Os Congressos Brasileiro e Latino-Americano de Agroecologia ocorreram em Brasília de 12 a 15 de setembro. Durante o evento, houve a Feira de Troca de Sementes Crioulas: feijão de corda, jerimum, milho crioulo, arroz agulhinha, gergelim, cajuzinho do cerrado e muitas outras espécies. A troca de sementes de biomas, Cerrado e Mata Atlântica, Pampa e Amazônia envolveu agricultores familiares, indígenas e povos tradicionais.
A semente crioula é aquela cujo germoplasma (material genético que mantem suas características com o passar do tempo) vem sendo multiplicado por agricultores. Pode ser original do próprio local em que vem sendo cultivada, de outras regiões ou até de outros países. Seu cultivo in loco conduz à adaptação ao ambiente em que se encontra, o que ocorre como resultado da seleção natural, da seleção artificial pelo agricultor ou da combinação de ambas. As sementes crioulas não tiveram sua estrutura genética modificada pela indústria, em um processo de melhoramento genético, e não são, consequentemente, patenteadas por nenhuma empresa.
Durante o evento, foi lançado o livro Diálogos de Saberes: relatos da Embrapa, que tem a pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Terezinha Dias, como uma das autoras, além de ter sido uma das organizadoras da feira de sementes crioulas.
Os Congressos, que contaram ainda com o Seminário de Agroecologia do Distrito Federal, foram promovidos pela Sociedade Científica Latino-americana de Agroecologia (Socla) e Associação Brasileira de Agroecologia (ABA-Agroecologia).
Ao todo, participaram 4.200 pessoas de 22 países.
Fontes: ABA, Embrapa, UFRGS
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