significa que há três grandes grupos: os que não estudaram, os que fizeram o primeiro ciclo do ensino fundamental e os que fizeram o ensino médio. Com relação à saúde, os números mostram que o morador rural tem pouca cobertura de planos de saúde complementar (6,4%).

Dados – A fonte primária da maior parte dos dados do estudo é o Censo Agropecuário 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que foi cruzado com outras fontes, como o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) ou as compras da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), entre outros.

Fonte: SECOM-PR
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Universidade de São Carlos abre vagas para Mestrado em Agroecologia e Desenvolvimento Rural

Informações gerais

Podem candidatar-se à seleção do Curso de Mestrado em Agroecologia e Desenvolvimento Rural da UFSCar – Campus de Araras, portadores de diploma de curso superior em qualquer área do conhecimento. Os candidatos ao Mestrado terão a solicitação de inscrição analisada previamente pela Comissão do Processo Seletivo, especialmente designada pelo Conselho da Pós-Graduação (CPG) para este fim, para fins de verificação da documentação exigida para a inscrição. Os candidatos que apresentarem documentação incompleta terão a inscrição indeferida, não sendo possível complementar a inscrição após o período de inscrição.

Para mais informações, clique aqui!

Fonte: UFScar
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Artigo da Abrange sobre a liberação do feijão transgênico

 

“Brasil deveria seguir o exemplo da China”

por Ricardo Sousa

No final de setembro deste ano, a nação mais populosa do planeta – a China – anunciou a proibição do plantio de arroz e trigo transgênico. A decisão das autoridades chinesas foi baseada no princípio da precaução, devido à falta de estudos conclusivos sobre a segurança dos transgênicos para a saúde e para o próprio meio-ambiente. A preocupação do governo da China assentou-se também no elevado nível de consumo dos dois grãos, por parte da população chinesa.

No mesmo mês, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), criada no âmbito do Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil, tomou uma polêmica decisão: a liberação do feijão transgênico – um dos alimentos mais consumidos pelo brasileiro.

A medida surpreendeu consumidores, cientistas e ambientalistas não apenas pela velocidade com que a liberação foi aprovada, mas também pelo posicionamento parcial de membros da CTNBio: quinze dos integrantes, que votaram pela liberação, endossaram um abaixo-assinado, semanas antes da votação, manifestando-se pela aprovação do feijão transgênico.

Como os membros da CTNBio são proibidos, por lei, de antecipar publicamente seus votos, entidades de defesa do consumidor e da saúde, como o Conselho de Segurança Alimentar (Consea), dentre outros, estão reclamando a revogação da liberação, em documento oficial enviado à Presidência da República, devido à falta de estudos conclusivos sobre a segurança do novo produto, e pedindo o afastamento dos membros da CTNBio que anteciparam seus votos.

Importa registrar que nada temos, ideologicamente, contra os transgênicos. Entendemos mesmo que a tecnologia poderá das contribuições à ciência. O que não é razoável é assistirmos ao açodamento de decisões que prescindem de pesquisas e estudos comprovando a segurança dos produtos em análise.

O princípio da precaução está sendo exemplarmente respeitado pela nação mais populosa do planeta, preocupada com sua segurança alimentar. O Brasil deveria seguir o mesmo caminho.

Ricardo Sousa
* Diretor Executivo da Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não-Geneticamente Modificados (Abrange)

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