Emissão de poluentes em energia e agropecuária precisam ser reduzidas para Brasil atender COP-20

O país terá que focar nos setores de energia e agropecuária para reduzir a emissão de gases poluentes que causam o efeito estufa. Sem isto, não conseguirá atingir as metas acordadas na Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-20), realizada em dezembro, em Lima, no Peru.

Foi o que a Agência Brasil apurou com especialistas durante o evento e divulgou em artigo. A COP-20 aprovou o rascunho de um acordo de redução de emissões de gases de efeito estufa, que deve ser a base para um pacto global histórico no próximo ano, em Paris. O projeto foi delineado por delegados de 195 países, que devem anunciar, nos próximos meses, seus compromissos para reduzir as emissões globais entre 40% e 70% até 2050, com a necessidade de limitar o aumento da temperatura global a 2 graus Celsius (2ºC).

No ano passado, o Brasil emitiu cerca de 1,5 milhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente, o que representa aumento de 7,8% em relação a 2012 e o maior valor registrado desde 2008. O setor de mudança de uso do solo corresponde a 35% do total das emissões. O setor de energia responde por 30% das emissões totais, seguido do setor agropecuário (27%), do industrial (6%) e do setor de resíduos (3%). Os números contam no Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa, iniciativa do Observatório do Clima.

Fonte: Agência Brasil / Edição: Planeta Orgânico

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Rede Ecovida divulga e atua em importante trabalho dos Engenhos de Farinha

Resultado de uma fusão de saberes e técnicas guaranis e açorianas, os Engenhos Artesanais de farinha de mandioca de Santa Catarina vêm enfrentando desafios para manter sua identidade e modos de fazer tradicionais transmitidos através das gerações em mais de dois séculos de história. De restrições sanitárias para a produção aos impactos da urbanização acelerada em algumas regiões do estado, várias são as pressões sofridas por este complexo agrícola e cultural. Ainda assim, os engenhos continuam rodando, seja como núcleos de educação patrimonial ou como unidades produtivas.

Articulados em rede e apoiados pelo Ponto de Cultura Engenhos de Farinha, estes espaços vêm sendo reavivados com práticas agroecológicas, vivências culturais e turismo de base comunitária. Um exemplo é o processo de certificação participativa da Rede Ecovida, do qual alguns “engenheiros” fazem parte, que além de assegurar a qualidade orgânica dos alimentos produzidos nas propriedades, fortalece e mobiliza o coletivo de agricultores familiares. Outra estratégia é a realização de atividades educativas nos engenhos, que sensibiliza as novas gerações para a importância da preservação dos saberes e sabores dos engenhos.

Acesse mais informações no website da Rede Ecovida.

Fonte: Rede Ecovida / Edição: Planeta Orgânico

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Resort na Bahia terá Spa com cosméticos naturais

O resort Costa Brasilis, localizado no sul da Bahia, reformulou seu perfil visando uma estratégia de sustentabilidade. A empresa investiu num novo Spa com massagens, banhos relaxantes, terapias corporais e tratamentos estéticos, utilizando produtos com a chancela da Weleda.

O hotel também identificou que o “all-inclusive” (tudo realizado dentro do próprio resort, entre refeições e lazer) pode afetar o meio-ambiente da região, por isso modificou esse atendimento.

A Weleda, é uma empresa alemã que trabalha a décadas em diferentes países com produtos voltados para cosmética e medicina natural.

Fonte: Planeta Orgânico

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CODEVASF concorreu ao Prêmio Ana 2014 com projeto que economiza água e amplia produtividade na irrigação

Ocorreu no dia 3 de dezembro a cerimônia de entrega do Prêmio ANA 2014, no qual a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) foi um dos três finalistas na categoria “Governo”. A empresa concorreu com o projeto que apresenta os efeitos ambientais, econômicos e sociais obtidos com a conversão do sistema de irrigação do Perímetro Mandacaru, implantado em Juazeiro (BA) pela Companhia. O prêmio é uma iniciativa da Agência Nacional de Águas (ANA). A premiação aconteceu no auditório da Caixa Cultural, em Brasília (DF).

De autoria dos técnicos da empresa Frederico Calazans, Juan Ramon Fleischmann e Rodrigo Franco Vieira, o projeto visa proporcionar o uso mais eficiente da água e contribuir para a revitalização da bacia hidrográfica do rio São Francisco, apresentando como benefícios o fim do desperdício de água, o melhor desenvolvimento da planta e a economia de energia elétrica. A empresa concorre na categoria “Governo”.

A metodologia idealizada pelos técnicos da Codevasf constitui-se de pequeno reservatório escavado em cada lote, de onde é pressurizada a água para os emissores (microaspersores, gotejadores e aspersores) em menor quantidade – a depender da cultura.

Entre os benefícios apontados e quantificados estão o fim do desperdício de água, maior eficácia na aplicação dos produtos químicos, melhor desenvolvimento da planta, economia de energia elétrica, redução dos custos de produção, aumento significativo dos índices de produtividade e melhoria da renda do produtor.

Segundo os estudos realizados até hoje, houve uma economia de aproximadamente 50% do total de água utilizada na irrigação em todo o perímetro, já que o bombeamento anual de água foi reduzido em 21%, e houve um aumento da área plantada de em torno de 23%, entre 2011 e 2013. Em 2014, a área média ocupada está entre 80% e 90%, algo impensável no sistema por sulcos, sendo que este valor nunca será de 100%, haja vista que predominam culturas temporárias.

Diante dos resultados positivos já obtidos com o projeto, a Codevasf iniciou o processo de replicação da metodologia em outros perímetros implantados pela empresa, como em Bebedouro, em Pernambuco, e em Curaçá, Tourão e Maniçoba, na Bahia – com a elaboração de projetos executivos, além do estudo do perímetro como um todo.

O perímetro irrigado Mandacaru, implantado pela Codevasf em 1973, está localizado a aproximadamente dez quilômetros da sede do município de Juazeiro (BA) e atualmente é composto por área irrigada total de quase 800 hectares, sendo que 419 hectares estão distribuídos em 54 lotes para pequenos produtores e 350 hectares, para empresas. A tradição de culturas no perímetro é de manga, cebola, melão e cana de açúcar (Agrovale).

Histórico de premiações

Com a mudança no sistema de irrigação realizada no perímetro Mandacaru, a Codevasf já foi premiada anteriormente. No ano passado, a empresa foi uma das finalistas ao Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2013, na categoria “Gestores Públicos”. Em 2009, foi concedido à Companhia o prêmio ECO (promoção da Amcham e do Jornal Valor Econômico), na categoria Sustentabilidade em Novos Projetos, atribuído pela primeira vez ao Nordeste. Em 2011, o projeto foi apresentado no Fórum de Sustentabilidade Empresarial da Rio+20, realizada no Rio de Janeiro. No mesmo ano, a empresa recebeu o Selo Diamante pela organização não-governamental Ecolmeia, de São Paulo, por essa iniciativa.

Sobre o Prêmio ANA

O objetivo do prêmio é reconhecer o mérito de iniciativas do governo, de empresas, de organizações não-governamentais, de organismos de bacia, de ensino, de pesquisa e inovação tecnológica e da imprensa que se destaquem pela excelência de sua contribuição para a gestão e o uso sustentável dos recursos hídricos do País, promovendo o combate à poluição e ao desperdício e apontando caminhos para assegurar água de boa qualidade e em quantidade suficiente para o desenvolvimento e a qualidade de vida das atuais e futuras gerações.

Os vencedores receberam o Troféu Prêmio ANA, concebido pelo mestre vidreiro italiano Mario Seguso exclusivamente para o evento. Além disso, nesta edição os vencedores ganharam viagem ao próximo Fórum Mundial da Água, que acontecerá de 12 a 17 de abril de 2015 em duas cidades da Coreia do Sul: Daegu e Gyeongbuk. Durante o evento, os vencedores apresentaram seus trabalhos no Pavilhão Brasil, estande do País no Fórum.

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