12.000 AC.
– África Na pré-história, em torno de 12000 A.C., Começaram a surgir como primeiras formas de agricultura e pecuária, junto com a formação das primeiras aldeias agrícolas. Nesse período, o uso do fogo e de algumas ferramentas, assim como do animal esterco, passou a fazer parte do cotidiano dos aglomerados urbanos, os que deram origem às cidades.
da chegada dos portugueses, como populações indígenas que viviam no litoral alimentavam-se, basicamente, de peixes e crustáceos, abundantes na costa brasileira.
Esses restos alimentares deram origem aos fósseis chamados de sambaquis. Além disso, consomem raízes (mandioca, cará) e praticavam a caça de pequenos animais nas áreas próximas à Mata Atlântica.
Século
XVI e XVII / Brasil Os colonizadores europeus, desde o século XVI, realizaram a devastação das vegetações litorâneas brasileiras, iniciados com a exportação do pau-brasil como matéria-prima para tingir tecidos. Posteriormente, através das culturas de exportação, como a cana-de-seguida açúcar pela pecuária extensiva, passando pelos ciclos do ouro, para chegar à exploração do café. Toda a economia era voltada para a exportação. Um continente com terras inexploradas a milhões de anos seria extremamente fértil a qualquer tipo de exploração agrícola. Até porque, conforme escreveu Pero Vaz de Caminha : “… em se plantando tudo dá…”.
Séculos XVII e XIX / Europa
O crescimento populacional e a queda da fertilidade dos solos utilizados após anos de sucessivas culturas no continente europeu, causaram, entre outros problemas, a escassez de alimentos. Nesse sentido, por volta dos séculos XVII e XIX, intensifica-se adoção de sistemas de rotação de culturas com plantas forrageiras (capim e leguminosas) e as atividades de pecuária e agricultura se integram. Esta fase é conhecida como Primeira Revolução Agrícola.
Século
XIX / Europa No final do século XIX e início do século XX, os problemas de escassez crônica de alimentos em solos europeus intensificam-se, levando a uma série de descobertas científicas e tecnológicas: fertilizantes químicos, melhoramento genético, máquinas e motores à combustão. Estas descobertas possibilidadearam o abandono progressivo das antigas práticas, levando a uma especialização dos agricultores tanto nas culturas quanto nas criações.
Inaugurava-se uma nova fase nos sistemas agropecuários, na qual a forma de conceber e gerenciar a atividade rural passa a ser chamada de Agricultura Industrial (AI), Agricultura Convencional ou Agricultura Química. Esta fase é chamada de Segunda Revolução Agrícola.
Em meados do século XVIII e no século XIX, após um crescimento contínuo da grande lavoura de exportação, que se confundiu com a expansão do café pelas serras e vales do interior da província do Rio de Janeiro, começou a aparecer sinais evidentes de que a agricultura brasileira vive uma crise. Esta crise era atribuída sobretudo, à falta de braços (pelo fim da escravidão) e de capitais, além do atraso técnico e administrativo na condução das lavouras.
A maioria dos grandes proprietários acreditava na exploração extensiva dos sistemas de produção, através da expansão das fronteiras agrícolas, abandonando as lavouras atuais quando estas não teve mais satisfatória e indo em busca de novas áreas reiniciando, assim, o ciclo de exploração da fertilidade dos solos. Esta era a cultura nômade de desapropriação do solo brasileiro, na qual pouco se pensava nas consequências negativas dos manejos agropecuários empregados, especialmente no que diz destruição àção florestal.
BRASIL – Século XVIII / XIX
Embora minoria, uma tradição intelectual brasileira, que remonta ao final do século XVIII início do século XIX, formada por estudantes brasileiros na Universidade de Coimbra, começou a reproduzir escritos e memórias onde se condenava o tratamento predatório dado ao meio natural no Brasil. Esta tradição original de crítica ecológica brasileira encontrou sua formulação mais ampla e consistente nos escritos de José Bonifácio de Andrada e Silva, influenciou uma linhagem posterior de intelectuais que garantem a sua continuidade ao longo do período monárquico.
Em torno de D. Pedro II existia um grupo de intelectuais e naturalistas que dirigiam as grandes associações culturais do império, como o Instituto Geográfico Brasileiro e o Museu Nacional. Além deles, políticos e fazendeiros da corte brasileira, na província do Rio de Janeiro, capital da monarquia, foram preocupados com as questões ecológicas.
Dois pilares permitem entender a ecologia política do Brasil setecentista e oitocentista, e perceber a identificação por ela estabelecida entre a modernização tecnológica e a superação do desastre ecológico. A modernização que se queria ser mais ligada com o progresso do mundo rural que uma opção pelo mundo urbano e industrial, chegando a alguns a perceber o mundo urbano como uma variante indesejável da modernidade europeia. A vocação agrícola do país era vista como uma vantagem comparativa em termos civilizatórios, desde que o paisagem rural fosse racionalizado e modernizado (capacitação da mão de obra e o uso de máquinas).
Em linhas gerais, desta forma, a aposta histórica de autores da época como o barão do café Francisco de Lacerda Werneck, de Vassouras-RJ, o intelectual com entrada na corte Guilherme Capanema, o empresário e engenheiro agrônomo Caetano da Rocha Pacova, o fazendeiro Luiz Corrêa de Azevedo do município de Cantagalo-RJ, o colaborador da Revista Agrícola Nicolau Moreira, eram extremamente ecológicas.
Todas as propostas passavam pela superação do trabalho servil, da derrubada, da queimada, da lavoura extensiva e da grande propriedade, em favor de uma ordem rural calcada no trabalho livre, na lavoura intensiva e na propriedade pequena. Uma aposta histórica que, guardadas como grandes diferenças de contexto, não perdeu totalmente a sua atualidade, continuando a ser, ainda nos dias de hoje, um desafio necessário para a democratização da sociedade brasileira.
Do Século XIX à década de 1960
A agricultura moderna tem sua origem ligada às descobertas do século XIX, a partir de estudos dos cientistas Saussure (1797-1845), Boussingault (1802-1887) e Liebig (1803-1873), que derrubaram a teoria do húmus, segundo o qual as plantas obtinham seu carbono a partir da matéria-orgânica do solo (De Jesus, 1985).
Liebig difundiu a ideia de que o aumento da produção agrícola seria diretamente proporcional à quantidade de substâncias químicas incorporadas ao solo. Toda a crédito atribuída às descobertas de Liebig deu-se ao fato de estar apoiada em
comprovações científicas.