Construção do Conhecimento Agroecológico

Os artigos desta edição demonstram por que e como o enfoque agroecológico ganha sentido prático somente quando rompe com a perspectiva difusionista propalada pela modernização agrícola e restaura o protagonismo de agricultores e agricultoras na geração de conhecimentos contextualizados acerca do funcionamento ecológico- econômico de agroecossistemas de gestão camponesa. O exercício do diálogo horizontal entre as sabedorias locais/populares e os saberes universais/acadêmicos tem criado as condições para o desenvolvimento de novas perspectivas metodológicas a fim de colocar em prática ensinamentos deixados por Paulo Freire, entre eles, o de que o conhecimento é gerado entre os homens em uma relação social, onde existem vários sujeitos que pensam, dialogam e comunicam, os quais através dessas ações constroem o mundo e constroem a si mesmos.

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Minas é o primeiro estado a ter uma Política de Agroecologia e Produção Orgânica

Minas Gerais é o primeiro estado a implementar uma Política Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica. Sancionada neste mês pelo governador Antonio Anastasia, a Lei nº 21.146/14 tem como objetivo ampliar e fortalecer a produção, o processamento e o consumo de produtos agroecológicos, orgânicos e em transição agroecológica, com ênfase nos mercados locais e regionais. As ações serão destinadas prioritariamente aos agricultores familiares, urbanos e aos povos e comunidades tradicionais.

Segundo o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Zé Silva, a criação desse marco legal é o passo inicial para a realização de um diagnóstico e a elaboração de políticas públicas voltadas para toda a cadeia – produção, comercialização, beneficiamento, instrumentos para financiamento e até incent ivos fiscais.

Zé Silva explica que o setor é fonte de emprego e renda segura para muitas famílias no meio rural. “A Emater-MG desenvolve um trabalho consistente nesta área junto aos agricultores familiares, com ações visando à consolidação e reconhecimento da instituição como a melhor empresa em fomentar a ciência agroecológica e a capacitação de técnicos, criando projetos estruturadores e ações educativas sobre as técnicas de agriculturas sustentáveis. Esperamos que outros estados sigam o exemplo pioneiro do governo estadual”, afirma.

O Estado conta, atualmente, com 366 agricultores orgânicos certificados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que é o órgão responsável pela garantia da qualidade orgânica dos produtos em todo o país.

“O número é pequeno e muito abaixo do ritmo de crescimento da demanda por produtos sem agrotóxicos no Brasil e no mundo. Há um grande potencial de crescimento, mas nosso trabalho, a longo prazo, tem principalmente uma perspectiva de mudança do modelo convencional de produção para outro mais sustentável, englobando aqueles produtores que se encontram num estágio de transição entre um modelo e outro”, explica o Coordenador de Apoio à Agroecologia da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Eugênio Resende.

O coordenador informa que o detalhamento dos instrumentos para estímulo à produção agroecológica e orgânica no estado vai ser objeto de regulamentação. “Será elaborado um plano estadual e queremos que seja uma construção coletiva, com a participação da sociedade civil organizada e das instituições públicas”. O acompanhamento e a partici pação social serão feitos por meio do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável – Cedraf-MG, de acordo com regulamento específico.

Além da Emater-MG, que já conta com uma Coordenadoria Estadual de Agroecologia, outros órgãos vinculados à Seapa já desenvolvem trabalhos na área. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é credenciado junto ao Ministério da Agricultura para fazer a certificação por auditoria de produtos orgânicos de origem vegetal e está se credenciando para a certificação de produtos de origem animal. Na Epamig, foi criado grupo técnico consultivo para apresentação de subsídios destinados à elaboração do Programa de Pesquisa Especial em Agroecologia e Produção Orgânica.

Números da Produção Orgânica

Mundo: Aproximadamente 1,4 milhão de produtores orgânicos no mundo. Área plantada de 67 milhões de hectares. Movimenta aproximadamente R$ 50 bilhões.

Brasil – Maior mercado consumidor da América do Sul. Expectativa de movimentar US$ 2 bilhões em 2013.

Minas Gerais – 366 agricultores orgânicos certificados pelo Ministério da Agricultura.

Fonte: Assessoria de Comunicação – Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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Participação em feiras de orgânicos no exterior definidas para o primeiro semestre

No primeiro semestre de 2014, o Organics Brasil participará das feiras Biofach (fevereiro na Alemanha), Expo West (março nos Estados Unidos), NOPE (abril em Londres) e SIAL (abril no Canadá).

A Expo West, que ocorrerá de 7 a 9 de março, é a principal feira do mercado norte-americano, o maior do mundo em orgânicos. Os Estados Unidos têm um mercado de aproximadamente 21 bilhões de dólares, mais de um terço do mundial, segundo a consultoria Organic Monitor. Mais informações em www.expowest.com

Na maior feira mundial de orgânicos, a Biofach (Nuremberg – 12 a 15 fevereiro), oito empresas associadas ao Projeto Organics Brasil participarão no estande coletivo: Surya e Beraca (cosméticos), Triunfo do Brasil (erva mate), Native e Jalles Machado (açúcar), MN Propolis (mel), IBD (certificações), Art da Terra (bijuterias) e Agroindústria da Colônia Nova (cachaça).

O Projeto Organics Brasil fechou 2013 com 130 milhões de dólares em exportações.

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Chamada Pública para Quiosques do Brasil Orgânico Sustentável para Copa 2014

Conheça a Chamada Pública do MDS para a participação dos empreendimentos da agricultura familiar nos quiosques do Brasil Orgânico Sustentável, em 10 cidades sede, durante a Copa (de 11 a 27/06).

O projeto Brasil Orgânico e Sustentável faz parte do planejamento integrado do Governo Federal visando a Copa do Mundo de 2014 no Brasil e tem como intuito promover a produção e o consumo de alimentos orgânicos e sustentáveis no país, com a consequente geração de benefícios sociais e ambientais associados. Pretende induzir relações favoráveis de mercado, estruturar a oferta e estimular a demanda por produtos orgânicos e sustentáveis, sendo eles: produtos da agricultura familiar; produtos orgânicos; produtos com indicação geográfica; e produtos advindos do comércio justo

Obrigatoriamente, os empreendimentos devem possuir um ou mais dos seguintes selos:

  • SIPAF – Selo de Identificação da Participação da Agricultura Familiar.
  • Produto Orgânico do Brasil.
  • Comércio Justo.
  • Identificação Geográfica.
  • Maior percentual de sócios inscritos no Cadastro único para Programas Sociais do Governo Federal;
  • Acessar o Programa de Aquisição de Alimentos.

Deverão possuir também produtos com padrão de oferta aos mercados de bares, hotéis, restaurantes e no varejo, além de ter interesse em inserir e/ou ampliar a oferta de seus produtos nesses setores. A seleção será feita com base nas informações contidas no questionário preenchido pelo empreendimento

Saiba mais clicando no link abaixo

http://www.planetaorganico.agropecuaria.ws/arquivos/1chamamento-publico-para-empreendimentos-da-agricultura-familiar-participarem-dos-quiosques-brasil-organico-e-sustentavel-em-2014.pdf

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