Por oito votos a sete, a comissão nacional de padrões orgânicos (NOSB) dos Estados Unidos permitiu a produção de “hidropônicos orgânicos”. O produto hidropônico não utiliza o solo na produção de verduras, mas sim a água e estufas, assim como sistemas semi-hidropônicos, através de porções de substratos ensacados. “Aquapônicos orgânicos” também foram liberados, onde também são utilizados peixes para fornecer nutrientes na água. Atualmente, há mais de cem operações de produção hidropônicas qualificadas como orgânicas, de acordo com website “The Packer”.

Foi proibida pela comissão a produção de “aeropônicos”, sistema onde sequer a água fica em contato permanente com a raiz do vegetal, que é apenas umedecida por aspersores. Entretanto, a USDA (Departamento de Agricultura) ainda precisa analisar a recomendação da NOSB a respeito desta proibição, enquanto o hidropônico orgânico já é permitido.

Campanhas foram realizadas nos dois sentidos – de liberar ou proibir – antes da votação. A National Organic Coalition argumentava que uso do solo é um dos princípios da agricultura orgânica, através de sua regeneração e saúde. Por outro lado, empresas produtoras de hidropônicos, como a Wholesum Harvest, argumentam que a permissão irá aumentar significativamente o acesso à população a produtos sem defensivos químicos. Investimentos em hidroponia e aeroponia já envolvem grandes empresas, como a Microsoft e IKEA.

Pela legislação brasileira, o uso do solo é obrigatório para que o produto seja reconhecido como orgânico. Na União Europeia, nova regulamentação prevê também a obrigatoriedade do uso do solo.

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