Apicultura é alternativa econômica para comunidade indígena em Sergipe |
Uma ação de inclusão produtiva executada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) abriu novas oportunidades para os índios Xocós que habitam a Ilha de São Pedro, no município de Porto da Folha. A doação de materiais e equipamentos para a prática da apicultura proporcionou geração de renda para a comunidade local, que já contabiliza os resultados da primeira safra. A Codevasf investiu R$ 20 mil para viabilizar a produção de mel na comunidade indígena.
Os índios Xocós, que formam a única comunidade indígena estabelecida em Sergipe, foram contemplados com cinco kits familiares de apicultura. Cada um dos kits, doados em dezembro de 2013 pela Codevasf, contém 10 colmeias com suporte e melgueiras, vestimentas apícolas completas, fumigador, formão e carretilha. Além disso, a Associação Indígena das Mulheres Xocó recebeu um kit comunitário para o beneficiamento do mel, incluindo centrífuga, mesa desoperculadora, decantador e descristalizador.
Quando houve a doação dos kits, as famílias contempladas também receberam capacitação para aprender técnicas de apicultura. Atualmente, os apicultores da Ilha de São Pedro são acompanhados pela Fundação Nacional do Índio (Funai), que dá suporte principalmente à comercialização da produção apícola. A soma de esforços tem animado os apicultores da comunidade indígena, que enxergam na atividade um grande potencial.
É o caso do apicultor Ricardo dos Santos, um dos contemplados com kits familiares. Ele conta que, já no primeiro ano, conseguiu obter uma produção de 120 kg de mel. “Tiramos a primeira safra há mais ou menos um mês e posso dizer que estou 100% satisfeito. Consegui colher uma boa quantidade de mel e isso é importante para o nosso sustento”, declarou.
O apicultor disse estar animado com o futuro da apicultura na comunidade indígena, localizada na região do semiárido. “A criação de abelhas mudou praticamente tudo em minha vida. No primeiro ano, a produção realmente superou as expectativas. Com o suporte da Codevasf e da Funai, tenho certeza que a tendência é as coisas melhorarem ainda mais no futuro”, afirmou Ricardo dos Santos.
Apicultura
A Codevasf investiu aproximadamente R$ 1,3 milhão para fortalecer o arranjo produtivo local de apicultura em Sergipe. O valor foi aplicado na compra de 3 mil colmeias, materiais para produção e equipamentos para beneficiamento de mel e pólen. Até o momento, a Codevasf já forneceu 266 dos 300 kits familiares previstos para serem distribuídos no estado, contemplando famílias em situação de extrema pobreza em 11 municípios sergipanos.
O superintendente regional da Codevasf, Said Schoucair, disse que a empresa está empenhada em oferecer alternativas econômicas para comunidades rurais. “Temos a preocupação de oferecer meios para desenvolver a economia do Baixo São Francisco. A Codevasf trabalha para que a apicultura, a agricultura e outras atividades se fortaleçam e contribuam para a geração de renda na região”, afirmou Said Schoucair.
Além disso, já foram destinados equipamentos para beneficiamento do mel e do pólen a 13 associações comunitárias. Em breve, a Codevasf deve contemplar mais cinco entidades com a distribuição de equipamentos. Os recursos investidos no arranjo produtivo local de apicultura são oriundos da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional, dentro do eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil Sem Miséria.
Ouça as notícias da Rádio Codevasf: http://www.soundcloud.com/codevasf
Mais informações: http://www.codevasf.gov.br
Fonte: Assessoria de Comunicação e Promoção Institucional da Codevasf
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Produtores do Noroeste gaúcho recebem certificação orgânica de seus produtos |
Um grupo de 30 produtores e duas agroindústrias do Noroeste gaúcho recebeu terça-feira (16/12) a certificação orgânica de produtos em plenária do Núcleo Missões da Rede Ecovida de Agroecologia, na Camara de Vereadores que ocorreu dia Dezesseis de Novembro. A conquista foi alcançada por produtores que organizaram sua produção para comercializar produtos saudáveis, sem o uso de agroquímicos.
A abertura do evento foi as 10h, seguido de explanação sobre a organização do Núcleo Missões da rede que estimula, capacita e certifica produtores orgânicos. Às 11h foi a vez de palestra sobre produção orgânica de hortaliças, conduzida pelo Grupo Pioneiros do Porto, de Porto Vera Cruz.
Ao meio-dia foi servido almoço com alimentos de base agroecológica.
A programação da tarde iniciou às 13h30 com troca de sementes e mudas, coordenada pela Emater/RS-Ascar e grupo de sementes.
A fruticultura em sistemas agroflorestais foi tema da explanação que ocorreu na sequencia, sob responsabilidade do engenheiro agrônomo André Camargo e agricultores beneficiários do Programa de Agricultura de Base Ecológica (PABE).
Às 15h ocorreu a entrega oficial dos certificados de conformidade orgânica aos produtores que foram aprovados no processo de certificação. Os produtores são dos municípios de Porto Xavier, Santa Rosa, Candido Godói, Campina das Missões, São Paulo das Missões, Santo Cristo, Alecrim, Bossoroca, São Luiz Gonzaga, Dezesseis de Novembro, Tucunduva e Porto Vera Cruz.
A Plenária é uma promoção da AREDE e da Rede Ecovida de Agroecologia, com parceria da Emater/RS-Ascar, Rede Missioneira da Agricultura Familiar (Remaf), Central de Cooperativas Unicooper, Cooperluz, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Dezesseis de Novembro, Coopaden, Prefeitura e Câmara de Vereadores de Dezesseis de Novembro.
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Feira do empreendedor reúne sustentabilidade e negócios |
O Riocentro recebeu 30.122 pessoas no Rio de Janeiro durante a Feira do Empreendedor, realizada semana passada e promovida pelo Sebrae RJ. O número de participantes é recorde, superando em 25,5% o do ano passado. Segundo dados do evento, 663 empresas foram legalizadas, 192 empresários participaram de onze mesas durante as Rodadas de Negócios e a feira gerou R$ 2,4 milhões em negócios.
Foi entregue no último dia do evento o documento como sistema orgânico de produção a produtores da região noroeste do Estado do Rio de Janeiro. Com isso, a região pode comercializar como orgânico os produtos através do sistema participativo de acordo com as regras do Ministério da Agricultura.
O ator e produtor orgânico Marcos Palmeira apresentou sua experiência no Vale das Palmeiras e seu trabalho como empreendedor. Além da produção orgânica, a fazenda vende também diretamente ao consumidor, através da loja Armazém Vale das Palmeiras no Leblon, Rio de Janeiro.
O Centro de Inteligência em Orgânicos (CI Orgânicos) e a Sociedade Nacional de Agricultura lançaram durante o evento um guia especial para quem deseja investir no mercado de orgânicos.
O Sebrae RJ também apresentou uma ferramenta inédita: o Mapa Digital de Oportunidades do Porto do Rio de Janeiro, desenvolvido para o planejamento de pequenos negócios já implantados na região portuária, ou que venham a se instalar na área.
Fonte: Planeta Orgânico
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Lula entrega prêmios a merendeiras no concurso de receitas saudáveis, no evento Cultivando Água Boa 2014 |
O Cultivando Água Boa, através do programa de Educação Ambiental, concluiu a terceira edição do Curso de Formação Contínua sobre Gestão da Alimentação Escolar, com ênfase em alimentos orgânicos. Encerrando o curso, foi realizado, também, o terceiro Concurso de Receitas Saudáveis – Edição Orgânica, cuja premiação ocorreu durante o Encontro Anual Cultivando Água Boa, em 20 de novembro de 2014
Ao todo, participaram 380 cozinheiras, representando 180 instituições de ensino. Foram premiadas 52 escolas e 96 cozinheiras, que terão suas receitas publicadas no Caderno de Receitas Saudáveis da Bacia do Paraná 3. Além da publicação, cada cozinheira recebeu R$ 400,00 e cada escola, R$ 500, para investir em melhorias na cozinha.
Os certificados de conclusão do curso e os prêmios foram entregues pelo ex-presidente Lula, pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, pelo diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, pelo diretor de coordenação, Nelton Friedrich, pelo diretor do Instituto Lula, Luis Dulci, pelo presidente do Conselho dos Lindeiros, Jucerlei Sotoriva e pelo escritor Leonardo Boff.
Representando as formandas, receberam certificado as nutricionistas Jaciara Reis Nogueira e Elly Ana Pootz, e a cozinheira Carmen Bach. Representando as premiadas, a diretora de escola Maria Aparecida Sobrinho, a nutricionista Simone Abitante e a cozinheira Vera Lucia Fabian.
A valorização das merendeiras, como promotoras da alimentação saudável e como elo importante na cadeia entre a produção pela agricultura familiar e os consumidores, já havia feito parte do debate que ocorreu pouco antes da premiação.
A mesa-redonda “Saberes e Sabores: corpo, mente e alma integrados para a sustentabilidade”, contou com a mediação de Petria Chaves e a participação da chef e embaixadora da cultura gastronômica da Guatemala, Mirciny Moliviatis; do médico e autor do livro “Lugar de médico é na cozinha”, Alberto Peribanez; da diretora do Planeta Orgânico e do evento Green Rio, Maria Beatriz Bley Martins Costa; da coordenadora do Projeto Favela Orgânica, Regina Tchelly e da especialista em gastronomia funcional, agricultora familiar e agrocológica Amanda Marfil.
Antes do debate, o médo Alberto Peribanez convidou os seus colegas da mesa redonda para o ajudarem na receita de suco verde, com o qual brindaram a importância da alimentação saudável.
Todos defenderam que, para uma alimentação mais saudável e em equilíbrio com o meio ambiente, é fundamental a união de cozinheiros, produtores e governos. “Gastronomia é a melhor expressão da cultura de um país. Daí a importância do trabalho com as merendeiras pois, através da cozinha, se transmite a história e se ensina a respeitar a terra e as mãos que trabalharam a terra”, disse a chef Mirciny.
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Geni Rial foi a merendeira escolhida para dar seu depoimento durante o Encontro Cultivando Água Boa, dia 20 de novembro de 2014. Ela preparara algumas palavras, mas que na hora ficou tão emocionada que acabou deixando de lado este texto abaixo:
“Quero aqui dar um depoimento, do que vivi antes e depois do Curso de formação continuada. Antes do curso não tinha o conhecimento da importância de uma alimentação saudável, com produtos orgânicos e do reaproveitamento das cascas, folhas, talos e sementes, tudo era desprezado, não conseguia ver uma outra utilidade para aquilo.
Hoje depois do Curso de Formação Continuada, vejo um aproveitamento integral dos alimentos, com cardápios alternativos, alimentos produzidos na região e da agricultura familiar.
Também preparamos temperos naturais com ervas condimentares e aromáticas, que reduziram o consumo do sal, propiciando uma mudança do hábito das crianças, que experimentaram sabores diferentes, além de uma troca maravilhosa de receitas.
A economia local também foi favorecida, pois passou-se a utilizar os alimentos produzidos na agricultura familiar orgânica.
Quero agradecer toda a equipe que participou direta ou indiretamente, em especial a Amanda, Roseli, Regina, Mauri, todas as nutricionistas de cada município, coordenadoras da merenda e todas as profissionais das cozinhas.
Enfim, cursos como esse contribui para uma mudança de pensamento e hábito e faz com que possamos mudar nossa prática diária, espero sinceramente poder participar sempre de cursos maravilhosos como esse e levarei essa experiência para sempre comigo”.
Geni Salete Rial, Foz do Iguaçu/PR, 20 de novembro de 2014
Fonte: Cultivando Água Boa
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