RESUMO DAS PALESTRAS – GREEN RIO – 08 DE MAIO DE 2013
ABERTURA
A mesa de abertura foi composta pelos seguintes convidados:
Maria Beatriz Bley Martins – Diretora do Planeta Orgânica
Armando Clemente – Diretor do Sebrae Rio de Janeiro
Ludovico Wellmann da Riva – Analista da Unidade de Agronegócios do Sebrae Nacional
Antonio Alvarenga – Presidente da SNA – Sociedade Nacional de Agricultura
Aspácia Camargo – Deputada (PV)
Herald Klein – Consul Geral da Alemanha no Rio de Janeiro
Christino Áureo – Secretário de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro
Samyra Crespo – Secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental – MMA
Tomas Inhetvin – GIZ
Representante de Pérsio Davisen – Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República
Durante a abertura, houve a apresentação dos convidados, onde fora concedida a palavra para que todos fizessem uma breve introdução de seus históricos e envolvimento com temas centrados no desenvolvimento sustentável.
Os convidados da mesa foram unânimes quanto a vocação do Rio de Janeiro, tendo em vista sua projeção e exposição frente aos mega eventos que serão sediados e histórico de debates ambientais que ocorreram, como a ECO 92 e recentemente a Rio+20, de ser uma cidade referência no que diz respeito a sustentabilidade e produção de orgânicos. E, para que essa e demais ideias, envolvendo os assuntos ecológicos e socialmente corretos, sejam concretizadas, é necessário que o esforço que se teve ao longo dos anos se mantenha vivo e que se deve pensar sempre na união dos diversos setores trabalhando juntos pela causa, por serem tais assuntos multidisciplinares.
PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEL
Samyra Crespo – Secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental – MMA
A palestrante apresentou os Planos de Políticas Sustentáveis desenvolvidas pelo Ministério do Meio Ambiente, que inicialmente abrangiam temas como descarte de agrotóxico e educação nas escolas, mas que foram reduzidos para que não se interferisse no âmbito de outros Ministérios.
Alguns dos tópicos relacionados ao plano são: Compras Públicas Sustentáveis; Educação para consumo sustentável; Fortalecimento da Agenda Ambiental na Administração Pública; Varejo Sustentável; entre outros.
Grande enfoque da palestra foi dado ao Varejo Sustentável, pois é o varejo que se relaciona diretamento com o consumidor e tem acesso aos seus gostos e preferências. Dentro do plano estão sendo abordadas ações como a busca de redução de sacolas plásticas, que já está em vigor em diversos municípios brasileiros, a parceria com grandes varejistas, para que estes desenvolvam linhas de produção orgânica e, campanha junto ao consumidor, com exclarecimentos sobre formas de descarte de resíduos com a introdução dessas informações nas próprias embalagens dos produtos.
Luiz Carlos Barboza – Sebrae RJ
Consultor da Sebrae do Rio de Janeiro, Luiza Carlos Barbosa apresentou a estratégia inovadora desenvolvida pelo SEBRAE na área de alimentos. A estratégia consiste em analisar toda a cadeia desde sua produção até a chegada ao consumidor para que se identifique os gargálos e potenciais. Luiz Carlos também ressaltou os programas do governo que devem ser associados a esta iniciativa que promoverá valor agregado como diferencial.
Antonio Tavares – Gerente Executivo do Centro de Tecnologia SENAI/Alimentos e Bebidas
O SENAI localizado em Vassouras/RJ dispõe de um Centro de Tecnologia com capacitação para o desenvolvimento de produtos orgânicos. Nele podemos encontrar programas como o “Programa Cozinha Brasil”, onde há o ensino para comunidades carentes sobre o reaproveitamento e utilização dos alimentos.
A proposta do Centro também está ligada a atender aqueles que querem introduzir um novo produto (orgânico ou não) no mercado, auxiliando em seu desenvolvimento e produção. Os serviços oferecidos no local são: educação profissional, consultoria e assessoria tecnológica, pesquisa aplicada e desenvolvimento experimental e serviços laboratoriais.
Virgínia Palmier – APL Moda Rio/Sebrae RJ
A palestrante alertou sobre os resíduos produzidos na indústria da fibra, que também conta com uma produção altamente dependente de agrotóxicos e de grande quantidade de água na plantação de algodão.
Ao final, fora sugerido um novo pensar sobre a moda, respeitando uma ética de valores no consumo, sabendo que não deve-se valorizar o excesso guardado em ármarios e o consumo exarcebado que tem sido pregado nos últimos anos.
PROJETO COSMÉTICO DE BASE FLORESTAL DA AMAZÔNIA – PARCERIA SEBRAE-AM E GIZ
O objetivo do projeto de cosméticos de base florestal é a criação de de um ambiente favorável para geração de produção na amazônia. A GIZ junto ao Sebrae Amazonas propõem a construção de indústrias de cosméticos na Amazônia brasileira, associação com comunidades parceiras, promoção de educação ambiental nas instituições de ensino, entre outros.
PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS E OBJETIVOS DO MILÊNIO
Arthur Cotrim – Actual Ventures
A palestra visa expor a necessidade das parcerias público privadas (PPPs) para alcançar os objetivos do milênio. Alguns itens se encontram na pauta das discussões para investimento em função de atingir tais objetivos, como infraestrutura (portos, aeroportos e estradas), municípios (educação, saneamento e transporte), energia (pré-sal, energia limpa e expansão) e preparação para os eventos globais (Copa, Olimpíadas, Expo 2020).
Segundo um quadro comparativo, os investimentos do governo ainda se encontram aquém do esperado, com a empresa privada tendo maior participação nas ações que apresentam riscos.
Na orientação para que haja sucesso na relação de parcerias, há certos conceitos e pontos que devem ser estudados e analisado, entre eles: análises de risco, identificação dos padrões corretos, foco na eficiência de gestão e baixos custos em relação ao serviço prestado pelo setor público e acompanhamento dos resultados.
CONTRIBUIÇÕES DO TURISMO E DA GASTRONOMIA PARA ALCANÇAR OS OBJETIVOS DO MILÊNIO
Ariane Janer – EcoBrasil
O turismo vem contribuindo significativamente com o PIB nacional e a tendência do setor é crescer ainda mais ao longo dos próximo anos. O tema sustentabilidade na área ainda é recente e através de pesquisas constatou-se que o turista quer sustentabilidade mas ainda não sabe o que é isso.
Hoje já foram criados mecanismos para saber as preferências e sites para que os viajantes pontuem os serviços verdes prestados por hotéis e agências. Há também os sites como o Greenleaders onde os hotéis podem mostrar quais são suas ações verdes.
Há diversas formas com que este setor pode contrubuir com o padrão eco sustentável, os restaurantes podem criar cardápios com opção de menores porções, engajando funcionários, preferindo fornecedores locais e conscientes, realizando coleta da sobra e demais boas práticas ambientais.
Ana Carina Homa – Braztoa
A Braztoa, formada por associações de operadoras de turismo no Brasil, propõem o cumprimento de algumas metas do milênio com ajuda também do desenvolvimento do setor, como por exemplo o combate à fome e à miséria através de um desenvolvimento econômico pela diminuição de sua vunerabilidade por meio da possibilidade de diversificação do mercado e valorização do desenvolvimento local; a igualdade entre sexos e valorização da mulher, visto que o domínio do setor é composto pelas mulheres; qualidade de vida e respeito ao meio ambiente, com iniciativas de empresas comprometidas em adotar atitudes sustentáveis envolvendo todos os elos da cadeia produtiva; e todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento, pelo PBS na busca e embasamento para a formulação de políticas públicas sustentáveis para o segmento de turismo.
Através de seus associados, a Braztoa criou um estatuto de Boas Práticas Sustentáveis (PBS) com objetivo de desenvolver ações sustentáveis para seus membros e indiretamente para a cadeia de turismo, além de promover a cultura da gestão de sustentabilidade, estimular o aumento da competitividade e melhoria na qualidade dos servições.
A Braztoa também criou premiações para contemplar as boas práticas realizada por seus associados.
Teresa Corção – SindRio
Iniciado na Itália, o movimento Slow Food, criado na década de 80 em contraposição aos Fast Foods que surgiram no mesmo período e dominavam a cena gastronômica, tem sido praticado de uma maneira particular no Brasil. Além de se buscar produtos agrícolas tipicamente brasileiros, os chefs envolvidos procuram esses alimentos diretamente em seus produtores, aproximando assim a gastronomia da agricultura.
Marisa Freitas Cardoso – Sebrae
A partir do ano de 2010, o Paque Parnaso localizado na Serra dos Órgãos, com entrada nos municípios de Teresópolis e Petrópolis, ambos no Estado do Rio de Janeiro, passou a fazer parte do programa do governo que tem como objetivo promover parques nacionais e integrar as cadeias produtivas do seu entorno.
As cadeias produtivas englobam os setores de hospedagem, agências de turismo, transporte, shoppings, artesanatos, poder público e alimentos e bebidas. Foi apresentado medidas realizadas por esses setores para a promoção do parque, além de palestras, reuniões e capacitações feitas com os mesmos.
GESTÃO E EFICIENTE E SUSTENTÁVEL DA ÁGUA
Luís Henrique Lima – 2013: Ano Internacional de Cooperação pela Água
O programa hidrológico criado em 1975 promovido pela UNESCO é o único programa intergovernamental das Nações Unidas. Seu objetivo central é propor a investigação, gestão dos recursos hídricos, educação e capacitação, estando adaptado as necessidades dos Estados-Membros (Comitês Nacionais e Pontos Focais).
Os maiores desafios para o programa estão nas transformações das obrigações assumidas em ações reais, concretas, que devem ser implementadas para benefício das pessoas, dos ecossistemas e da biosfera.
Rossini Ferreira Matos Sena – Agência Nacional de Águas: Gerência de Uso Sustentável de Água e Solo
Sendo os agro e ecossistemas fundamentais para a manutenção e a revitalização de aquíderos, o palestrante apresentou o programa do governo “Produtor de Água”, que visa a melhoria da qualidade e da quantidade de água em mananciais, através do Incentivo Financeiro por um programa voluntário onde participam produtores rurais.
Foram apresentadas algumas experiências de quem protege e reflorestas os corpos d’água em suas propriedade e que há retorno proporcional as ações para esses que praticam por parte da ANA – Agência Nacional de Águas.
Nelton Friedrich – Itaipu Binacional: Cultivando Água Boa
O programa Cultivando Água Boa executado pela Itaipu Binacional promove diversas atividades socioambientais através de projetos na área da hidrelétrica e no seu entorno com as comunidades locais inseridas na bacia hidrográfica.
As atividades possuem um processo de sensibilização, informação e capacitação realizado em ações de Educação Ambiental para uma busca de mudança dos modos de ser/sentir, viver, produzir, consumir, viabilizando assim um futuro sustentável.
Nelson Teixeira – Rio Rural: Microbacias 2016
O Programa Rio Rural visa promover o desenvolvimento sustentável do setor agropecuário fluminense, utilizando a metodologia de microbacia hidrográfica a fim de identificar e apoiar iniciativas e arranjos locais que possibilitem a construção de um processo evolutivo contínuo de geração de renda, respeitabilidade ambiental e equidade social, propiciando assim a melhoria da qualidade de vida da sociedade em geral e em especial daqueles que vivem da agricultura familiar.
Foram apresentados algumas intervenções do programa em comunidades e seus sistemas de monitoramento.
Também fora abordado a Campanha Água Limpa para o Rio Olímpico que pretende mobilizar parceiros para promover a proteção de nascentes e conservação de recursos hídricos com meta até as Olimpíadas de 2016.
RESUMO DAS PALESTRAS – GREEN RIO – 09 DE MAIO DE 2013
MEGA EVENTOS, LEGADO E PASSAPORTE VERDE
Cláudio Langone – Ministério do Esporte
O palestrante apresentou a atualização das ações da Câmara Temática do Meio Ambiente e Sustentabilidade que pretende garantir que a Copa do Mundo no Brasil seja uma Copa sustentável, com selo verde, ecologicamente correta, envolvendo áreas de controle de polição, água e luz, dentro dos critérios antipoluentes. O início dos trabalhos começou no final de 2009, consolidando as Câmaras e constituindo núcleos temáticos. O desafio atual é a implementação do programa e como prioridade de execução buscou-se definir projetos para dar foco e superar burocracias e viabilizar sua implementação.
São cinco os projetos propostos em desenvolvimento: Sustentabilidade das Arenas; Brasil Orgânico Sustentável; Mudança Climática; Resíduos, Parques.
Laura de Souza – Assessora da Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional
O Programa do governo nacional Brasil Orgânico e Sustentável, tem como objetivo promover, com foco nas 12 cidades olímpicas, os produtos sustentáveis da agricultura familiar brasileira durante os mega eventos esportivos que acontecerão no país nos próximos anos. Pretende-se também, em uma visão estendida, viabilizar uma nova economia, despertar a consciência das pessoas e gerar novas experiências para os consumidores.
Algumas das metas específicas são: adicionar ao lanche fornecido aos voluntários dos eventos produtos da agricultura familiar através de compras institucionais e promoção de rodada de negócios entre empresários e ofertas de lanches nessas rodadas.
Com esse e outros programas pretende-se deixar um legado para o país, no caso do programa Brasil Orgânico e Sustentável é esperado uma estruturação das cadeias de alimentos orgânicos e sustentáveis com a integração de seus participantes, divulgar iniciativas, reafirmando o compromisso do país com a sustentabilidade e estimulando novos hábitos de consumo.
Daniela Nascimento – Ministério do Meio Ambiente
A Campanha Passaporte Verde é um processo integrado entre o Ministério do Turismo, Ministério do Meio Ambiente e PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), sobre a importância para contribuir com a política nacional de Ecoturismo que inclua um turismo com atitudes de consumo mais responsáveis.
A cidade de Paraty foi escolhida como destino piloto da Campanha Global onde foram implementadas ações de divulgação da Campanha e realizados projetos estruturantes, entre eles, apoio a construção da Agenda 21 local, Programa de Educação Ambiental nas escolas e Fortalecimento do ecoturismo de base comunitária.
A estratégia nacional tem o objetivo de promover uma campanha através da mídia e empresas, como também a formação de parcerias com entidades representativas do setor. Também ter um Design para promover uma forma interativa dos serviços de turismo nos locais que receberão os turistas.
Yêddo Bittencourt da Silva Júnior – Sebrae 2014
O palestrante procurou informar como será a relação das empresas durante a Copa do Mundo no Brasil e outros mega eventos, pois com a vinda de muitos turistas há a busca por entreterimento, consumo e negócios.
A meta visada é colaborar com a gestão empresarial. O início do planejamento é dado pela 1ª ação: questionário (diagnóstico). Após essa etapa, tem-se a elaboração do Plano de Desenvolvimento Empresarial.
A continuidade do planejamento segue pela inteligência competitiva, que representa a forma de informação do setor, para difusão do conhecimento. A forma presencial e virtual visa encontros comerciais, rodadas de negócios e participação em feiras e eventos para a consolidação da central de negócios.
O projeto visa deixar também um legado, com a conquista de novos mercados, com empresas mais qualificadas, realizando mais negócios e mais informadas e inovadoras.
MEGA EVENTOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: VALORIZAÇÃO DA ORIGEM
Silvio Galvão – Presidente da Pesagro
A coordenação do núcleo temático do Projeto Copa Orgânica e Sustentável, Projeto Rio Orgânico 2013, é um colegiado que integra ações propostas. Sua meta é promover o consumo de produtos orgânicos e sustentáveis no Estado do Rio de Janeiro, incluindo deixar um legado para a sociedade através das práticas sustentáveis na produção agropecuária e no meio ambiente, consumo consciênte e sustentável e consolidação da oferta de produtos sustentáveis.
O objetivo geral do projeto é promover o fomento para a cadeia produtiva dos alimentos agroecológicos e orgânicos no Estado do Rio de Janeiro. Os critérios e metodologias são integrados aos programas nacionais.
A Fase 1 do projeto executivo inclui a formação de um cadastro de produtos potenciais, o monitoramento do cadastro, a valorização dos produtos Rio Sustentáveis e a promoção da rodada de negócios com os produtos sustentáveis 2014.
A Fase II é de ordenação da legislação e normativas, identificar gargálos e oportunidades para novos produtos, caracterização da oferta e demanda e a promoção de rodadas de negócios através de grupos de trabalho.
Cláudia Gaspar – Vale do Café
Apresentação da história do café no Vale do Paraíba no século XIX. Descreveu detalhes da história e evolução da cultura na região.
As perspectivas para o futuro do local estão relacionadas ao turismo histórico cultural, agro turismo e turismo rural, produção agrícola com base numa produção orgânica e diferenciada, desenvolvimento baseado em parcerias público/privadas, pecuária leiteira e de corte e industrialização.
Fernanda Cunha – Secretária de Turismo e Desenvolvimento Econômico Vassoras/RJ
A palestrante descreveu a riqueza cultural da Região e do município de Vassouras, assim como o cortejo de tradições como a Folia de Reis. Hoje a região tem um turismo ecológico e produção de alimentos orgânicos. Houve apresentação também dos eventos como o circuito de cachaças e chorinho, festival do café e outros.
Celso Merola – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
O palestrante relatou sobre a experiência com o desenvolvimento rural, mais especificamente, com a região do Vale do Paraíba.
O trabalho do MAPA na região iniciou em Valença, com base no trabalho da Indicação Geográfica de Cachaça, em Paraty, com a organização da cadeia produtiva do café visando fortalecer os produtores. Foi descoberto que o processo é mais complicado quando se trata do café, pela qualidade, pois o estado foi sempre trabalhado de forma ineficiente.
Outro aspecto apontado foi a falta de apoio local, contudo, no MAPA existe uma mobilização para manter os esforços. Existe possibilidades de parcerias com o Instituto Interamericano de Agricultura, IICA, para apoiar o projeto.
Vários projetos estão integrados ao esforço como a produção orgânica de café.
RODOVIAS VERDES
Humberto Oliveira – Assessor da Cooperativa Sem Fronteiras
O Consórcio Brasil Territorial tem o objetivo de combinação de resultados econômicos, socioculturais e ambientais, visando ampliar as oportunidades de trabalho, geração de renda e dinamização econômica dos territórios rurais; identificar, assistir, apoiar, organizar e integrar nos territórios rurais os produtos e serviçoes econômicos que valorizam os aspectos ambientais e sociais; formentar o empreendedorismo local dos territórios e as cadeias produtivas sustentáveis, fortalecendo os setores ligados a agricultura familiar; e diversos outros.
O projeto conta com uma série de aliados estratégicos apoiadores e estratégicos executores, representados pela iniciativa privada, órgãos governamentais, fundações instituídas pelo poder público, organismos de cooperação internacional, organizações não governamentais de formação, assessoria e consultoria, organizações sociais e econômicas de produtores.
A iniciativa objetivou em um primeiro momento a Região Nordeste, visando os desenvolvimentos e crescimentos pela Copa de 2014, possibilitando catalizar oportunidades, inclusão social e dinamização econômica de territórios do entorno.
Sylvia Wachsner – Centro de Inteligência em Orgãnicos: Considerações e Perspectivas para o Setor Orgânico
A apresentação pretendeu através de palavras chaves descrever a situação atual do mercado do Brasil relacionando com a produção de orgânicos. Abordou temas como o “Consumidor fiscalizador”, buscando conscientizar sobre as regularidades dos produtos; “Pensando e Questionando” sobre o posicionamento dos produtos orgânicos brasileiros frente as dificuldades e parâmetros mundiais; “Políticas Públicas” voltadas para atender ao mercado orgânico.
MESA REDONDA – ORGÂNICOS E TENDÊNCIAS DE CONSUMO
Aspásia Camargo – Deputada (PV)
A deputada descreveu o cenário da indústria e agricultura no Estado de forma geral e lamenta a inércia de ações durante vários anos, pois Existe um crescimento no Estado ainda discreto, a agricultura orgânica pode ser uma das alternativas para promover um crescimento mais expressivo.
A agricultura orgânica pode crescer com base na vocação agrícola do Estado. Além da produção, pode promover a cadeia de alimentos orgânicos. Um dos exemplos é o SINDRIO que engloba comercialização desses alimentos.
Informou também sobre o Plano Diretor que acabou com a viabilidade do desenvolvimento da atividade agrícola do município, sendo tratada como uma arrecadação urbana via IPTU, com grandes lotes vistos como invisíveis, permitindo assim que o prefeito retirasse da Zona Oeste a possibilidade de ter áreas rurais. Através dessas ações reduziu-se a alternativa de ter na cidade as hortas e cinturões de segurança alimentar.
Cláudia Cataldi de Souza – Ministério do Meio Ambiente
Resume a história institucional do governo federal que migra para a visão de uma produção agroecológica, com programas que apoiam a produção orgânica, das ações de ensino, da política geral de preços para os mercados institucionais.
O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, PNAPO, considera o Bioma como eixo de entendimento para definir programas e planos de desenvolvimento. No caso do Estado do Rio de Janeiro, localizado no Bioma Mata Atlântica, o foco especial está nos sistemas agroflorestal, mais precisamente os produtos não madeireiros (frutos, folhas, sementes, óleos e ceras).
Uma demanda é o desenvolvimento tecnológico para estes produtos não madeireiros locais. A outra demanda é o processo de certificação destes produtos.
Fabiana Nobre – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
O MAPA iniciou seu contato em 1999 com a agricultura orgânica e internalizou sua história e todo seu processo (rastreabilidade, registros, normativas, promoção do consumo do produto orgânico como ferramenta para apoio a produção).
Uma das funções do MAPA é o cadastro dos produtores orgânicos, atualmente desatualizado, pois desde o início de 2011 po conta da exigência do envio de informações das certificadoras. Há falta também de um sistema informatizado.
Foi relatado o problema devido a falta de sementes orgânicas, a necessidade de estudos de barreiras no Estado do Rio de Janeiro para conter a entrada de material transgênico e também apresentou resultados de um levantamento de pontos de venda em que o produtor comunica-se direto com o consumidor.
Maria Fernanda Fonseca – Pesagro
Apresentou o panorama geral da agricultura orgânica com ênfase nas normas ambientais e sociais que inicialmente foram movidas por negócios, e posteriormente quando a sociedade civil passa a participar neste cenário, a agricultura orgânica entra na discussão.
Decorreu a história da ABIO, iniciada em 1984, através de um grupo de agricultores ou novos produtores que decidem fomentar a produção e a comercialização. Paralelo a este movimento ocorre o processo de normatização e qualificação, com isto a ABIO elaborou as normas, as quais norteou outras certificadoras. Após a lei de orgânicos a ABIO adota a normatização através do sistema participativo de garantia, SPG.
Após um período de problemas com a produção orgânica, em 2010 segue montar o circuito carioca de feiras orgânicas. A ABIO também fomentou os programas institucionais (RAS, PAME).
Recentemente houve a interpreção deste movimento com o programa Rio Rural, visando a mobilização de políticas públicas para fortalecer a agricultura orgânica. A proposta de agricultores que trabalham com as normas. Apresentou o panorama dos agricultores orgânicos no estado do Rio de Janeiro. Houve um aumento expressivo entre 2010 e 2012, no número dos municípios, produtores e produção.
Também apresentou a Rede do Programa Rio Rural que atua em diversas segmentos visando gerar uma política pública para o estado, mostrando os desafios atuais enfrentados.
RIO FOOD VISION: CONSTRUINDO UMA PROPOSTA DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL NAS OLIMPÍADAS 2016
Guilherme Dutra – Conservação Nacional
Descreveu o projeto, já em curso, os parceiros que manifestaram interesse em participar do projeto.
Food Vision é um documento que define pelo que se entende por alimentação saudável, segura, diversa, disponível e sustentável. Tem por objetivo construir uma plataforma para o futuro fomento de alimentos orgânicos e sustentáveis para as Olimpíadas de 2016 baseado em experiências dos desafios e resultados das Olimpíadas de Londres.
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