Atualmente, a legislação da USDA (órgão equivalente ao Ministério da Agricultura no Brasil) permite que a produção orgânica não utilize obrigatoriamente o solo. Isto vem causando muita reclamação de produtores orgânicos no país nos últimos anos e está na pauta da próxima reunião da Comissão Nacional de Padrões Orgânicos do país.

As definições não são totalmente claras quanto a diferenças nos conceitos de hidroponia, aquaponia, ou até como biopônico. Entretanto, todos utilizam, da mesma forma, a água ou sistemas container (através de compostos) como principal base para produção, e não diretamente o solo, que é o principal motivo dessa discussão.

O Senado americano entrou no assunto por uma comissão própria. O senador Pat Roberts comentou que a insegurança a respeito cria dúvidas e falta de transparência quanto ao consumo de orgânicos para o consumidor, além de impedir que produtores utilizem novas tecnologias.

De acordo com Linxey Dixon, analista do Cornocopia Institute, “as fazendas orgânicas promovem comunidades biodiversas de microorganismos no solo por compostagem, cultivo de cobertura e ciclagem de nutrientes”. Segundo a pesquisadora, discutir sobre plantio como orgânico sem obrigatoriedade do solo só atrapalha o sistema orgânico de produção no país.

O representante da Wholesum Harvest, um dos principais produtores do sistema aquapônico com certificação USDA no país, afirmou na comissão do Senado dos Estados Unidos que obrigar a utilização do solo irá reduzir drasticamente o consumo de orgânicos no país.

No Brasil, a legislação exige que a produção orgânica seja feito em solo. Na União Europeia, a nova legislação, em fase final de discussão, também prevê a obrigatoriedade do uso do solo para todos os países membros.

Fonte: Planeta Orgânico (com dados da USDA e Cornucopia Institute)

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