O IBD detém a maior fatia do mercado de certificação no Brasil. O selo IBD é o certificador mais conhecido do público consumidor com 44% de identificação na hora da compra, de acordo com pesquisa feita no ano passado pela Organic Services. É a única certificadora 100% brasileira reconhecida na Europa, EUA e Japão e tem crescido nos últimos anos em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Projetos de certificação em parceria com o Sebrae de vários Estados têm alavancado grande número de pequenos produtores que querem se tornar orgânicos. O Brasil tem enormes vantagens nesse cenário como área disponível, e boa base produtiva com 90.000 produtores declarando-se orgânicos no último censo do IBGE, tem disponibilidade de crédito e mercado em expansão.

“A curva de crescimento do IBD é ascendente nos três últimos anos, a 20% ao ano. Nosso Know How  acima da média do mercado nacional provém de décadas de atuação em certificação, dos relacionamentos internacionais e da equipe altamente capacitada. Fomos pioneiros na certificação para exportação do orgânico brasileiro, temos 50 inspetores em diversos países para atender a lei nacional, mais de 40 inspetores no Brasil, parceria estratégica com 20 certificadoras internacionais e atuamos em 12 países como China, Bélgica e França com o selo Eco Social”, conta Alexandre Harkaly, o diretor executivo do IBD.

“Percebemos aumento no consumo interno porque as vendas nos supermercados têm crescido, como a do Pão de Açúcar, que anunciou R$ 60 milhões em vendas no ano passado. O agronegócio orgânico movimenta US$ 60 bilhões em todo o mundo, e no Brasil, cerca de US$ 200 milhões. Nossos desafios internos estão na falta de conhecimento do consumidor quanto aos malefícios dos agrotóxicos à saúde humana e na dificuldade que o consumidor tem em relacionar problemas socioambientais aos hábitos cotidianos de consumo”, afirma Harkaly.  E completa: “Há forte crescimento de investimentos de grandes indústrias interessadas em oferecer alimentação saudável com os orgânicos, biodinâmicos e sustentáveis o que alavanca toda a cadeia de produção”.

Saúde e Meio Ambiente

Dados preliminares do estudo que está sendo realizado pela Universidade de Newscastle, no Reino Unido, financiado pela União Européia, indica que frutas e vegetais orgânicos possuem, em relação aos seus similares não-orgânicos, até 40% mais antioxidantes, substâncias relacionadas à diminuição dos riscos de câncer e de doenças cardiovasculares. O leite orgânico pode conter até 80% mais antioxidantes do que o comum. Os orgânicos também teriam maior teor de sais minerais como ferro e zinco. Os resultados sugerem ainda que eles contêm menos ácidos graxos trans, considerada a gordura mais prejudicial à saúde. O estudo, que começou há três anos, está em andamento. Foram analisadas frutas, legumes e rebanhos orgânicos e não-orgânicos cultivados ou criados lado a lado em vários locais da Europa.

“O agrotóxico contamina os rios, o peixe que serve de alimento à ave e contamina o homem e toda a cadeia alimentar. No final, em relação ao início dessa cadeia, a concentração do agrotóxico pode ter aumentado milhares de vezes. São freqüentes os envenenamentos agudos e crônicos de trabalhadores no campo. Quem, no calor brasileiro, quer usar os caros e desconfortáveis equipamentos de proteção? Além disso, o homem rural brasileiro não tem idéia dos efeitos, no longo prazo, dos agrotóxicos no seu organismo”, alerta José Pedro Santiago*, membro do Grupo Gestor do IBD, engenheiro agrônomo e representante titular do Fórum das Certificadoras na Câmara Setorial da Agricultura Orgânica – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

“As nascentes e cursos d’água no Brasil têm sofrido um processo de destruição da mata que os envolve, a chamada mata ciliar. Para realizar a certificação orgânica, o IBD exige que essas matas sejam recompostas e isso tem recuperado muitas fontes d’água. A agricultura orgânica proíbe as queimadas, especialmente dos pastos, exige a manutenção ou a recuperação de matas ciliares e reservas arbóreas nas unidades de produção,  exige barreiras vegetais formadas por árvores. Tudo isso recupera e protege nascentes e rios e ajuda a manter a biodiversidade”, afirma Santiago.

O IBD é responsável pela certificação dos principais produtores de orgânicos no país, desde produtos in natura até indústrias como a Usina Jalles Machado, a Agropalma, Native e JBS. O IBD desenvolveu ao longo dos anos outros selos como o orgânico EcoSocial que aprimora os investimentos sociais nas produções orgânicas com programas específicos socioambientais e comércio ético. É a única certificadora da América Latina credenciada ao RSPO – Roundtable on Sustainable Palm Oil – e que oferece a certificação do óleo de palma que é permeado por questões polêmicas e grandes desafios ambientais, e usado por indústrias de diversos setores, o BONSUCRO voltado a produção sustentável da cana de açúcar e o INTEGRA, um programa socioambiental e de comércio justo aplicado a produtos e processos não orgânicos.  O IBD também é responsável pela aprovação de mais de 100 produtos utilizados nos insumos da produção orgânica.

www.ibd.com.br

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