No dia 07 de maio de 2014 foi realizado o painel “Mega Eventos, Legado e Oportunidades de Negócios” no evento Green Rio, Espaço Tom Jobim, Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Participaram deste painel, Leila Luiz (Rio 2016), Fernando Souza (PNUMA), Guilherme Dutra ( Rio Alimentação Saudável) e Nayara Castro ( Sebrae no Pódio). Este painel contou com a moderação de Geiza Rocha, Secretária-Geral ALERJ- Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro Jornalista Roberto Marinho.

Não foi possível concretizar o sonho de uma Copa do Mundo Orgânica,mas pelo menos a sustentabilidade não será deixada de fora. “Fizemos um grande inventário e os turistas que virão assistir aos jogos da Copa terão nas mãos informações sobre restaurantes, hotéis e roteiros para um turismo sustentável”, afirma Fernando Henrique de Sousa, do PNUMA, que lança a partir do dia 20 de maio a campanha “Eu cuido do meu destino”, para promover ações de turismo e de sustentabilidade durante os eventos nas cidades sede dos jogos.

Em paralelo à campanha, que será digital e interativa, serão realizadas jornadas de sustentabilidade reunindo representantes das secretarias de turismo e de meio ambiente municipais promovendo temas como consumo eficiente, uso racional de água, gestão de resíduos, redução do desperdício de alimentos, responsabilidade social com o entorno e finanças para a sustentabilidade. “Grande parte das emissões de gases de efeito estufa durante o período da Copa do Mundo virá do deslocamento dos turistas estrangeiros e brasileiros para assistirem aos jogos, dos restaurantes e da hotelaria. Calcula-se algo em torno de 76% das emissões. O grande ganho deste projeto foi a criação de um cardápio de experiências e um banco de boas práticas em sustentabilidade que divulgam o País e criam um legado para estas cidades”, explica Souza, que divulgou o perfil da campanha no Facebook para quem quiser acompanhar e conhecer as dicas (www.facebook.com/passaporteverde2014).

Se na Copa os orgânicos não entraram na lista dos legados, em relação as Olimpíadas de 2016 há grandes chances de expansão do mercado de orgânicos no estado do Rio de Janeiro. “Um dos grandes legados da área de alimentação será o ganho de escala e a redução do preço final para o consumidor no pós Jogos”, prevê Leila Luiz, responsável pela área de alimentos do Comitê Rio 2016. Na terceira edição do Green Rio, no Jardim Botânico, os convidados do painel “Mega eventos, sustentabilidade e geração de negócios” apresentaram na tarde do dia 7 de maio, as ações que estão mobilizando produtores, consumidores e o comitê organizador dos Jogos Olímpicos para garantir que as 14 milhões de refeições que serão servidas durante os Jogos Olímpicos em 2016 se não completamente orgânica contenham ingredientes certificados e produzidos de acordo com as melhores práticas.

“Estamos trabalhando uma série de recomendações para o Comitê Olímpico sobre as certificações e alimentos disponíveis hoje, além do potencial de crescimento até 2016”, afirmou Guilherme Dutra, membro da Secretaria Executiva da Rio Food Vision, iniciativa coordenada pela Conservação Internacional e pelo WWF-Brasil, que reúne outras organizações não governamentais voltadas a preocupações ambientais. Segundo Dutra, o objetivo é dar continuidade ao que começou a ser implantado nos Jogos de Londres. e trabalhar em parceria com o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio na conscientização das pessoas sobre o que é, exatamente, a alimentação sustentável e tudo o que envolve o universo da cadeia produtiva de uma mercadoria. “Já fizemos um primeiro inventário elegendo alguns grupos de alimentos, as certificações existentes e as quantidades produzidas hoje, bem como sua capacidade de expansão e isso nos deu uma agenda”, explicou Dutra.

De acordo com Nayara Castro, que integra a equipe do Sebrae no Pódio, programa que capacita e mobiliza micro e pequenas empresas para que elas possam fornecer para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, tudo nas Olimpíadas é enorme, as quantidades são grandes, mas há oportunidades em muitos setores, e principalmente na área de alimentos. “Fizemos um grande mapeamento nos pólos produtivos do Sebrae em todo país e estamos capacitando empresas nos mais diversos setores para que elas possam fornecer para os jogos. No caso da alimentação isso ocorrerá provavelmente de forma indireta através do fornecimento para os caterings contratados para atender aos Jogos”. Sobre a preocupação com a necessidade do aumento de produção apenas para os Jogos e a sustentabilidade das empresas, Nayara explicou que durante a capacitação as empresas interessadas produzem um plano de negócios, que mostra de forma clara os investimentos que deverão ser feitos pela empresa para fornecer para os Jogos e posteriormente. “As Olimpíadas são de fato uma grande oportunidade de alcançarmos outro patamar no que diz respeito à qualidade de serviços, da produção e do mercado como um todo”, concluiu a jornalista Geiza Rocha, que moderou o painel.

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