GREEN RIO 2012

Report sobre as reuniões

DIA 19/06

COPA ORGÂNICA E SUSTENTÁVEL

14h00 – Mesa Redonda: Copa Orgânica e Sustentável
Claudio Langone – Coordenador da Câmara Temática de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Copa 2014
Arnoldo Campos – Diretor do Dept. de Renda e Agregação de Valor da Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário
Rogério Dias – Coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Silvio Galvão – Presidente da Pesagro
Deputado Joe Valle
Moderação: Maria Beatriz Martins Costa – Planeta Orgânico

Arnoldo Campos – Diretor do Dept. de Renda e Agregação de Valor da Secretaria da Agricultura Familiar, Ministério do Desenvolvimento Agrário

O palestrante Arnoldo Campos começou com uma pequena explanação sobre essa iniciativa da Copa Orgânica que se iniciou junto com o ministério do esporte, aproveitando a visibilidade que o Brasil terá já que receberá a Copa do Mundo de Futebol em 2014. Explicou como se poderia trabalhar o avanço da agenda sustentável do país. Frisou bastante quanto à importância de ter uma data definida para acontecer, pois assim tudo terá de ser feito até essa data, sem extrapolar, pois se isso acontecesse, fugiria da proposta da ideia.

Explanou sobre diversas atividades que estão sendo desenvolvidas como as Diretrizes de Sustentabilidade, Câmara temática e os projetos prioritários já definidos.

Arnoldo deixou bem claro os objetivos da Copa Orgânica e Sustentável e frisou quanto à necessidade de um maior desenvolvimento na legislação de iniciativa orgânica e agroecológica, além de envolver o setor da gastronomia e a valorização das pessoas que consomem qualquer tipo de produto que tem origem orgânica e/ou sustentável, e também valorizou essa iniciativa devido ao grande consumo de alimentos, bebidas e a grande procura na área hoteleira na Copa de 2014.

Esclareceu quanto ao legado de uma realização dessa Copa Orgânica e Sustentável que seria a inserção social, geração de emprego e renda e preservação ambiental.

Rogério Dias – Coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Rogério, falou sobre a grande importância de ter uma conscientização dos consumidores em entender que existem diferentes maneiras de produzir um alimento e em contrapartida estimular e criar mecanismos para que a produção também aumente, além sobre a necessidade da geração de políticas publicas para apoiar e vencer os gargalos que existe hoje.

Silvio Galvão – Presidente da Pesagro

Silvio Galvão explanou quais são as expectativas da Copa Orgânica no Rio de Janeiro, enfatizando a oportunidade que terá para reestruturar o setor, desenvolvimento de programas e produtos sustentáveis com a consolidação de mercado, geração de renda, inserção social e respeito ao meio ambiente, além de grande investimento em assistência técnica e além disso falou do planejamento dos próximos tempos até a Copa de 2014.

Joe Valle – Deputado Distrital

Deputado Joe Valle explanou sobre o que tem sido feito em Brasília, como investimento com pagamento por serviços ambientais, estruturação de política de resíduos sólidos, melhor organização no escoamento da produção dos produtores orgânicos, alimentação escolar, etc. e frisou sobre a importância de haver mais diálogo entre as secretarias existentes (agricultura, turismo, etc.).

Ao final houve um pequeno debate com perguntas dos expectadores aos palestrantes e um discurso final motivante da mediadora e organizadora do evento Maria Beatriz.

ORGÂNICOS NO PÃO DE AÇÚCAR

16h00 – Orgânicos & Pão de Açúcar
João Edson Gravata – Diretor Nacional do Pão de Açúcar
Helio Nishimura – Diretor da Área de Desenvolvimento de Orgânicos

Hélio Nishimura – Diretor da Área de Desenvolvimento de Orgânicos

Hélio contou sobre a evolução da cadeia produtiva do pão de açúcar, explanando sobre o cenário anterior, objetivos da empresa e o cenário atual, e citou um grande investimento no desenvolvimento técnico dos fornecedores. Interesse da empresa quanto as informações do local produzido, da forma que se produz, se tem algum tipo de sustentabilidade, se tem mão de obra infantil, poluição de rios, etc. Contou diferentes exemplos sobre as relações da rede Pão de Açúcar com seus produtores e também a logística que eles desenvolveram na empresa para estruturação da cadeia produtiva e a possibilidade que o consumidor tem de acompanhar o que está comprando com o rastreamento e a inclusão da tecnologia. Enfatizou sobre o controle de qualidade intenso que existe com os produtos da empresa e o programa de incentivo ao produtor que possuem.

João Edson Gravata – Diretor Nacional do Pão de Açúcar

João Edson mostrou o crescimento que a empresa deve nos últimos anos com produtos orgânicos de sua empresa. Explanou sobre as atividades ambientais realizadas e a construção de mercados verdes pelo Brasil e mostra que o investimento em produtos orgânicos é uma das principais estratégias da empresa hoje, pois ela vem obtendo cada vez mais espaço no mercado. Além disso, mostrou números da empresa e projeções pros próximos tempos e os trabalhos de comunicação e marketing realizados. Falou da importância da comunicação para inclusão da cultura dos orgânicos não estabelecida em massa hoje em dia.

Mesa Redonda Orgânicos, Indicação Geográfica e Comércio Justo: Valores

16h30h – Mesa Redonda Orgânicos, Indicação Geográfica e Comércio Justo: Valores
Sylvia Wachsner – Coordenadora do Centro de Inteligência em Orgânicos
Fernanda Fonseca – Pesquisadora da Pesagro
Gilberto Mascarenhas – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Fátima Rocha – Presidente da MegaMatte / ABRAF
Ming Liu – Coordenador do Projeto Organics Brasil
Moderação – Alexandre Harkaly – IBD

Moderação – Alexandre Harkaly – IBD

O grande desafio é conseguir trabalhar as questões sociais, ambientais e econômicas na direção de algo que pra humanidade é bastante nova. Ele define que esse conceito de economia verde é novo e que existe uma ampla liberdade para que todos achem o seu caminho e sua trilha para começar a criar juntos esse conceito. Os respeitos ao valores, adaptação da tecnologia das realidades regionais é algo que está comum entre os setores como Orgânico, Comércio Justo, Identificação Geográfica. Todas elas elevam o valor do produto e leva a consciência do consumidor algo relevante. O palestrante explorou bastante a necessidade de se estabelecer qual seria o mínimo e o máximo que o planeta suporta para, a partir daí, tomar atitudes perante a esse mínimo e máximo. Citou um grande problema do capitalismo perante esses máximos e mínimos que nunca foi estabelecido nesse sistema econômico.

Sylvia Wachsner – Coordenadora do Centro de Inteligência em Orgânicos

Sylvia citou alguns objetivos como de contribuir para o fortalecimento da cadeira produtiva dos orgânicos como oferecer a inteligência do produtor ao mercado, criar parcerias, gerar conhecimento etc. De um modo geral seria se aproximar do produtor para estabelecer estratégias para que haja uma melhoria no setor Orgânico. Citou algumas atividades que o Centro de Inteligência exerce, sempre objetivando a produção de pesquisas e a saída dessas pesquisas para o campo. Silvia cita o conceito de Economia Verde do sociólogo Boaventura Santos do qual afirma que esse conceito tem diferentes significados para a agricultura convencional e a agricultura orgânica, por isso é um conceito que ainda está sendo construído.

Para a palestrante, a economia verde é a construção de economia justa e sustentável e deve permitir que todos ganhem (conceito win-win), desde o produtor, até o consumidor, com práticas de construção de parcerias desde a empresa privada, cooperativas, até os consumidores. Defendeu que os produtores rurais, agricultura familiar e a produção orgânica (visando boas praticas de agricultura) são peças chaves para o desenvolvimento sustentável, beneficiando não só o meio ambiente como a saúde das pessoas. Citou também a grande importância da preservação da água, mesmo se tratando de Brasil. Falou sobre a DAF (desenvolvimento da agricultura familiar), como ferramenta de economia municipal que inclui os produtores familiares na sociedade, criação de renda, melhoria social dos cooperados, etc. A certificação e o comércio justo dão valor ao produtor, além de oferecer melhores produtos, e transparência ao consumidor. Com isso, o objetivo do Centro de Inteligência é agregar valor a todos os atores da cadeia.

Fátima Rocha – Presidente da MegaMatte / ABRAF

Começou sua palestra enfatizando bastante sobre a necessidade da Informação e comunicação a respeito do tema da sustentabilidade. Explicitou bastante o sistema de Franchising que vem tendo grandes resultados nas empresas. Mostrou um novo sistema do Franchising de sustentabilidade, explicitando diversas ações sociais e ambientais feitas nesse sistema. Falando sobre a Mega Mate, mostrou a dificuldade de se achar produtos orgânicos em escala para sustentar uma empresa que tenta se basear no sistema orgânico. Falou sobre a dificuldade sobre os dois lados, do produtor e do consumidor, pois mesmo se hoje houvesse uma grande conscientização na população de consumir produtos orgânicos e os varejistas comprarem, os produtores não teriam a capacidade de fornecer para todos esses produtos, pois ainda não existe incentivos para que isso ocorra. Citou também sobre o comércio justo, dizendo que a grande maioria das pessoas no Brasil ainda não sabem o que é esse sistema. O comercio justo sendo algo que a empresa valoriza o produtor, auxilia e estimula o desenvolvimento dele, etc. Mostrou a tamanha dificuldade de se certificar como comércio justo, pela grande burocracia que este exerce. Falou sobre a empresa que tem uma equação que se busca trabalhar com uma alimentação adequada, o bem estar social e a responsabilidade social, mostrando alguns produtos que a empresa vende, mesmo não sendo em sua totalidade produtos orgânico, como tanto gostaria. Procura-se trabalhar da maneira mais saudável possível, não vendendo cigarros, nem produtos com fritura e da dificuldade de não vender refrigerantes pela grande demanda que o franqueado e os clientes exercem sobre a empresa. Além disso explicitou alguns projetos que a empresa apoia de bem estar social. Ao final falou sobre a visão da empresa com o termo visão “econológica”, que explora claro, o financeiro mas sempre com objetivo e foco na lógica do respeito ao meio ambiente e ao ser humano.

Gilberto Mascarenhas – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Gilberto começou a palestra indagando quem conhece o conceito de indicação geográfica, complementando que muitas pessoas ainda não sabem o que é isso. Além disso, fez diversas perguntas ao público para desmistificar esse conceito. Falou sobre as perspectivas de consumo de produtos sustentáveis, exaltando a importância das mudanças dos paradigmas de consumo. Falou sobre o conceito da produtividade malthusiana do qual diz que o planeta deve produzir muitos alimentos com adubos químicos, agrotóxicos, pois se não a população vai morrer, sendo um conceito falso, pois nunca se produziu tantos alimentos e houve tanta fome ao mesmo tempo e que na verdade o problema hoje não é a falta de alimentos e sim a distribuição desses alimentos. Explicitou também a importância da valorização do local da produção, da importância da mudança de pensamento do consumidor sendo mais valorizada a forma, como e aonde esse alimento foi produzido. Gilberto falou sobre a grande importância da “descomoditização”, pois cada alimento tem seu valor, sua diferença, não podendo assim sendo tratada como uma simples commoditie, além de várias outras ações que devem ser feitas para valorizar o produtor e os produtos.

Enfatizou-se bastante sobre a indicação geográfica e a importância de cada produto ser diferenciado, pois cada produto é influenciado pelo clima, pela forma de produzi-los, mesmo sendo o mesmo produto e sobre dois tipos de Indicação geográfica – de procedência e de origem, citando alguns exemplos. Esses produtos, se certificados como IG, podem ser valorizados e ser vendidos para o exterior com preços diferenciados, estimulando assim o produtor. Além disso, finalizou dizendo que o Brasil tem muito que evoluir nesse assunto, e explicitou medidas para que essa prática seja estimulada.

Ming Liu – Coordenador do Projeto Organics Brasil

Falou sobre seu trabalho que executa que se implica num projeto de promoção internacional, vendendo o conceito de produtos orgânicos do Brasil. Disse que o Brasil tem sido divulgado de uma forma muito positiva em relação a esse tema, porém também tem seus aspectos negativos na questão social principalmente, em infraestrutura e logística por exemplo, criando uma imagem de antagonismo. Citou alguns dados mundiais sobre a Economia Verde e citou a grande perspectiva do campo como forma de economia. Falando sobre os orgânicos, disse que tem uma legislação relativamente nova e citou a falta de estatística sobre o tema, devido a essa nova legislação. Exemplificou o mercado de orgânicos em alguns países do mundo como forma de estimular o Brasil, que tem muitas projeções nos próximos anos. Citou que o Brasil tem uma grande vantagem em relação aos outros países, pois tem suas particularidades como grande biodiversidade, diferenças culturais, etc. Falou da importância das ações governamentais que vem começando a contribuir para um país mais sustentável, explicitando algumas delas. Por fim declarou que todos já estão incluídos nessa economia verde e que cada um já faz parte dessa batalha do desenvolvimento sustentável.

DIA 20/06

Investidores Verdes:

10h00 – Investidores Verdes
Arthur Cotrim – Presidente da Actual Ventures
Antonio Gaspar – Presidente do Instituto Ventura
Nicolas Landolt – Diretor Executivo AxialPar
Moderação: Fabio Ramos – Diretor Executivo Agrosuisse

Arthur Cotrim – Presidente da Actual Ventures

O primeiro palestrante declarou que vem implementando uma plataforma que junta investidores por um lado e projetos socialmente e ambientalmente sustentáveis de outro. É um empreendimento que vem recebendo grandes investimentos e explicou de um modo geral como funciona essa nova forma de investimento. Explicitou um pouco dos perfis dos investidores, dizendo que tem muitos interessados a fazer algum tipo de negocio. Citou que alguns investidores nos EUA buscam alguns investimentos que tenham algum tipo de certificação, além de tendências a exigir compromissos com sustentabilidade. Destacou alguns pontos importantes que projetos precisam para conseguir investimentos, como boa apresentação do projeto, descrição clara da necessidade do capital e do uso do mesmo, etc. Destacou a importância também do investimento governamental em projetos de sustentabilidade.

Antônio Gaspar – Presidente do Instituto Ventura

A princípio ele passou um vídeo sobre o instituto, mostrando suas atividades e princípios. Depois explicitou suas funcionalidades, sistema de gestão e procedimentos do instituto e declarou que o instituto é uma organização social, mas também opera como um fundo de investimento, participando do negocio e oferecendo capital. Citou alguns critérios para viabilidade do investimento do instituto, sua situação atual e sua formas de investimento e citou alguns exemplos de sucesso de investimentos e alguns desafios enfrentados.

Nicolas Landolt – Diretor Executivo AxialPar

O palestrante começou contando o trajeto de sua empresa e a percepção da empresa perante a sustentabilidade. Em seus trabalhos sempre procuram equilibrar as diferenciações entre homens e mulheres, salário justo, gratificações, etc. Citou alguns investimentos, com assistência técnica e auxilio financeiro. No final citou que a empresa ainda é focada no agronegócio, porém está sempre aberta a outras opções com tanto que haja uma conversa e um planejamento bem fundamentado e viabilidade.

No final, o mediador Fabio fez alguns comentários como a grande importância de haver assistência técnica para que os investimentos deem certos e que essas empresas estão de fato contribuindo para isso. Além disso, houve uma abertura de dúvidas do publico para os palestrantes.

Economia verde e biodiversidade

11:30 – Painel: Biodiversidade e Economia Verde
Abertura: Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello
Hans Joehr – Corporate Head of Agriculture, Nestec Ltd.
Luiz Augusto Mesquita de Azevedo – Diretor-Presidente da Fundação de Tecnologia do Acre (FUNTAC)
José Renato Cagnon – Gerente da Unidade Industrial de Benevides-PA, Natura Ind. e Comércio de Cosméticos S.A.
Daniel Sabará – Corporate Director Health and Personal Care, Beraca S.A.
Jedielcio Oliveira – Coordenador do Programa de Produção Orgânica, FVPP
Manoel Monteiro – Superintendente da COOPERACRE
Moderação: Maria Beatriz Bley Martins Costa

Tereza Campello – Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

A ministra começou seu discurso falando sobre uma novidade que se fez no rio +20, que é a introdução no debate a inclusão social e a preservação ambiental. Falou sobre a dificuldade de se caminhar para uma economia saudável e inclusiva e da importância de tomar decisões políticas que viabilize isto. Além disso despertou que a crise financeira que o mundo enfrenta se contrapõe ao modelo econômico proposto, pois a crise implica na diminuição dos gastos para não se afundar de vez porém ao mesmo tempo tem a necessidade de ter uma população com renda para que a economia gire e a importância do avanço no ponto de vista social e ambiental em momentos de crise como o atual. Disse que é possível sim construir um novo modelo que envolve o social e o ambiental organizando esse novo modelo. Explanou exemplos de programas governamentais como o bolsa família, merenda escolar com a valorização do produto de agricultura familiar como algumas ferramentas para que essa evolução ocorra. Falou do plano socioambiental, que enaltece a riqueza natural do país, riqueza regional, valorização das comunidades de agricultura familiar e a inclusão dessas pessoas que não eram incluídas na sociedade. Falou da importância da parceria do governo com empresas, com trabalhadores e fortalecimento das cooperativas para uma evolução social e ambiental. Além disso explanou sobre o Piso Sócio Ambiental que é junto ao bolsa família que são bolsas verdes que recebem um valor adicional para que elas ajudem a cuidar do ativo ambiental. Finalmente, fez um apelo às empresas para que a agenda sócio ambiental faça parte da estratégia e do negocio do setor do empreendimento, explicando algumas formas efetivas que isso possa fazer efeito na sociedade, além de ações como a qualificação profissional da população.

Hans Jöhr – Corporate Head of Agriculture, Nestec Ltd.

Inicialmente falou de um programa que se chama “Farms connect” que de uma forma geral incluem produtores da matéria prima para a empresa em boas praticas e mudanças de praticas não sustentáveis para pratica agrícola sustentável. Explicou um pouco da ideia que a Nestlé tem hoje da economia do mundo, e que além da economia quebrada, também está sendo enfrentado uma população que envelhece, tendo muitos problemas de infra estrutura de saúde. Explicou a importância de ter em foco o ser humano, o consumidor para ter uma sociedade harmônica social, economicamente e socialmente. Alertou sobre o jeito que vivemos hoje em dia que seria necessário 2 planetas para se sustentar, ou seja, já não é sustentável, ainda mais falando da indústria da finança. Concluiu dizendo que o desenvolvimento sócio ambiental tem que ser econômica também. Pois se não tem esse mesmo paradigma do desenvolvimento sustentável para a economia, jamais terá a sustentabilidade.

José Renato Cagnon – Gerente da Unidade Industrial de Benevides-PA, Natura Ind. e Comércio de Cosméticos S.A.

Começou a falar sobre a experiência que a empresa teve na implantação de uma unidade industrial e desenvolvimento de cadeias de cooperativas, famílias, e citou que o pilar do trabalho é a inclusão e valorização desses produtores. Falou da experiência que a natura teve com o cacau na transamazonica como o grande desenvolvimento da produção e enalteceu a importância do fortalecimento institucional para progressão e desenvolvimento do trabalho. Explanou também a situação atual da empresa e suas ações socioambiental e afirmou que hoje em dia 10% das matérias primas da natura é proveniente da sociobiodiversidade e que até 2022 a meta é chegar a 30%.

Jedielcio Oliveira – Coordenador do Programa de Produção Orgânica, FVPP

Jedielcio, parceiro da natura, contou um pouco da experiência dessa parceria da natura com esses produtores, dizendo também a dificuldade de produzir uma matéria prima de qualidade que atenda todos os pré requisitos que a empresa exige. Falou da importância do consumidor se conscientizar para que exija produtos sustentáveis e de parcerias de empresas com os produtores para valorização do mesmo.

Daniel Sabará – Corporate Director Health and Personal Care, Beraca S.A.

Falou que a sua experiência que tem de ter uma empresa que tem uma conexão com comunidades e das comunidades com a cadeia final da matéria prima. Disse que trabalham com o múltiplo uso da floresta e Explanou sobre dificuldades que as empresas tem de enfrenta para ser parceiras do governo. Falou também das parcerias estabelecidas e fez um apelo para que haja outros incentivos de diferenciação e um alerta ao grade incentivo como crédito ou isenção fiscal que empresas de mineração, petrolíferas que utilizam energia fóssil possuem , e que empresas que de fato investem em erradicação da pobreza e desenvolvimento social não recebem ou recebem em sua parcialidade.

Manoel Monteiro – Superintendente da COOPERACRE

Explicou sobre o que é a cooperacre, sendo uma central de cooperativas, que reúne associação de cooperativas, e que não trabalham com madeiras, apenas com sementes e látex. Falou da importância do foco no processo de gestão e da necessidade da educação e do preparo para atender a demanda e atingir a sustentabilidade. Falou da importância de ter um incentivo fiscal das empresas que compram produtos extrativistas, para estimular essa prática e da falta de informação dos programas que o governo oferece aos produtores.

Ao final, abriu-se espaço para perguntas aos palestrantes.

Além das palestras citadas acima, houveram diversas outras e todas com grande sucesso, além do lançamento do guia turístico sobre a região serrana do Estado do Rio de Janeiro, houve Workshop de Gastronomia e rodadas de negocio que obtiveram grande sucesso.
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